TREZE

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Ellis não escutou nem uma única palavra do que Severo lhe disse depois de dar a localização de Duke

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Ellis não escutou nem uma única palavra do que Severo lhe disse depois de dar a localização de Duke. A mente da garota passou a trabalhar em uma velocidade assustadora logo em seguida, bolando um plano que a fizesse sair de Hogwarts depois do toque de recolher sem que ninguém percebesse. Pensou até mesmo em chamar Cedrico e Ben para essa pequena aventura, mas preferiu deixar os amigos fora de problemas. Eles já haviam perdido pontos demais da Lufa-Lufa durante as últimas aulas de Snape e, se fossem pegos do lado de fora, passariam por grandes problemas. Além disso, era melhor que, se alguém tivesse de perder pontos, fosse apenas um deles, Ellis. Ela poderia recuperá-los facilmente nas aulas de poções de Snape, já que com sua dupla, Draco, eram os preferidos do professor.

Decidiu então que após todos os alunos irem dormir iria dar uma volta pela floresta proibida em busca de Duke. Tinha certeza de que não demoraria muito mais que meia hora para encontrá-lo, mas se perguntava como ele havia chegado em Hogwarts.

Harry, por outro lado, achou que fosse se meter em uma enrascada depois de ser levado por Minerva. Acreditou firmemente que seria expulso e passou o caminho inteiro em silêncio, se perguntando o que diria aos Dursley quando batesse em sua porta e aparecesse com as malas que levara para passar um ano fora. Mas, na verdade, Minerva não o levara para receber uma longa e gigantesca bronca que resultaria na sua expulsão. A professora Minerva o levou até o local onde o professor Flitwick estava dando aula e pediu um Wood emprestado. A princípio, Harry achou que "Wood" fosse algo que ela usaria para castiga-lo, mas ficou aliviado ao ver que Wood, afinal, era uma pessoa. O menino forte do quinto ano saiu da sala de Flitwick parecendo confuso e examinou Potter com curiosidade enquanto caminhavam pelos corredores sem nenhum tipo de explicação de Minerva.

"Harry Potter, este é Olivio Wood. Olivio, encontrei um apanhador para você."

A expressão de Wood mudou imediatamente de confusão para prazer. Minerva ficara encantada quando vira Harry na vassoura, atrás do Lembrol de Neville. Ela nunca poderia expulsar um voador nato como Potter, pelo menos não quando sua casa necessitava tanto de um apanhador no time de Quadribol. Wood era o capitão do time da Grifinória, aquele garoto faria tudo que fosse necessário para conseguir levar a Taça de Quadribol no fim de ano, e talvez Harry Potter seja realmente o que lhe faltava.

- Você está brincando.

Era hora do jantar. Harry acabara de contar a Rony e Ellis o que aconteceu quando deixou os jardins da propriedade com a Professora Minerva. Eles estavam de pé, perto da porta da entrada. Todos os dias, antes de sentarem nas mesas de suas casas para jantar, os três costumavam a reservar alguns minutos para que estivessem atualizados sobre o que aconteceu durante o dia uns dos outros. As coisas seriam mais fáceis se Ellis fosse da Grifinória, mas a garota nunca parou para pensar no assunto, já que ela não trocaria a Lufa-Lufa por nada.

Rony tinha cerca de cinco batatas fritas a meio caminho da boca, mas esqueceu o que estava fazendo com a história de Harry.

- Apanhador? - exclamou. - Mas os alunos do primeiro ano nunca... você vai ser o jogador da casa mais novo do último...

- Século. - completou Harry, enfiando uma das batatas que Rony segurava na boca. Sentia-se particularmente faminto depois da agitação da tarde. - Olívio me disse.

Rony estava tão admirado, tão impressionado, que ficou ali de pé, de boca aberta para Harry. Ellis sorriu, alegre.

- Parabéns, Harry. Espero poder jogar contra você logo. E, de preferência, tente não me derrubar da vassoura dessa vez.

- Dessa vez? - repetiu o garoto, confuso. Ele realmente não percebeu que quase matou a amiga durante sua busca pelo Lembrol de manhã.

- E você, Ellis? - perguntou Rony. - Luke, o capitão da Lufa-Lufa, estava lá hoje. Ele foi te ver?

Ela assentiu, balançando a cabeça.

- É. Disse que me quer no time. Cedrico vai me avisar se eu conseguir a vaga. Quando você começa a treinar, Harry?

- Na próxima semana. Só não contem a ninguém, Olívio quer fazer segredo.

Fred e Jorge Weasley entraram nesse momento no salão, viram Harry e foram depressa falar com ele.

- Grande lance. - falou Jorge em voz baixa. - Olívio nos contou. Estamos no time também... batedores.

- Sabe de uma coisa, tenho certeza de que vamos ganhar a taça de quadribol deste ano. - disse Fred. - Não ganhamos desde que Carlinhos terminou a escola, mas o time deste ano vai ser brilhante. Você deve ser bom, Harry, Olívio estava quase dando pulinhos quando nos contou. Ah, olá, Ellis.

Os gêmeos sorriram e acenaram para a garota, que retribuiu na mesma maneira.

- Em todo caso, temos de ir, Lino Jordan acha que encontrou uma nova passagem secreta para sair da escola.

Fred e Jorge mal tinham desaparecido quando alguém menos bem-vindo apareceu: Draco, ladeado por Crabbe e Goyle.

- Comendo a última refeição, Harry? Quando vai pegar o trem de volta para a terra dos trouxas?

- Eu já volto. - Ellis sussurrou no ouvido de Rony.

- Onde você vai?

- Descobrir com os seus irmãos como chegar na floresta proibida. - ela sussurrou ainda mais baixo, querendo evitar ser ouvida por Draco. - Aguentem aí.

Então, deixou os garotos para trás e apressou os passos até a mesa da Grifinória, chamando por Fred e Jorge, que não demoraram muito para ir até ela, as expressões nos rostos se tornando confusas e curiosas quando a garota pediu ajuda para encontrar uma passagem que a levaria para a Floresta Proibida.

Quando voltou para perto de Rony e Harry, Draco e seus seguranças já tinham ido embora. A garota acabou, por fim, pegando a conversa pela metade.

- O que é um duelo de bruxos? - perguntou Harry. - E o que você quis dizer quando se ofereceu para ser meu padrinho?

- O que foi que vocês fizeram? - questionou Ellis, franzindo as sobrancelhas. Ficara fora por poucos minutos e os garotos já haviam arranjado um duelo de bruxos para participar.

- Harry e Draco vão duelar. - Rony disse a segunda frase com displicência. - Bom, o padrinho fica lá para tomar seu lugar se você morrer.

Surpreendendo a expressão no rosto de Harry, Ellis acrescentou bem depressa:

- Mas as pessoas só morrem em duelos de verdade, sabe, com bruxos de verdade. O máximo que você e Draco conseguirão fazer será atirar fagulhas um no outro. Nenhum dos dois conhece magia o suficiente para fazer estragos.

- Mas aposto que ele esperava que você recusasse.

- E se eu agitar a varinha e nada acontecer?

- Jogue a varinha fora e meta-lhe um soco na cara. - sugeriu Rony.

- Com licença.

Os três viraram os rostos. Era Hermione Granger.

- Será que a pessoa não pode comer sossegado neste lugar? - exclamou Rony.

- Você nem está comendo. - murmurou Ellis. - Suas batatas acabaram.

- Ellis!

- Não pude deixar de ouvir o que você e Draco estavam dizendo...

- Aposto que podia. - resmungou Rony.

- ... e você não deve andar pela escola à noite, pense nos pontos que vai perder para a Grifinória se for pego, e você vai ser. É muito egoísmo da sua parte.

- E, pra falar a verdade, não é da sua conta. - respondeu Harry.

Foi Rony quem completou:

- Tchau.

Os dois saíram, deixando Hermione para trás. Rony, quando percebeu que Ellis não os seguida, deu a ré e voltou para buscá-la, segurando-a pelo pulso e a puxando.

- Vocês são muito maus com ela.

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The Best Of Me - Harry Potter - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora