Capítulo 40

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Patrick sempre foi aquele tipo de homem que gostava de antecipar o surgimento de pontes em sua vida. Assim,como era um bom estrategista,era um ótimo executor,jamais se sentaria e relaxaria com as dificuldades futuras se soubesse que poderia mudá-las ou resolvê-las adiantadamente.
Foi o que fez depois que se despediu de Kevin,seu advogado naquela manhã no fórum,onde ele foi alertado que poderia ser condenado pela morte de Jillian em seu julgamento. Enquanto iria tentar de tudo para se proteger e proteger Maddie contra qualquer plano que o pai de Jillian pudesse armar contra ele,decidiu que iria construir novas pontes que ajudariam em sua caminhada.
Foi por isso que logo que chegou em casa naquela manhã,com o nó da gravata frouxo,o colarinho aberto e o paletó por sobre o ombro,enganchado apenas pelo dedo,ele fingiu estar bem. Não contou nada a Ellen sobre as novas notícias que tivera, simplesmente a pediu em casamento,pediu que ela começasse a organizar tudo. Para depois começarem juntos a organizar a festa de um aninho de Maddie e a chegada do bebê.
Na semana seguinte,visitaram sua família,para finalmente sua mãe conhecer a nora e a neta. A senhora e Caterine ficaram boquiabertos quando os
receberam e não presenciaram
nenhuma briga durante uma semana que estiveram com elas,já que para elas um ano antes,Patrick era a impaciência e arrogância em pessoa,mas contudo,a irmã ainda gostava de provocá-lo um
pouco. Tiveram uma semana maravilhosa,onde Maddie finalmente começou a engatinhar por tudo que era lugar,a partir daquele dia foi difícil tentar manter a pequena longe do chão.

A vida da casal estava prosperando e eles viviam em uma bolha feliz.
Planos e planos sendo executados aos poucos e a primeira ponte estava em fase de finalização.

Três meses depois...

Patrick deixou seu celular sobre a mesinha de tampo de vidro e se dirigiu ao bar no canto para se servir de uma bebida. Escolheu um copo que parecia ter sido lustrado, tamanho seu brilho,para se servir de uma bebida. Encheu o copo pela metade com Macallan e acrescentou alguns cubos de gelo que retirou do balde que ficava no frigobar do bar.
Suas mãos tremiam,eram seus nervos.
De copo na mão,ele saiu para o terraço onde se recostou na balaustrada. Tomou um gole da bebida e tentou se recompor. A noite caía e as luzes da cidade logo começaram a brilhar,a noite prometia ser linda,o céu da noite estava limpo e escuro,cheio de estrelas.O cais abaixo,continuava movimentado com as barcas. Um verdadeiro cenário romântico para ele e Ellen que o fez sorrir lembrando da manhã de amor que tiveram. Ele compreendia que a necessidade de ambos de fazer sexo várias vezes por noite ou em intervalos regulares durante o fim de semana, um dia diminuiria,ainda mais agora que ela estava grávida. Não poderiam passar o resto das vidas sem conseguir tirar as mãos um do outro,a vida sexual iria perder intensidade e chegar a uma rotina mais normal. Mas dali a muito tempo. Era por isso que ficava emocionado quando se lembrava de como se davam bem durante os outros momentos que passavam juntos.
Chegava a chorar de felicidade,pensando em como todos seus planos estavam se encaixando,não tinha mais a menor dúvida que eles foram feitos um para o outro.
E se dava conta,tomando seu whisky em
grandes goles, estava tão nervoso era porque naquela noite a mulher que ele amava mais do que a própria vida iria dizer sim. Sim para o amor deles . Sim,para sempre...

O som da porta de vidro se abrindo atrás dele fez com que se virasse com um frio na barriga.

- Não escutei você entrar - disse,consciente de que estava tenso.

Será que todos os noivos ficavam assim? Será que Ellen estava igual a ele?

Eric ficou parado na porta.

- Estou vendo. O que está bebendo? Champanhe?

- Não, whisky, Macallan.Você quer um?

A vida é um jogoOnde histórias criam vida. Descubra agora