A vida é um jogo

Capítulo 25

A campainha da suíte tocou.
Ellen esperava que algum funcionário tivesse trazido os dois pedaços de bolo de chocolate que havia pedido.Estava mesmo precisando deles. Ou que tivessem vindo pegar suas malas,havia solicitado a troca de quarto.

Fungando,depois de ter chorado,caminhou até a porta,mirou o olho mágico e engasgou quando viu Patrick olhando de volta para ela. Recuou da porta,sacudindo a cabeça. Não queria vê-lo,não naquele momento.Talvez nunca mais.

- Abra a porta,Ellen! - ele pediu depois de mais uma vez passar seu cartão no scanner e dar recusado,ela havia trancado por dentro.

- Não.

- Se não abrir,vou fazer um escândalo tão grande aqui,que as pessoas comentarão por anos.

- Essa ameaça teria funcionado comigo antes. - ela disse através da porta. - Não me importo mais para o que pensam.

- Fugir não vai adiantar,se não conversarmos hoje, será amanhã ou depois. - silêncio. - ABRE,ELLEN! Estou avisando,vou colocar essa porta abaixo. Você não sabe do que sou capaz.

-Nem quero saber,confie em mim quando digo que já vi o suficiente de você hoje.

Ouviu ele suspirar. Um segundo depois,olhou de novo, fitando seus olhos azuis.

- O que viu,não tem nada demais.

Doeu como um tapa,ela pensou.
Droga, queria o bolo de chocolate.

- Eu sei o que vi. Não quero um resumo.

- Não era o que está pensando.

- Ah,então aquela vagabunda que deu em cima de você a noite toda era uma estranha que tropeçou em seus saltos altos e teve que pegá-la em um abraço apertado? Deve ter sido terrível para você. Pobre Patrick! - disse sarcástica ainda olhando para ele pelo olho mágico.

Finalmente ele soltou um suspiro frustrado, olhou diretamente para o olho mágico.

-Ótimo. Quer que eu faça isso no corredor,vou te explicar tudo.

- Não quero nada de você. - ela respondeu. - Exceto que vá embora.

- Isso não vai acontecer até que me deixe te explicar... - ele começou,mas em seguida se calou irritado. - Você é tão criança para não me encarar sem uma porta entre nós?

- Não sou criança.Só não quero você perto,se não me deixar em paz vou chamar a segurança.

- Chame até o presidente se quiser! Sai de perto. - quando ia dar um chute certeiro,a porta se abriu.

- Louco! - dizendo isso,Ellen se virou para sair de perto dele,mas ele a segurou fortemente.

- Eu não estou para brincadeiras. Você não sai daqui enquanto não me ouvir... - disse fazendo com que ela se virasse novamente para ele.

- O que eu vi já basta. - Ellen resmungou e ele a soltou.

- O que quer que você tenha imaginado com a cena que encontrou,
não corresponde a verdade,Ellen,eu...