𝐌𝐎𝐍𝐄𝐘 𝐀𝐍𝐃 𝐒𝐄𝐗, 𝘃𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗵𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿

032| conversa

s/n chalamet | los angeles

Nos dias que se seguiram, chegavam dois ou três buquês de flores em casa e aquela merda já estava me deixando maluca. Não havia contado para Vinnie porquê sabia que ele iria atrás de Evans mesmo sem ter a menor prova que era ele que estava por trás do maior lucro que as floriculturas de Los Angeles já haviam visto.

Era aula de biologia e estava sentada ao lado de Vinnie, que estava com uma mão na minha coxa, fazendo um carinho sem malícia alguma, quando uma das secretárias do colégio apareceu na porta, me chamando para fora da sala por alguns instantes.

— Que merda é essa? — ele sussurrou para mim enquanto me levantava

— Sei lá...

Dei de ombros e saí da sala, fechando a porta. Vi a secretária da diretora segurando um buquê de flores roxas com raminhos brancos. Era o mesmo buquê que Evans havia me dado. Gelei quando o vi e ela me entregou.

— Quem deixou isso aqui? — perguntei rapidamente

— Não tem remetente, o funcionário da floricultura disse que pediram para enviar anonimamente — ela sorriu gentil para mim antes de ir em direção a escada

Entrei de volta na sala procurando pelo cartão em meio as pétalas, e joguei o buquê no lixo da sala com força quando não encontrei nada ali Acabei atraindo a atenção da sala para mim e queria enfiar minha cara em um buraco.

Me sentei na cadeira ao lado de Vinnie, que se ajeitou enquanto me olhava curioso.

— Te mandaram outro buquê? Quem é o babaca que manda dois buquês em menos de duas semanas? — ele riu fraco — Esse cara tá desesperado por um pingo da sua atenção!

Vinnie não tinha a menor noção dos outros quinze buquês que estavam no lixo de casa.

— Então eu tenho uma péssima notícia pra ele — pisquei para o loiro, que negou com a cabeça antes de fingir prestar atenção na aula

Quando as aulas acabaram, apenas me despedi do pessoal e fui para casa, já que estava morrendo de cólica. Estacionei o carro na garagem de casa e enquanto caminhava até a escada, vi um SUV preto parado do outro lado da rua mas não a mínima para aquilo e entrei em casa.

Depois do almoço, estava arrumando algumas roupas no meu closet quando minha mãe me gritou do andar de baixo. Desci as escadas e fui até a sala de estar, vendo ela olhar algo pela janela.

— O que foi? — perguntei indo até ela, puxando um dos lado da cortina para poder observar a rua

— Aquele ali não é o desgraçado do Evans, é? — minha mãe apontou pela janela na direção do carro, falando irritada

Era o mesmo carro de mais cedo, mas agora aquele filho da puta estava apoiando contra o capô do carro e observando a casa.

— Eu vou matar esse filho da puta!

— S/n, volta aqui agora! — minha mãe gritou e tentou me alcançar, mas já estava indo em direção ao hall de entrada

Sai de casa batendo a porta com força, descendo as escadas rapidamente enquanto via aquele maldito me olhar de longe. Evans estava com aquele olhar de cachorro arrependido, e eu estava doida para socar a cara daquele filho da puta.

— Mas que merda, você tá fazendo aqui?! — gritei enquanto atravessava a rua, pouco me importando se os vizinhos iriam escutar

— S/n, podemos conversar, por favor? — ele falou calmo, saindo de perto do carro

— Conversar? A única coisa que eu quero vindo de você é que você me deixe em paz, e me esqueça, filho da puta! — apontei o dedo na cara dele, sentindo um nó se formar na minha garganta