𝐌𝐎𝐍𝐄𝐘 𝐀𝐍𝐃 𝐒𝐄𝐗, 𝘃𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗵𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿

036| pra tudo

s/n chalamet | los angeles

Acordei com a garganta seca e com o cabelo suado, e quando sentei na cama, esperando a alma voltar para o porco, vi que Vinnie estava dormindo praticamente na beirada da cama, então eu com certeza tinha me revirado na cama enquanto dormia.

Peguei o celular do loiro na mesa de cabeceira e vi que eram onze e meia da manhã. Fitei o loiro por mais algum tempo enquanto ele dormia profundamente. Sabia que Vinnie dormiu muito depois de mim, então o deixei dormindo enquanto ia atrás de um copo de água.

Saí da cama com cuidado e fiz o mínimo de barulho enquanto procurava um short meu perdido nas coisas de Vinnie. Quando achei, fui em direção as escadas enquanto prendia meu cabelo. Meu pescoço ainda doía, mas era menos do que antes.

Assim que cheguei na cozinha, praticamente travei quando vi a mãe de Vinnie cozinhando. Ela estava de costas e quando se virou para pegar algo na ilha da cozinha, me viu e soltou um sorriso.

— Senhora Hacker, me desculpa eu não queria incomodar! — já ia saindo quando ela me chamou

— S/n, volta aqui, querida! — ela veio até mim e deixou a mão no meu ombro, me abraçando forte em seguida — Sinto muito por você, docinho, Vinnie me contou e eu não quis acreditar que seu pai faria isso!

Correspondi ao abraço mesmo querendo me tacar da ponte mais próxima e ela me puxou para dentro da cozinha, dando tapinhas na banqueta em frente à ilha para eu sentar ali.

— Quer comer algo? Eu tô fazendo o almoço mas pode demorar ainda! — ela ficou na minha frente enquanto falava

— Não, eu tô sem fome, só queria um copo de água, mas pode deixar que-

— Pode ficar aí que eu pego pra você! — ela me interrompeu e foi até o armário para pegar o copo

Soltei um suspiro e Maria não voltou só com um copo de água mas também com um bolo de chocolate.

— Come, acho que não comeu depois da festa — ela pegou um garfo na gaveta da ilha e me entregou

— Obrigada — sorri para ela, antes de dar um gole na água já que estava sentindo minha garganta arranhar

— Não precisa agradecer!

Ouvimos o barulho de algo queimar no fogão e Maria foi até lá rapidamente, tirando a frigideira do fogo e misturando o que havia ali. De todas as formas que alguém poderia me ver, aquela era a pior.

Comi o bolo tão rápido que eu não percebi, já que eu estava morrendo de fome.
Fiquei revirando os farelos de bolo com o garfo, já que eu não sabia o que fazer naquele momento.

— Faz muito tempo? — ela perguntou enquanto cortava um tomate, de frente para mim, e eu levantei o olhar — Desde que vocês começaram com isso...

Soltei um suspiro e me ajeitei na banqueta, limpando a garganta.

— Começou no começo do último verão, e eu nem sei onde eu estava com a cabeça... — apoiei o cotovelo na bancada e a cabeça na minha mão — Desde quando a senhora sabe?

— Desde sempre — ela deu de ombros enquanto mastigava um tomate

— O quê?! — quase gritei, engasgando em seguida

Maria começou a rir e apoiou as mãos na bancada, me deixando ainda mais espantada.

— Querida, eu sinceramente não sei como seu pai e Nate não perceberam! — ela disse parando de rir, me olhando em seguida — Vocês dois podia disfarçar com aquelas discussões, e tudo, mas o olhar de vocês não mentia! Eu conheço meu filho, e eu via como ele te olhava quando você ria, quando você conversava com outros caras! — Maria deixou os cubinhos de tomate em um pote e pegou algumas azeitonas para cortar — E eu sempre desconfiei que a implicância de vocês um pelo outro era algo a mais!