𝐌𝐎𝐍𝐄𝐘 𝐀𝐍𝐃 𝐒𝐄𝐗, 𝘃𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗵𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿

013| sua amiga

s/n chalamet  •  los angeles

Minha penúltima aula do dia era biologia, e a única coisa que eu conseguia pensar naquela aula era o quão gato aquele professor era. Entrei na sala e o vi escrevendo algo na lousa, indo até a bancada que ele havia me colocado no primeiro dia de aula, ao lado de Vinnie. Nos vimos algumas vezes desde sábado, e tudo estava como de costume entre nós.

— Você adora me ver todo santo dia, não é? — ele jogou a mochila ao lado da minha enquanto se sentava na banqueta

— Eu mal te suporto, garoto! — disse impaciente, vendo a sala ser preenchida pelo restante dos alunos

— Engraçado, porquê em todas as aulas que temos juntos você faz questão de ficar perto de mim — ele continuou a me implicar, me fazendo revirar os olhos

— Eu tenho culpa dos professores me colocarem perto de você? Me erra, Vincent — virei o rosto para frente, pensando em como eu conseguia me sentir tão atraída por alguém tão insuportável

Vinnie passou o restante da aula enchendo meu saco até que ela acabasse. Minha última aula era com Maddie, de história.

— Já sabe o vestido que vai usar no jantar? — ela perguntou enquanto saíamos da sala após o término da aula

— Sim! Ele é lindo! — ela me olhou animada e cheia de esperança — Mas só vai ver na sexta!

— S/n!

— É! Eu quero fazer surpresa!

Madelyn tentou de todas as formas me fazer mostrar uma foto do vestido porém eu consegui guardar segredo, já que os pais dela e os de Zendaya iriam. Nossas famílias eram amigas desde que éramos pequenas.
Estávamos na saída que dava para o estacionamento quando me despedi de Maddie. Iria ir até a vaga que Tim havia estacionado quando escutei alguém me chamar. Olhei para trás, vendo meu irmão andando até mim.

— Tenho umas coisas para resolver agora com o Rudy, então não posso te levar — ele disse ajeitando a gola da camisa polo

— Tá me zoando? Como eu vou embora? — revirei os olhos, o olhando séria

— Vinnie disse que iria te dar uma carona — antes que eu protestasse, ele voltou a falar — Nem começa, todos caem no papinho de que vocês se odeiam menos eu, tá legal?

— Aquele garoto é um babaca, então não vem com essa! — disse passando as mãos pelo meu cabelo

— Quando vocês estão se pegando ele não é um babaca, não é, S/n? — meu irmão ironizou, batendo de leve no meu ombro com um soquinho

— Vai se fuder!

Dei o dedo do meio para ele, começando a caminha até a vaga que Vinnie sempre estacionava.

— Eu também te amo!

Quando me aproximei do carro do loiro, ele estava apoiando contra o capô mexendo em algo no telefone. Vinnie levantou o olhar quando me aproximei e desceu com ele para minhas coxas, que estava marcadas por conta da saia quadriculada que eu usava.

— Se vai me comer com os olhos, tente ao menos disfarçar — disse chegando perto do loiro, o olhando nos olhos

— Prefiro te comer não só com os olhos — ele guardou o celular no bolso da jaqueta de couro e abriu a porta do passageiro para mim

— Quanta gentileza!

Ele soltou uma risada nasal, dando a volta no carro para entrar no lado do motorista. Joguei minhas coisas no banco de trás, ligando o ar do carro em seguida.

— Que folga é essa? — ele deu partida com o carro, saindo da vaga rapidamente

— Isso aqui é o mínimo, meu querido — pisquei para ele, prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo de qualquer forma

Vinnie ligou o rádio e estava tocando alguma música do The Weekend. Often. Cantarolei algumas partes da música, sentindo o loiro deixar a mão esquerda na minha coxa.

— Qual é a da festa de sexta da sua mãe? Ela tá deixando Timothée louco com isso! — ele me olhou quando parou no semáforo

— É um jantar de boas vindas para o pai da sua amiga... — ele me olhou confuso — Celine, a que tava quase sentada no seu colo, sabe? — ele me deu o dedo do meio, olhando rapidamente para o semáforo — Vai ser um tédio, e com toda a certeza essa garota vai ficar no meu pé a noite toda! Pelo menos eu vou estar linda de morrer, que é o que realmente importa

— O que vai usar? — ele voltou a dirigir, olhando fixamente para as ruas

Até concentrado esse filho da puta era gostoso.

— Surpresa, eu te chamo na varando quando estiver pronta — apoiei o braço na porta do carro, o vendo concordar com a cabeça — O que vai fazer com Rudy? Vocês três sempre saem nas juntos nas sextas

— A gente vai em um racha de uns amigos dele, ou algo assim — ele deu de ombros, desviando rapidamente o olhar para mim — Que horas acaba esse jantar?

— Meia noite, talvez — dei uma pausa — Porquê?

— Vai ter um after no hotel do pai do Rudy, ele pediu pra eu te chamar

— Sabe muito bem que eu nunca nego uma festa — pisquei para o loiro, que concordou com a cabeça com um sorriso nos lábios

Ficamos o restante do caminho trocando farpas e irritando um ao outro, enquanto sua mão apenas saía da minha coxa para trocar a marcha do carro. Quando ele parou dentro da garagem da sua casa, foi apenas questão de tempo para começarmos a nos pegar. Estava em seu colo, com os braços ao redor do seu pescoço e suas mãos estavam na minha coxa, enquanto ele me beijava calmamente. Rompi o beijo aos poucos, porém desci minha boca pela sua mandíbula até seu pescoço, fazendo uma trilha de beijos por ali enquanto brincava com a correntinha do loiro.
Me afastei dele, apoiando as costas no volante, quando seu telefone começou a tocar. Ele pegou no bolso da jaqueta e bufou irritado, me mostrando o telefone. Vi o contato salvo como "Pai", o que me fez arregalar os olhos.

— Oi, pai — Vinnie disse assim que colocou o celular no ouvido, alisando e apertando minha coxa — Era hoje?! Eu esqueci! — ele revirou os olhos enquanto podia ouvir somente o tom de voz irritado de Nate do outro lado da linha – Tá legal, vou me arrumar e vou aí!... Eu sei!.... Eu já sei disso pai!... Tá legal, tchau!

Vinnie desligou a chamada e jogou o celular com raiva no banco do passageiro, enfiando o rosto nas mãos por alguns segundos.

— Tenho que ir, falei para o meu pai que ia acompanhar ele em um julgamento hoje a tarde — ele me olhou enquanto voltava a pousar as mãos na minha cintura, me puxando para perto

— Seus pais são dois empata-foda, sabia disso? — ironizei enquanto me esticava para pegar minha mochila no banco de trás

Ele concordou com a cabeça e deixou um tapa no meio da minha bunda com a mão espalmada, me fazendo soltar um gritinho de dor. Soquei seu ombro com força, tentando voltar par ao banco do passageiro. Vinnie segurou minha cintura com mais força e me beijou mais uma vez, de forma mais selvagem dessa vez. Correspondi ao beijo, bagunçando seu cabelo enquanto segurava seu pescoço com uma das mãos. Mordi fraco seu lábio inferior, finalmente saindo de seu colo. Ajeitei meu cabelo e minha saia, antes de sair do carro.