▫️Capítulo 7▫️

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LUNNA CORBETT

Merda!!! Essa foi por pouco.

Olho para trás, notando que eu não conseguia mais ver o Nick Donivan, vindo atrás de mim. Ir para o abrigo, estava fora de cogitação. Eu não queria ter de esbarrar novamente naquele infeliz, que tentou me agarrar a força. Ligar para minha mãe agora, também não seria viável, não queria lhe atrapalhar ou lhe preocupar. Logo, só me restou voltar para casa. Iria ficar sem almoçar, mas pelo menos daria para comer umas torradinhas com queijo, que a minha mãe havia deixado mais cedo.

Assim, me encaminhando na chuva mesmo, sigo até a nossa humilde casa amarela, que ficava em cima de uma outra residência, onde uma outra família morava. Subo as escadas e me tranco na parte de dentro, tentando me aquecer. Estava muito frio lá fora e a chuva, logo havia engrossado.

Tiro as minhas roupas molhadas na entrada da porta mesmo e as penduro no varal, para que elas sequem um pouco, antes de coloca-las juntamente com as outras roupas sujas. Os remédios que eu havia pego no postinho mais cedo, caem dos meus bolsos e me recordo de toma-los. Pego um pouco de água na geladeira e os tomos. Por alguns segundo, eu noto que através da pequena janela a minha frente, dava para ver o meu pescoço exposto.

Logo, eu me lembro da marca que o Nick havia falado e vou até o banheiro, para tentar identificá-la. Eu não sabia que o maldito cujo, havia conseguido me marcar. Droga!!! Me curvo mais para frente e fico na ponta dos pés, tentando enxergar melhor a extensão dela. Estava grande pra caramba.

Como eu iria esconder aquilo da minha mãe?

Pior, como eu iria para o abrigo, depois de tudo que passei? Será que eu deveria contar para ela?

Fico me questionando, mas logo vem a cara do Nick na minha mente; a forma como ele havia pegado, como havia ficado bravo e preocupado, ao perceber que alguém havia feito aquilo comigo. De uma certa forma, ele havia cuidado de mim e queria cuidar mais. Porém, eu sabia onde tudo aquilo poderia lhe levar. O Nick estava revoltado e a última vez que eu havia lhe visto assim, ele havia acabado com uns três caras ao mesmo tempo, por simplesmente, eles darem em cima de mim e da Brisa. Ele quase não havia parado na época. Por pouco, ele também não havia sido preso. E agora, o Nick estava muito mais forte do que naquele tempo; tenho certeza que se ele iniciasse uma luta hoje, do jeito que ele estava, ele o mataria; e eu não queria aquilo.

Contudo, eu agora sabia que não poderia mais frequentar as suas lutas. Pois, certamente ele viria atrás de mim e ainda insistiria. Logo, eu nada poderia fazer com o meu problema. Jogo um pouco de água na região e a aliso, esperando que ela clareasse com o seu contato. Porém, o que me aconteceu, foi imaginar coisas demais na minha cabeça. Em vez da água, eu pensava ser a boca do Nick, alisando a minha pele. O meu corpo todo formiga por antecipação e me vejo fechando os olhos, imaginando o seu corpo junto ao meu.

Durante todos aqueles anos, pensei que a única coisa que sentia pelo Nick, era a minha louca atração platônica por ele; porém, aqui estava eu, pensando em várias coisas sexuais com ele. E aquele corpo? Por Deus! Pensei que ele não pudesse ficar ainda mais forte e definido. As suas tatuagens, eram fascinantes; e a que mais me chamou a atenção e a curiosidade, era a que ficava bem abaixo do seu ventre, descendo pelo seu vale da morte, no lado direito. Parecia um pássaro ou uma ave gigante. Queria dedilhar cada pedacinho do seu corpo.

Inclino a minha cabeça para trás e lentamente, eu desço a minha mão molhada pelo meu corpo; imaginando que pudesse ser ele, a me tocar daquele jeito. Vejo o seu olhar na minha mente e me delicio com o seu toque. A minha vagina se aperta e de forma involuntária, um ar sofrido sai da minha boca. Contraio as minhas pernas uma na outra e sinto a fricção delas no meu íntimo. Contudo, a porta da sala bate e eu me sobressalto.

Ela cresceu Onde histórias criam vida. Descubra agora