Capítulo 36

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O maxilar de Patrick se cerrou,fazendo se contrair,sua expressão era furiosa e o coração de Ellen foi parar no estômago ameaçando devolver todo o sorvete que ela tomara no shopping pela tarde.
Já o olhar da indesejada visitante se fitou além deles.

- Se importa se eu entrar? Será melhor para conversarmos.

Patrick não respondeu. Mas já era o esperado,não queria visitas,não aquele tipo de visita.
Ellen instintivamente deu um passo até ele,se afastando da mulher alta e elegante que usava roupas caras,mas nada adequadas a sua idade.

- Acho que é melhor entrarmos e conversar amor. - tocou o braço de Patrick,que negou com a cabeça.

A advogado dirigiu um olhar fulminante a ele e se voltou a Ellen com um sorriso teatral.

- Você,então deve ser a mais nova namorada dele?

- Esposa. - Patrick corrigiu. - Ela é minha esposa.

- Sei bem. Ellen....- a mulher pensou e estalou os dedos a frente dos olhos de Patrick. - Ellen Pompeo. Realmente estou surpreendida,pensei que seria só um caso depois da briga de vocês protagonizada no hotel.

Ellen se calou de súbito.Ia dizer que não era da conta de ninguém qualquer briga dos dois,mas se conscientizou que o momento não era apropriado.
Patrick cerrou os dentes,se sentindo tendo sua intimidade mais vigiada do que nunca.

- Você pode cortar esse seu papinho furado e sumir daqui?

Ellen sentiu seu corpo estremecer diante da voz dele,cruzou seus braços em um gesto de proteção. Já a mulher mantinha o queixo e nariz erguidos.

- Há algum motivo para você estar tão nervoso,Sr Dempsey?

- Nervoso eu vou ficar se você não sumir da minha frente.

Ellen ficava cada vez mais apavorada diante do tom frio na voz dele.

- A senhorita devia procurar o advogado do Patrick. - interveio, interrompendo a exibição da mulher.- Ele tem um advogado para tratar de qualquer assunto.

- Eu sei disso,conheço bem o advogado do Sr Dempsey e sei que ele o defende. Mas minha visita é para ele e não para o advogado.

- Não existe custódia..- Patrick vociferou. Dalva que estava perto pegou as sacolas de compras da mão dele antes que ele jogasse longe. - É minha filha e ninguém mais tem direito a nada,a mãe dela morreu.

- A mãe dela foi assassinada! Tenho certeza que qualquer juiz vai concordar que o lugar dela não é ao lado de um homem que em pouquíssimo tempo vai ir a julgamento e com certeza vai ser condenado. - a advogada disse em tom de triunfo, enquanto Ellen a observava atônita. - Você pode ser o pai,mas para a lei é um suspeito de assassinato.

Ellen percebeu a tensão se estende mais no rosto de Patrick e pôde sentir a raiva contida em sua voz quando ele respondeu.

- Se você pensa que de alguma forma eu vou permitir que o pai da Jillian tenha qualquer influência sobre a vida da minha filha depois de ter arruinado a vida de sua própria filha por razões egoístas, está muito enganada.

- Ele tem direitos. - a mulher disse se maneira arrogante. - Está óbvio para qualquer juiz que sua preocupação nunca foi a criança,já que  está tudo no processo que você mesmo não aceitava a gravidez.

A vida é um jogoOnde histórias criam vida. Descubra agora