TRINTA E TRÊS

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Todos queriam esperar por notícias de Ellis do lado de fora da enfermaria

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Todos queriam esperar por notícias de Ellis do lado de fora da enfermaria. Por isso, depois de serem expulsos da sala por Snape, ficaram ali por mais alguns minutos, na esperança de que a amiga acordasse logo. Olhavam um para o outro em completo silêncio, nervosos com a situação. Não faziam ideia do que estava acontecendo do lado de dentro da sala, mas talvez devessem se preocupar mais.

- Harry! - Ben virou o corredor, os olhos arregalados. Estava correndo como um louco. - Acabei de saber. Não tive como contar ao Cedrico, ele acabou de entrar na sala do senhor Flitwick para fazer a prova. É a última do dia. O que aconteceu? Como ela está?

- Nós não sabemos. Ela desmaiou no corredor. Fred e Jorge que a trouxeram pra cá.

Ben olhou para os ruivos.

- Vocês viram o que aconteceu?

Eles balançaram a cabeça, negando. Os gêmeos Weasley estavam quietos, o que era estranho até mesmo para Rony. Eles estavam mesmo preocupados.

- Havia um tumulto de lufanos no corredor. - disse Fred. - Quando nos aproximamos, vimos Ellis no chão. Depois disso a trouxemos para cá e Snape nos expulsou da sala.

- Snape está lá dentro?

Eles balançaram a cabeça, confirmando. Ben esfregou as mãos no rosto. Encostou-se na parede e deixou o corpo escorregar até estar sentado no chão.

- Deveria ter percebido que algo estava errado. Eu e Cedrico deveríamos ter insistido para que ela nos contasse o que houve.

- O que houve? - perguntou Hermione, tocando seu ombro, compreensiva.

Antes que Ben respondesse, a porta da enfermaria se abriu e a figura amedrontadora de Snape apareceu.

- O que estão fazendo aqui? Não mandei irem embora? Vocês têm provas para fazer!

- Queremos saber da Ellis. - retrucou Rony, de cara fechada. Estava enfrentando Snape, mas nem ao menos percebeu isso. - Não vamos sair daqui até sabermos o que aconteceu.

- Nós não sabemos o que aconteceu. - afirmou Severo. - Madame Pomfrey está cuidando disso. - ele olhou para Ben. - Onde está o senhor Diggory?

- Está fazendo prova. Ele ainda não sabe...

- Ótimo. Diga a ele que precisamos conversar. Seja lá o que aconteceu, ele deve saber de algo. E eu não quero ver nenhum de vocês aqui antes do fim de todos os testes da escola. Ellis precisa descansar.

- Ela acordou? - perguntou Fred. A expressão no rosto de Snape o respondeu antes de qualquer palavra.

- Não.

- A Ellie... Ellis... - começou Ben. - Ela não anda dormindo, faz algumas semanas. E ela também anda sentindo muita dor em sua cicatriz. Disse que às vezes parece que ela está queimando.

Harry arregalou os olhos. Ele estava sentindo exatamente a mesma coisa.

- Vou informar a Madame Pomfrey. Agora, voltem para seus testes. Podem visitá-la mais tarde.

Ainda receosos, eles deram meia volta e saíram, deprimidos. Ninguém disse nada, apenas seguiram caminhos diferentes, planejando voltar para ver a amiga mais tarde.

O último exame foi de História da Magia. Uma hora respondendo a perguntas sobre velhos bruxos gagás que inventaram caldeirões automovíveis e estariam livres, livres por uma semana maravilhosa até saírem os resultados dos exames.

Hermione sempre gostava de repassar as provas depois, mas Rony disse que isso o fazia se sentir mal. Hoje, de qualquer forma, nenhum deles estava com muita vontade de repassar algo. Assim, caminharam até o lago e se sentaram à sombra de uma árvore. Os gêmeos Weasley e Lino Jordan faziam cócegas nos tentáculos de uma lula gigantesca que tomava sol na água mais rasa.

- Por que acham que Ellis não nos contou que não estava se sentindo bem? - perguntou Rony.

- Talvez ela não quisesse nos preocupar.

Harry esfregava a testa.

- Antes da Ellis desmaiar, senti uma dor na minha cicatriz. Anda doendo a dias! Já senti isso antes, mas não com tanta frequência. E, pelo visto, Ellis também estava sentindo.

- Procure Madame Pomfrey. - sugeriu Hermione. - Não queremos que você acabe desmaiando também.

- Eu não estou doente. Acho que é um aviso... significa que o perigo está se aproximando...

- Isso são os exames. Acordei a noite passada e já tinha lido metade dos meus apontamentos sobre Transfiguração quando me lembrei que já tínhamos feito a prova.

Harry tinha certeza de que a sensação de inquietude não tinha nada a ver com os estudos.

Acompanhou com olhos uma coruja planar pelo céu azul em direção à escola, uma carta no bico. Hagrid era o único que lhe mandava cartas. Hagrid jamais trairia Dumbledore. Hagrid jamais contaria a ninguém como passar por Fofo... jamais... mas...

Harry pôs-se e pé de um salto.

- Onde é que você está indo? - perguntou Rony sonolento.

- Acabei de me lembrar de uma coisa. Temos que ver Rúbeo agora!

- Por que? - ofegou Hermione, correndo para alcança-lo.

- Vocês não acham um pouco estranho que o que Rúbeo mais quer na vida é um dragão, e aparece um estranho que por acaso tem ovos de dragão no bolso, quando isto é contra as leis dos bruxos? Que sorte encontrar Rúbeo, não acham? Por que não percebi isso antes?

- Do que é que você está falando? - perguntou Rony, mas Harry, correndo pelos jardins em direção à floresta, não respondeu.

Hagrid estava sentando em um cadeirão na frente da casa, tinha as pernas das calças e as mangas enroladas e descascava ervilhas em uma grande tigela.

- Olá. - disse, sorrindo. - Terminaram os exames? Têm tempo para um refresco? Onde está Ellis?

- Ellis está na enfermaria, ela passou mal. - disse Rony. - Temos tempo, obrigado.

Harry o interrompeu.

- Não, estamos com pressa. Rúbeo, preciso lhe perguntar uma coisa. Sabe aquela noite que você ganhou o Norberto? Que cara tinha o estranho com quem você jogou carta?

- Não lembro. - respondeu Hagrid. - Ele não quis tirar a capa. O que houve com Ellis? Ela está bem?

- Vai ficar. - disse Harry, não querendo desviar do assunto principal. - Como assim você não viu a cara do sujeito?

Viu os três fazerem cara de espanto e ergueu as sobrancelhas.

- Não é nada demais, tem muita gente esquisita no Cabeça de Javali. Podia ser um vendedor de dragões, não podia? Nunca vi a cara dele, ele não tirou o capuz.

Harry se abaixou ao lado da tigela de ervilhas.

- O que foi que você conversou com ele, Rúbeo? Chegou a mencionar Hogwarts?

- Talvez. É... ele me perguntou o que eu fazia e eu respondi que era guarda-caça aqui... Depois perguntou de que tipo de bichos eu cuidava, então eu disse... e disse também que o que sempre quis ter foi um dragão... então... não me lembro muito bem... porque ele não parava de pagar bebidas para mim. Deixa eu ver... ah, sim, então ele disse que tinham um ovo de dragão, e que podíamos disputa-lo num jogo de cartas se eu quisesse, mas precisava ter certeza de que eu podia cuidar do bicho, não queria que ele fosse parar num asilo de velhos. Então respondi que depois do Fofo, um dragão seria moleza.

- E ele pareceu interessado no Fofo?

- Bom... pareceu. Quantos cachorros de três cabeças a pessoa encontra por aí, mesmo em Hogwarts? Então contei a ele que Fofo é uma doçura se a pessoa sabe como acalmá-lo, é só tocar um pouco de música e ele cai no sono.

Hagrid, de repente, fez cara de horrorizado.

- Eu não devia ter lhe dito isto! - exclamou. - Esqueçam que eu disse isto! Ei, onde é que vocês vão?

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