▫️Capítulo 28▫️

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BRISA DONIVAN

Que o Nick e a Lunna estavam estranhos, disso eu não tinha dúvidas. O que poderia ter acontecido entre eles, eu também não fazia a mínima ideia. Pois, desde que eu havia descoberto que a minha melhor amiga, estava treinando na academia do meu irmão, foi que eu havia sentido um climinha meio estranho entre eles. Sei que o meu irmão, nunca foi muito amigável com ela e com nenhuma das minhas outras amigas, mas desde então, eles dois não paravam de trocar olhares e de ficarem com conversinhas entre si.

Ciúmes? Eu com certeza estava tendo.

"Qual é? O meu irmão não poderia roubar a minha melhor amiga de mim e eu ficar de boa, poderia?"

Não sei se era esse lance todo da luta, que tinham os juntado mais, mas eu também estava aqui e não tinha esse papo todo comigo. Outro dia mesmo, ela havia falado comigo, querendo saber se o Nick estava em casa, para pegar o número do rapaz do Kimono. E eu logo me perguntei – "O quê? Ela não poderia esperar até o outro dia, não? Desde quando as nossas conversas giravam entorno do meu irmão? Mal citávamos o nome dele antes, porque agora, ele parecia ser o centro da sua atenção?"

Fiquei um pouco revoltada na hora, mas nesse dia, eu também notei que o Nick estava diferente do normal dele; era como se estivesse aéreo e preocupado com alguma coisa importante na sua vida. Tentei argumentar com ele e puxar algum assunto, que pudesse fazer ele se abrir comigo, mas nada veio. Disse que estava cheio de coisas para resolver e que não estava com muito tempo para conversar naquele momento.

Assim, os dias foram se passando e o Nick todos os dias, estavam chegando tarde em casa; eu diria até que exausto; nem jantar, ele estava jantando. Às vezes, nem o banho ele estava tomando, só no outro dia de manhã, quando acordava. O que era bastante estranho, porque o Nick sempre foi de tomar muitos banhos no dia. Logo, eu já estava ficando seriamente preocupada. E se a Lunna, estava tendo um pouco mais de contato com ele, não me custava nada, tentar lhe questionar. Porém, o meu orgulho estava ferido demais, para tentar lhe contatar naquele momento.

Desde que eu havia lhe indagado, lhe perguntando o porquê dela só ter me ligado umas três vezes naquela semana e ela, simplesmente ter me dito que andava fazendo muitas coisas lá no abrigo e que acabou esquecendo de ter me contatado mais vezes, que eu, não havia mais me atrevido em lhe ligar novamente, sem que ela tivesse me ligado antes. Podem me chamar ranzinza, mimada, de infantil e o que for, mas eu não iria ficar implorando pela amizade ou a atenção de alguém.

Assim, eu estava bufando de raiva, por agora eu não poder ligar para ela e lhe pedir ajudar, para que descobrisse alguma coisa sobre o meu irmão. Ela com certeza também deveria ter percebido que ele andava meio entranho essa semana. Por mais que eu odiasse vê-la sendo amiguinha dele também, por não querer compartilhar a nossa amizade com uma outra pessoa, eu também ficaria feliz, se ela soubesse de alguma coisa sobre o Nick.

Dessa forma, estava eu, no colégio, com o celular na mão e indecisa, se ligaria para ela naquele momento ou não. Até, que uma certa pessoa, sussurrou no meu ouvido.

— Olha, que não é o besouro azul ambulante, que parece estar com problemas... — Ele passa as pernas para frente do banco em que eu estava e se senta do meu lado, olhando rapidamente para os lados, antes de pousar uma das suas mãos nos meus joelhos e me olhar seriamente. — Você não deveria bater tanto os pés no chão, quando se estar nervosa. Isso descontrói totalmente a imagem que você quer passar para as pessoas. Não tire a graça, que é ver você se esforçando. — Ele dá uma piscadinha de olho para mim, mas não se afasta rapidamente, pelo contrário, ele parece relutante quanto a querer diminuir o nosso olhar e tirar as suas mãos do meu joelho.

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