Capítulo XXXIII

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(Narração)

Dia seguinte...

Era ainda madrugada quando Emily embarcou no avião. O sol ainda não tinha aparecido para dar o sinal da vinda da manhã.  A garota estava ansiosa para ver sua melhor amiga e também o garoto por quem estava apaixonada.

Emily deixou um sms para Tom, avisando que estava embarcando. O despertador tocou algumas horas depois e o rapaz levantou da cama para se trocar e ir buscar a melhor amiga de sua namorada. Tom acordou Cora e pediu para que ela ficasse atenta, caso Bill aparecesse por lá perguntando sobre os rapazes. Georg e Gustav também iriam até o aeroporto buscar Emily que já estava provavelmente chegando.

Cora ficou de pé rapidamente, estava contando os minutos para ver a sua melhor amiga. Ela foi até o banheiro escovar os dentes e tomar um banho rápido. Quando terminou, foi vestir suas roupas e percebeu que uma das calças que mais usava tinha ficado larga. Cora não se alimentava direito nos últimos dias e isso não era segredo, mas a sensação de perceber que tinha emagrecido era inexplicável para ela. 

A garota ficou feliz, todo aquele sacrifício estava valendo de alguma coisa, no seu ponto de vista. Pensou que talvez fosse por conta do remédio que estava tomando e o procurou entre as suas coisas para tomar novamente. Tomou a primeira pílula e pensou em tomar mais, pois talvez acelerasse os resultados e a fizesse emagrecer bem mais rápido. Num ato irracional, tomou tantos comprimidos que perdeu as contas.

Passaram se alguns minutos e Tom ligou para Cora, para avisar que estavam chegando e que era para ela esperar com Bill na recepção do Hotel. A garota foi até a porta do quarto dele e bateu, fazendo com que o rapaz abrisse  e ele parecia ter acordado há algum tempo.

— Bom dia, Cora. — Bill a analisava, parecia mais agitada do que o normal.

— Temos uma coisa para você.

— Para mim?

— Vai para a recepção e me espera lá, eu já vou. É uma surpresa!

— Ah... certo. — Ele não entendeu, mas fez o que a garota pediu.

Bill desceu pelo elevador e foi até a recepção. Olhou em volta e se sentou em uma poltrona que tinha ali, ainda completamente confuso. Passarem se alguns minutos e viu seu irmão entrar no local, com um sorriso que ia de orelha a orelha. Georg e Gustav também estavam juntos a Tom e logo atrás, viu Emily.

Ele não sabia se estava pirando até a garota correr até ele e se jogar em seus braços. Bill a abraçou como se sua vida dependesse daquilo e ela o beijou matando toda a saudade que estavam sentindo um do outro. Eles ainda estavam jogados na poltrona enquanto os meninos riam e se divertiam com a cena, principalmente Tom, que adorava ver o seu irmão tão feliz.

(Pov Tom)

— Tá bom, chega de melação, estamos em público. — Digo me aproximando dos dois. — Cadê a Cora? Ela deveria estar aqui.

— Acabei de descer, ela disse que já viria. — Meu irmão responde, se levantando junto com Emily.

— Vamos até ela! — A garota se anima e pega na mão de Bill.

Nós todos entramos no elevador e quando a porta se abre, Emily pega as chaves da minha mão e olha o número do quarto, correndo na nossa frente fazendo eu começar a rir junto com os rapazes.

Ela abre a porta do meu quarto e entra no local. Um silêncio se instala enquanto vamos andando até lá.

— Essa não é a parte que elas começam a gritar? — Georg olha para mim confuso.

— Era para ser. — Respondo.

— AJUDEM! — Emily grita. — SOCORRO!


Corro até chegar ao quarto e me deparo com Cora no chão. Emily segurava a cabeça dela e eu paraliso por alguns segundos vendo uma garrafa quase vazia jogada ao chão com um frasco de remédios sem nada dentro. A boca dela estava azul e Cora parecia estar delirando e convulsionando no chão. Eu perco meu equilíbrio e entro num desespero completamente irracional.

Me ajoelho na frente de minha namorada e a seguro em meus braços, chamando pelo nome dela sem parar. Eu não tinha reação, aquilo estava acontecendo outra vez. Mal podia enxergar pois as minhas lágrimas deixavam a minha visão inteiramente embaçada. Meu corpo inteiro tremia enquanto balançava o corpo de Cora para que ela acordasse.

— Liguem para uma ambulância! — Escuto a voz de Gustav. — Rápido!

Eu estava tomado e cego pelo medo, medo de perdê-la e de que isso fosse um adeus. Milhares de coisas ruins se passavam na minha cabeça e todo o desespero me consumia.

Eu não poderia viver se ela não estivesse mais respirando.

Pressionei seu peito e Cora não acordava, respiração boca a boca também não funcionou e isso me fez perder o resto de racionalidade que ainda restava. Eu não me importava com mais nada a minha volta, gritava e chorava sem parar. Puxei ela para pra perto de mim, tentando sentir seu coração que mal pulsava.

— Por favor... não me deixa. — Implorei a todos os deuses que deveriam existir. — Não posso te perder...

Todos os nossos momentos juntos passavam como se fossem um filme na minha cabeça, como se fossem flashes e eu gritava como um louco para que Cora acordasse.

Só queria que a minha garota abrisse os olhos.

Jogado no chão, abraçado ao corpo dela ainda em total desespero, cada segundo que se passava a partir dali pareciam horas. Eu ainda gritava histericamente até os médicos chegarem e tirarem Cora de meus braços. Eu me levantei e segui cada passo deles até a ambulância completamente desesperado.

Os paramédicos tentavam reanima-la mas Cora não voltava a si de jeito nenhum. Entrei na ambulância e começaram a dirigir até o hospital mais próximo, enquanto eu segurava a mão dela sem soltar por nenhum instante.

— Ela vai ficar bem? — Eu gritava dentro do veículo enquanto ninguém me respondia.

Já não sentia as minhas forças, parecia que eu ia desmoronar a qualquer momento. Nunca achei que iria ter tanto medo de perder alguém assim se não fosse o Bill, mas o medo que eu estava sentindo parecia que ia me matar sufocado a qualquer momento. Cada minuto que passava as coisas simplesmente pioravam e eu sentia dificuldade para respirar e para me manter firme... por ela.

*notinha da autora*

vou nem dar oi, só pedir desculpa😭😭

amo vocês!!

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora