VINTE E SETE

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	O loiro franziu as sobrancelhas e se levantou, estressado

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O loiro franziu as sobrancelhas e se levantou, estressado.

- Vou contar para Snape que seu lobo me atacou. Vou contar para o meu pai! Ele vai caçar esse sou lobo até que só reste a pele dele como tapete na lareira de nossa casa! E também vou falar sobre Hagrid e aquele dragão! Vou contar sobre tudo!

As bochechas de Ellis ficaram vermelhas de raiva. As batidas do seu coração aceleraram e se ela fosse um desenho animado seria possível ver as nuvens de fumaça saindo de suas orelhas. Nunca, em toda sua vida, ouviu uma ameaça ser direcionada a Duke. Nunca, em toda sua vida, achou que alguém teria coragem de dizer que usaria seu pelo como tapete.

E não gostou nada de ouvir pela primeira vez.

Ela avançou, aos gritos e xingamentos. Segurou a gola das vestes de Draco e com o impulso o jogou no chão, caindo sobre ele. O garoto segurou seus braços, tentando afastá-la, mas aquilo parecia ser uma tarefa impossível. Ellis parecia ser dez vezes mais forte que ele. Ela fechou os punhos e começou a soca-lo no peito, ainda gritando de raiva.

- Pare! Sua maluca! Pare agora! Me solte!

- Ellis Duval!

Uma voz grave chamou, mas a garota não ouviu uma única palavra. Duke, assustado com uma irritação que nunca viu em Ellis, começou a latir e correr de um lado para o outro, como se clamasse por ajuda. Hagrid, Hermione, Rony e Harry pensaram em sair da cabana e correr para ajudar, mas desistiram quando viram Snape puxar a garota pelos braços para longe de Draco, não podiam arriscar serem vistos e nem que Hagrid tivesse seu mais novo dragão descoberto.

Snape nunca viu sua afilhada tão brava. Não fazia ideia do que havia acontecido, mas Draco Malfoy deveria ter ultrapassado todos os limites existentes para conseguir tirar Ellis do sério aquele ponto.

- Ellis, pare agora!

Ele a puxou para trás novamente, dessa vez, com mais força, conseguindo tirá-la de cima de Malfoy, que protegia o rosto com os braços. Precisou usar o próprio corpo como um muro para impedir que ela partisse para cima dele mais uma vez. Agarrou seus ombros com força e a balançou, em uma tentativa de fazê-la retornar a consciência de uma pessoa normal.

- Nem uma palavra, Malfoy! Nem uma palavra! Se contar alguma coisa, se vierem atrás dele, mato você! Eu juro, Malfoy, mato você!

- Duval! - Severo gritou. - Já chega!

Ela parou. Os olhos castanhos, que costumavam estar sempre iluminados, transmitiam uma áurea sombria.

- O que pensa que está fazendo!?

- Essa maluca me atacou! Eu não fiz nada!

- Cala a boca, idiota! - bradou Ellis.

- Ellis, o que deu em você? - Snape franziu as sobrancelhas, o desgosto presente no rosto. - Desde que começou a andar com Potter, não para de se meter em problemas. Se continuar assim, vai acabar sendo expulsa! Chega de confusões, me entendeu? Não a criei para isso!

Ellis não o respondeu. Ficou em silêncio, a respiração pesada demonstrando que continuava irritada.

- Vou contar para o meu pai. - murmurou Draco. - Vou contar para o meu pai!

- CONTE! - os dois assustaram-se com o grito estrondoso. - Conte o que quiser, seu mesquinho! Mas estou avisando, se vierem atrás de Duke, vão se arrepender.

Ela olhou para Snape.

- Pode me tirar pontos, me suspender ou até me expulsar. Não vou deixar tocarem em Duke.

- Menos vinte pontos para Lufa-Lufa. E está detida. Volte para a aula, agora. Mais nenhuma confusão, Ellis, nenhuma.

- Então torça para o loirinho ficar de boca fechada. - ela murmurou, os olhos fixos em Draco, que franziu o cenho. Depois, olhou para Duke. - Volte para a floresta e só saia de lá quando ouvir meu assobio. Apenas se me ouvir, Duke.

Ele fungou alto em resposta, como se estivesse espirrando. Encarou Snape, Draco, e saiu correndo, desaparecendo após chegar as árvores da Floresta Proibida. Ellis desviou de Snape, mas fez questão de esbarrar com brutalidade no ombro de Draco ao passar do seu lado, depois seguiu o caminho a passos lentos de volta para Hogwarts.

Alguma coisa no sorriso que rondou a cara de Malfoy durante a semana seguinte deixou Harry, Rony e Hermione muito nervosos. Ellis, apesar de não gostar nada da expressão no rosto do garoto, estava menos preocupada que os amigos. Todos eles passavam a maior parte do tempo livre na cabana sombria de Hagrid, tentando argumentar com ele.

- Deixe o dragão ir embora. - insistia Harry. - Solte ele.

- Não posso. Ele é muito pequeno. Morreria.

Eles olharam para o dragão.

Aumentou três vezes de comprimento em uma semana. A fumaça não parava de sair de suas narinas. Hagrid não estava cumprindo suas tarefas de guarda-caça porque o dragão o mantinha muito ocupado. Havia garrafas vazias de conhaque e penas de galinha por todo o chão.

- Decidi chamá-lo de Norberto. - anunciou Hagrid, olhando para o dragão com olhos sonhadores. - Ele realmente sabe quem eu sou, olhem. Norberto! Norberto! Onde está a mamãe?

- Ele pirou. - cochichou Rony na orelha de Ellis.

- Não, olhe, ele parece mesmo saber que Hagrid é a mãe dele. - retrucou Ellis, baixo.

- Ellis pirou também. - cochichou Rony novamente, na orelha de Harry.

- Ellis! - chamou Harry. - Precisamos que você nos ajude, não que o apoie.

Ela suspirou e deu de ombros, gostava mesmo de Norberto e Hagrid andava mais feliz com ele por perto, mas os amigos tinham razão, o dragão não podia ficar.

- Rúbeo. - disse Ellis em voz alta. - Dê mais quinze dias e Norberto vai ficar do tamanho de sua casa. Malfoy pode procurar Dumbledore a qualquer momento.

Hagrid mordeu o lábio.

- Eu... eu sei que não vou poder ficar com ele para sempre, mas também não posso larga-lo assim, não posso.

Harry de repente virou-se para Rony.

- Carlinhos!

- Eu sou o Rony, está lembrado?

- Não, Carlinhos, seu irmão, Carlinhos. Na Romênia. Estudando dragões. Poderíamos mandar Norberto para ele. Carlinhos pode cuidar dele e depois devolvê-lo à floresta!

- Brilhante! - exclamou Rony. - Que é que você acha, Rúbeo?

E no fim, Hagrid concordou que podiam mandar uma coruja a Carlinhos para consultá-lo.

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The Best Of Me - Harry Potter - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora