Capítulo 14 - Letal

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ㅡ quanto quer pelo sangue da garota?
perguntei com um sorriso cafajeste no rosto, ela sorriu de volta, era óbvio que ela queria mais do que dinheiro.

ㅡ 50 pratas ㅡ ela disse e me encarou,  logo desceu o olhar para mim ㅡ é você.

[...]

BELLDAM STIRLING
POINT OF VIEW;

ㅡ Aconteceu alguma coisa, Belldam?
ㅡ Jeon perguntou, ele tentou me agarrar mais eu o empurrei de leve.

ㅡ Você acha que eu não sei? ㅡ perguntei alterada, sentia meus olhos arderem, eu mal conseguia ficar perto de jeon de tão nervosa que eu estava.

ㅡ Do que você está falando? ㅡ jungkook perguntou parecendo confuso, ele era um ótimo ator, mas eu não iria cair de novo

ㅡ Você só ia me usar ㅡ por fim eu disse, já impaciente com o cinismo dele.

Ele bufa impaciente, acho que alguém também se estressa muito rápido.

ㅡ Eu não te entendo, você some derrepente, para de falar comigo, e a culpa é minha? ㅡ Jeon perguntou alterando o tom de voz, ele parecia tão nervoso quanto eu.

ㅡ Você sabe oque você fez ㅡ eu digo pretendo o choro, mas a minha voz vacila é me entrega.

ㅡ Oque eu fiz, Belldam? ㅡ Ele me perguntou, se sentou ao meu lado, sem dizer nada me afastei dele ㅡ Oque eu fiz, Belldam? ㅡ Ele pergunta novamente, agora gritando.

Não respondo a sua pergunta, ele sabe.

ㅡ Foi oque eu pensei, acho que quem errou aqui foi você ㅡ Ele disse se levantando do sofá

ㅡ Você é letal, e por isso que eu nunca vi você com ninguém, você espanta as pessoas com esse seu jeito estranho de ser ㅡ ele praticamente cuspiu na minha cara essas palavras e saiu andando.

ㅡ Como é que é? ㅡ eu perguntei incrédula, me levantei e fui até ele, mas ele já tinha fechado a porta na minha cara.

ㅡ Não me preocura nunca mais, sai da minha vida! ㅡ eu disse gritando pelo corredor, como facadas finais.

Existe uma regra, se uma bruxa pedir para um feiticeiro sair de sua vida, ele tem que sair.

As palavras de Jeon me machucaram, eu não esperava que ele fosse dizer essas coisas, mesmo que talvez fosse a verdade.

[...]

Era segunda feira, era muito bom morar no campus, eu poderia acordar até 30 minutos antes da aula, Cheguei um pouco atrasada como de costume, me sentei no canto da sala e puxei meu notebook da bolsa, tentando acompanhar a aula, ou quase, já que eu estava presa ao meu rascunho, ou melhor a minha história, decidi que o nome seria; Roca de fiar, pois o romance que eu vou escrever é como um sonho, algo que não existe, um amor que só se pode sonhar acordado para existir, por que ninguém ama nessa intensidade a ponto de ser tão caridoso com o outro, quero fazer o leitor ler e no final da história se sentir tão vazio por não ter ninguém, e como terminar de ler e acordar de um transe com um tremendo vazio, de que você perdeu horas do seu dia lendo algo que você criou expectativas para sua vida amorosa nesse plano.

o leitor pode esperar 100 horas ou 100 anos, ninguém nunca vai ser capaz de amar como os meus personagens amam nessa história.

Eu posso sim transformar tudo em arte, a dor e uma das artes mais bonitas, tudo que é feito com dor no final é tão profundo e triste, mas em quem dói é um alívio por para fora, e o final é sempre feliz, por que esse era o final desejado.

Jeon chegou atrasado, estranhei ele nunca chegava atrasado, vi alguns olhares sobre ele, tentei não demonstrar desconforto para mim mesma, mas eu estava enciumada
tentei ignorar sua presença mas sempre me pegava olhando para ele, queria ficar com raiva dele, mas não conseguia, infelizmente o amor é mais forte que o rancor.

A aula terminou, a troca de professores aconteceu, a professora de literatura americana sempre atrasava, lembrei no dia em que ela atrasou e jeon me beijou, matamos ela e ficamos juntos nos pegando no carro dele.

Me emputeci quando vi um trio de garotas se aproximar de Jeon, guardei minhas coisas na bolsa e saí em disparado pela porta, senti meu corpo esbarrar em um par de ombros fortes, tava muito bom pra ser verdade.

ㅡ Desculpa, mil desculpas ㅡ um rapaz disse, olhei para ele e o reconheci de imediato, era o loiro da farmácia de ontem a noite, ele estava com a mão toda suja de tinta seca mas a sua aquerela se encontrava grudada na minha blusa branca de camurça, fazendo o tecido de tela.

A tirei delicadamente, vendo aquela mistura de cores quentes no tecido claro, apertei os punhos de ódio e sai caminhando firme em direção ao banheiro.

Deu a hora do almoço, entrei no refeitório lotado com dificuldade, a fila andou rápido, tentei encontrar os meus amigos mais estavam todos separados hoje, Jeon e os meninos em uma mesa, e Daphne, Izzie, Karen em outra, me sentei na mesa sem dizer nada e comecei a comer, elas me encaram como estivesse na expectativa de eu falar algo.

ㅡ Por que você é Jeon terminaram? ㅡ Karen decide finalmente falar, me engasgo com a sua pergunta tão direta.

ㅡ Terminar oque? ㅡ a questiono sem emoção, sua pergunta foi como uma facada em mim

ㅡ Pensei que estivessem....ㅡ Karen não completou.

ㅡ Achou errado ㅡ a respondo curta e grossa.

ㅡ Aí calma, Belldam ㅡ Daphne por fim disse, me reeprendendo pelo comportamento nocivo, de ontem para hoje me peguei pensando que talvez Jeon estivesse certo.

ㅡ Desculpe ㅡ disse olhando para Karen.

ㅡ Oque aconteceu com a sua blusa? E um tipo de arte nova? ㅡ Izzie perguntou encarando a minha blusa branca manchada.

ㅡ Um cara hoje mais cedo esbarrou em mim ㅡ eu disse, e empurrei a bandeja para frente.

ㅡ Opa, eu como ㅡ Karen disse puxando a minha bandeja para si.

ㅡ Você mal tocou na comida Belldam ㅡ Izzie disse desconfiada, observando Karen comer oque deixei ㅡ Está tudo bem?

ㅡ Tá sim, eu so tô sem fome hoje ㅡ eu disse e me levantei, deixei elas sozinhas e saí do refeitório, eu não estava nada bem.

𝐎 𝐂𝐋𝐔𝐁𝐄 𝐃𝐎𝐒 𝐅𝐄𝐈𝐓𝐈𝐂𝐄𝐈𝐑𝐎𝐒; JEON JUNGKOOK Onde histórias criam vida. Descubra agora