TRINTA

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A floresta estava escura e silenciosa

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A floresta estava escura e silenciosa. Entrando por ela, chegaram a uma bifurcação. Neville e Hagrid foram pela esquerda, enquanto Ellis, Malfoy e Canino pela direita.

Caminharam em silêncio, com os olhos no chão. Aqui e ali um raio luar penetrava por entre os galhos e iluminava uma manha de sangue prateado nas folhas caídas.

Ellis viu que Draco parecia muito preocupado. Era visível que estava se borrando de medo, mas, como sempre, era orgulhoso demais para admitir. Além disso, ela achava que ele estava tentando evitar falar qualquer coisa que não fosse necessário com ela desde a briga que tiveram. Nas aulas de poções, por exemplo, Draco nem mesmo a olhava nos olhos, ou sorria, feliz e orgulhoso, quando recebiam um elogio de Snape, o que era algo que ele costumava a fazer antes

Duval não gostava de Draco, mas se completamente ignorada por ele estava começando a incomodar.

Mesmo assim, se recusava a pedir desculpas pelo ocorrido. Não tinha nenhum arrependimento do que houve e faria mil vezes novamente, se precisasse. Ninguém podia ameaçar seus amigos, principalmente Duke, e sair ileso.

— Malfoy, espere um segundo. – ela pediu. – Acho que Canino encontrou algo.

Ele parou, amedrontado. Deu um passo para trás, querendo se afastar o máximo possível de Canino, que olhava fixamente para um espaço vazio entre as árvores. Quando o cachorro latiu, Draco pulou de medo, perdendo o equilíbrio ao pisar em falso em uma pedra solta. Ele caiu sobre as folhas secas das árvores e a terra nada receptiva. Deu um pequeno gemido de dor e em meio mais um dos raios de luz que passavam entre as copas das árvores, Ellis viu o cotovelo machucado do garoto sangrar. Apesar de não ser o tipo de machucado que podia matá-lo, ou um que doesse tanto que ele não fosse conseguir parar de gritar, ela se preocupou.

Aproximou-se dele e ajoelhou ao seu lado, segurando o braço do garoto. O ralado, querendo ou não, era um pouco mais fundo do que outros, provavelmente por conta da pedra áspera onde Draco raspou o cotovelo antes de cair. Ellis tirou de um de seus bolsos um pano amarelo, haviam vários como aquele na comunal da Lufa-Lufa e ela estava sempre com um deles guardado no bolso, para ocasiões como essa.

Colocou o pano sobre o machucado de Draco e deu leves batidinhas, limpando o sangue. O garoto reclamou da ardência por alguns segundos, depois ficou em completo silêncio, observando.

Duval enrolou o pano em seu cotovelo e o amarrou. Ela odiava o fato de serem grandes demais porquê era difícil dobrá-los e colocá-los nos pequenos bolsos do uniforme, mas agora agradeceu mentalmente por ser assim, caso contrário não conseguiria amarrá-lo no braço de Draco, evitando que o sangue ficasse escorrendo por ele. Enquanto terminava o curativo improvisado, murmurava:

— Não precisa ter medo. É só o Duke. Ele está nos seguindo a alguns minutos, mas o Canino só o viu agora. – Draco franziu as sobrancelhas, confuso.

Se Duke está os seguindo, porquê está se escondendo?

Poderia perguntar isso a Ellis, se não estivesse distraído com ela e seu curativo.

The Best Of Me - Harry Potter - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora