Onze anos atrás, os Potters recebiam em sua casa a família Duval. Apesar de Brandon Duval e Thiago Potter serem inimigos declarados desde a época dos Marotos, a confraternização entre as duas famílias era comum, já que, mesmo com a rixa entre os doi...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
As árvores eram tão juntas que ele não conseguia ver aonde foi Snape. Voou em círculos cada vez mais baixos, roçando a copa das árvores até que ouviram vozes. Planou em direção a elas e pousou, sem ruído, em uma alta bétula.
Subiu com cuidado em um dos ramos, segurando-se firme na vassoura. As mãos de Ellis firmaram-se em sua cintura enquanto ela tentava espiar entre as folhas.
Embaixo, na clareira sombria, estava Snape, mas não estava sozinho. Quirrell estava com ele. Não conseguiram ver a expressão em seu rosto, mas a gagueira estava pior do que nunca.
— ... não sei por que você quis se encontrar logo aqui, Severo...
— Ah, quis manter o encontro sigiloso. – disse Snape, a voz gélida. – Afinal os alunos não devem saber sobre a Pedra Filosofal.
Harry curvou-se para frente, o corpo de Ellis acompanhando o dele. Quirrell balbuciou alguma coisa. Snape interrompeu-o.
— Você já descobriu como passar por aquela fera do Hagrid?
— M-m-mas, Severo, eu...
— Você não quer que eu seja seu inimigo, Quirrell. – ameaçou Snape, dando um passo na direção dele.
— N-n-não sei o que você...
— Você sabe perfeitamente o que quero dizer.
Uma coruja piou alto e Harry quase caiu da árvore. Ellis o agarrou pelo colarinho da camisa, o ajudando a recuperar o equilíbrio.
— ... as suas mágicas de araque. Estou esperando.
— M-mas eu n-n-não...
— Muito bem. Vamos ter outra conversinha em breve, quando você tiver tido tempo de pensar nas coisas e decidir com quem está sua lealdade.
E jogando a capa por cima da cabeça saiu da clareira. Estava quase escura agora, mas as duas crianças puderam discernir Quirrell, parado muito quieto, como se estivesse petrificado.
Duval deu dois tapinhas no ombro de Harry, recuperando sua atenção. O garoto, então, alcançou voo e voltou para a garagem das vassouras, onde deixaram a Nimbus 2000. No caminho até o Salão Principal não disseram uma única palavra. Harry queria muito falar o que pensava para Ellis, mas tinha medo do que se passava pela cabeça da amiga agora. Talvez ela precisasse de mais alguns minutos para digerir as últimas informações. Estava errada sobre Snape. Ele não é tão leal a Dumbledore quanto imaginava.
— Harry, Ellis, onde é que estavam? – perguntou Hermione com a voz esganiçada.
— Vencemos! Você venceu! Nós vencemos! – gritou Rony, dando tapas nas costas de Harry, que estava tão sério quando Duval. – E deixei o olho de Draco roxo e Neville tentou enfrentar Crabbe e Goyle sozinho! Ainda está desacordado, mas Madame Pomfrey diz que ele vai ficar bem. Isso é que é mostrar a Sonserina! Todos estão esperando você na sala comunal, estamos dando uma festa, Fred e Jorge roubaram uns bolos e outras coisinhas nas cozinhas.
