Capítulo 30 🥀

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-E ENTÃO, o que você me diz?- Wolfgang falou semi cerrando os olhos para o homem a frente, analisando-o de cima a baixo como um inseto.

O homem em questão era meio mirrado, com os cabelos pretos lambido para o lado. Seus olhos castanhos escuros ficavam escondidos atrás de uma armação grossa, os óculos escondendo os olhos meio temerosos. Ele pigarreou, encontrando coragem para encarar o líder dos Liberatores nos olhos.

- Pimeiro preciso dizer ao meu rei as suas condições. Agora que já sabe as nossas, preciso informa-lo que as aceitou e também propôs algumas a mais.- O cabelo lambido disse com um sotaque carregado.

Sebastian trocou um olhar cumplice com outro capaganda, sabendo que o velho iria explodir a qualquer momento. Wolfgang estava cada vez mais impaciente com toda aquela enrolação.

- Eu acho bom vocês terem uma resposta até o próximo fim de semana.- Wolfgang disse dando um tapa forte na mesa e se levantando abruptamente, quase derrubando a cadeira que estava sentado.- Diga ao seu reizinho que não tenho todo o tempo do mundo.

Nesse momento os poucos móveis da sala de reuniões começaram a tremer sobre o piso, e areia caiu das rachaduras do teto velho.

- O que está acontecendo?- O líder se virou para seus dois capangas perto da porta, seu olhar alternando entre Sebastian e o outro.

Antes que pudessem responde-lo, um alarme soou alto, indicando que estavam sendo invadidos.

- Temos que ir.- Sebastian disse já abrindo a porta, vendo os companheiros correndo pelos corredores.

O Dominator praguejou baixo.

Merda.

Ele não precisava perguntar quem estava os invadindo.

Sebastian sabia.

Sabia que os Guerreiros do exército de Monte Ceren haviam chegado.

Se ele não matasse Wolfgang naquele momento, não o faria mais, e todos aquelas semanas sangrentas e massante teria sido em vão.

Ele não podia deixar isso acontecer. Precisava agir rápido, pensar em algo antes que seu plano fosse ralo a baixo.

- Nós estamos cercados, mas conheço uma saída rápida.- Sebastian se virou para os homens atrás dele, fazendo um sinal para que o seguissem.

- Você acha que é o exército?- A voz rouca de Wolfgang foi ouvida mesmo com o barulho e a bagunça que estava nos corredores subterrâneos daquela construção.

Eles desviavam dos Desertores, que corriam em direção a porta da frente e a de trás.

- Com certeza. Eles são um pé no saco.- Sebastian falou ainda se esgueirando pelos corredores com Wolfgang, o outro capanga e o representando da Planície Elif atrás.

Eles entraram em uma sala mediana, quadrada, com uma porta em cada lado do cômodo. Haviam escadas nos cantos da sala, levando para um piso superior, como uma galeria. Não haviam janelas, e as paredes eram todas cinza queimado.

- E então, para onde agora?- O outro capanga perguntou a Sebastian, olhando para as outras três portas.

Sebastian apenas o olhou com uma cara pensativa. Em poucos segundos o capanga caiu ajoelhado no chão, os lábios roxos e a pele branca como papel.

- O que está acontecendo com ele?- O homem do reino vizinho perguntou exasperado, se encolhendo de pavor.

Sebastian desviou o olhar do companheiro quando não sentiu mais seu coração batendo, para cair nos cabelos lambidos.

- Não é nada pessoal.- Sebastian falou e em um piscar de olhos estava atrás do homem, quebrendo o pescoço dele. O representante da Planície Elif caiu sobre seus pés sem vida, e ele olhou para Wolfgang.

O líder até aquele momento observava tudo em silêncio, se divindo entre confusão e deleite.

- O que você está fazendo?- Wolfgang vociferou, mas em seus lábios haviam um sorriso de orelha a orelha enquanto ele olhava para os corpos sem vida no chão. 

Wolfgang se regozijava em ver a morte e o caos.

Era um sádico sem escrúpulos.

- Eu não tenho muito tempo.- Sebastian disse o olhando de cima a baixo, ouvindo o barulho da batalha se aproximando a cada segundo.

O exército estava próximo, e era questão de minutos para que os encontrassem.

Sebastian também se permitiu sorrir de orelha a orelha enquanto encarava Wolfgang nos olhos.

Finalmente ele teria sua vingança.

Finalmente seus pais poderiam descansar em paz.

Depois de anos, remoendo, relembrando a dor de os ver sendo assassinados bem na sua frente, ele poderia enfim se deliciar com o sangue de Wolfgang.

Sebastian havia perdido tudo o que tinha por causa daquele homem.

Sua mãe, seu pai e a chance de um futuro.

Ele sabia que por mais que se permitisse viver, seguir em frente, não poderia verdadeiramente fazer aquilo sem olhar para trás. Deixar sua dor e suas lembranças no passado não seriam possíveis.

Já havia experimentado isso com Iris.

Por mais que tivesse se apaixonado, amando aquela garota com todas as suas forças a ponto de criar o Iunutateme, Sebastian não havia conseguido deixar sua vingança de lado.

Ele precisava matar aquele canalha para tentar seguir em frente, encerrar aquela história sobre seu passado. Ainda que o futuro agora fosse sem Iris.

Sebastian a muitos dias havia se proibido de pensar na garota e nos sentimentos que vinham acompanhado com as memórias. Congelado seu coração, respirando e vivendo o ódio que sentia. Cada parte do seu corpo, cada célula, ansiava por matar aquele que havia lhe feito um buraco no peito.

Mas ali, enquanto encarava o assassino dos seus pais nos olhos, desejou por um segundo que Iris ainda estivesse viva. Ele se permitiu imaginar como seria se ela estivesse ao seu lado depois de tudo aquilo.

Sebastian havia perdido tudo o que tinha por causa daquele homem

Sua mãe, seu pai e a chance de viver com o amor da sua vida.

- Vai me responder ou não?- Wolfgang ergueu a cabeça, olhando-o de cima, os olhos se arregalando.

Sebastian levantou a mão direita, fazendo um pequeno redemoinho em na mão, e o seu sorriso se alargou ainda mais, também um pouco sádico.

Por mais que não tivesse muito tempo, ele não permitiria que a morte de Wolfgang fosse algo rápido e indolor. Sebastian queria o ver sofrer, assim como havia sofrido ao ver os pais morrendo.

- Hoje é o dia que você morrerá! - Sebastian vociferou, indo até Wolfgang com passos ágeis.

O homem ficou parado em pé, o encarando sem fazer nada. Quando Sebastian estava a poucos centímetros de o atingir no peito, uma sombra apareceu em seu campo de visão, e uma mão agarrou seu pulso, o jogando contra a parede.

Sebastian gemeu com o impacto, e o redemoinho em sua mão se desfez. Ele se equilibrou sobre os pés, e ergueu os olhos, vendo uma silhueta pequena perto de Wolfgang.

Sebastian não conseguia ver o rosto do Dominator que havia o impedido de acertar o golpe, já que o mesmo encondia a cara com o capuz da jaqueta de couro que vestia.

Quem era... Quem...

Sebastian fechou os punhos ao lado do corpo, semi cerrando os olhos furiosamente.

***

Eeeeitaaa hahahaha

Circo ta pegando fogo 🔥🔥

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Até sexta!!

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