▫️Capítulo 21▫️

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NICK DONIVAN

Eu sabia que estava adiando as coisas com a Lunna.

Mas, porra!!! Como ela queria que eu transasse com ela ali mesmo, no meio da sua sala ou no chão do seu quarto, quando a sua mãe poderia entrar a qualquer momento na sua casa? Não tinha como; e não só por isso, mas por também ver a situação precária em que elas estavam e não fazer nada a respeito. O que realmente havia acontecido entre os seus pais, eu não saberia dizer, mas viverem também naquela situação, era inadmissível.

O senhor Frances não deveria deixa-las daquela forma. Mesmo que o seu casamento tivesse acabado, ele ainda tinha uma filha e não deveria ter a abandonado desse jeito. Nem estudar, a Lunna estava estudando. Tentei conversar com ela a respeito, mas ela nada me diz. Apenas, que aquele assunto não era meu e que não deveria me intrometer. Sei que ela se resguardava, quando o assunto era a sua mãe e o seu pai. A senhora Corbett, tinha ressentimentos e não queria voltar para o nosso antigo bairro; mas viver daquele jeito, também não estava sendo uma boa opção.

Outro dia mesmo, eu havia visto uma goteira enorme no quarto da Lunna. Perguntei a ela o motivo de não se mudarem e iriem para um lugar melhor e a mesma, só me respondeu que ela e a sua mãe tinha os seus próprios planos. Eu arrumei do jeito que pude o seu telhado e contive o gotejamento daquele dia. Porém, quem diria, quanto dias a mais aquele teto aguentaria?

Pensar na minha Lunna ali, era terrível. Sei que eu não tinha obrigações legais com ela ou com sua mãe, mas acredito, que qualquer um que tenha apenas um coração ou que as conhecessem de verdade, iria querer as ajudar de alguma forma. E a primeira vez da Lunna; digo, em relação a sua virgindade; eu queria que fosse perfeito. Eu não cometeria esse pecado, de a corromper em qualquer lugar onde pudéssemos ser flagrados. Por mais doloroso que seja manter o meu pau duro dentro das minhas calças, eu o manteria. O meu anjo merecia o melhor.

E eu, estava me planejando bem para isso. Eu já havia guardado uma boa grana, lá no escritório da minha academia. O meu mestre, também havia me mostrado onde ele guardava a sua parte do dinheiro, a respeito das minhas lutas do tempo em que participávamos de campeonatos. Ela havia me ensinado a sempre racionar o meu dinheiro, quando o assunto era necessidades ou problemas futuros, para ter que lidar. Sempre era bom estar preparado.

Logo, como eu havia combinado de me encontrar com a Lunna, enfrente a sua casa, eu não perdi mais tempo. Peguei as minhas chaves e a carteira, assim, como a boa quantidade de dinheiro que eu havia guardado. Sei que talvez eu estivesse sendo intrometido ou afobado demais com toda aquela minha decisão, mas a ideia de comprar uma casa e passá-la para o meu nome, sempre permaneceu na minha mente. Ter os meus pais, contra a minha decisão de seguir em frente com minha a carreira de lutador e ter o meu próprio negócio, sem uma faculdade nas costas, era o que havia me feito pensar bastante nisso. Eles tanto podiam me ameaçar a desistir dos meus sonhos como, a me pôr para fora de casa, ao descobrir a vida dupla que eu levava de trabalho.

Dessa forma, como antes já havia me surgido a ideia de me prevenir e vendo, a situação em que a Lunna e a sua mãe estavam passando, era também um meio de ter aquilo que eu realmente queria e ainda sim, ajudar alguém de que eu realmente gostava; assim, como todo a minha família, que sempre considerou muito bem a família Corbett.

Comprar uma casa e a oferecer para a Lunna, era uma via de mão dupla. Seria um investimento meu e, como eu sei que a mesma não iria aceitar de mãos beijadas, diria que lhe cobraria o mesmo valor da qual elas já estavam morando, para que pelo menos, elas pudessem tem umas condições de vida melhor. Sei que a senhora Corbett, não aceitaria aquilo vindo de mim, logo, pediria para que a Lunna lhe dissesse que era de um outro proprietário; ninguém precisaria ficar sabendo da verdade, além de mim e ela. Seria um presentinho meu, ao longo. Acreditei, eu também estaria me beneficiando com aquilo, ao ter a garantia de que ela estaria bem e que a minha casa, não ficaria mofando, sem ter ninguém morando nela e cuidando dela com zelo.

Assim, ainda naquela tarde, adiei as minhas aulas de boxes e jiu-jítsu, para que eu pudesse fechar imediatamente o contrato da minha mais nova casa. Era um pouco mais perto do meu clube de luta e numa rua bem mais iluminada e estruturada. Embora eu pudesse comprar uma casa melhor, eu gostava do meu mais novo bairro; digo de Carbenot, não o da minha mãe, em Erebor. A diferença de classe, eram muito poucas. O que mais se diferenciavam, era o fato de Carbenot, ter algumas entradas mais perigosas que outras; o que não anula, o fato de o perigo estar à espreita em qualquer lugar. Sempre devemos estar atentos.

O que me fazia lembrar da Lunna. Ela já deveria estar me esperando a um tempo. Pensar nela, fazendo aquele trajeto sozinha e andando por aqueles becos que saiam para as ruas mais largas, me amedrontavam, ao pensar que algum coisa poderia acontecer com ela naquele meio tempo. Era estranho, eu ter desenvolvido tão rápido uma necessidade imensa de a proteger. É claro que eu já era protetor com as pessoas ao meu redor, por conta própria, mas desenvolver isso tão rápido com a Lunna, era assustador demais. Sinal, de que os meus sentimentos estavam crescendo rápidos demais por ela.

A ideia da casa, eu posso até ter jurado para mim mesmo, que era por puro altruísmo ou por benefício próprio, ao longo prazo, mas no fundo, eu sabia que o impulso para ter finalmente tomado aquela decisão, havia sido por causa dela. Quando a minha mãe diz, que eu me lanço demais nas minhas decisões e emoções, acho que tinha muito a ver com isso. Em tão pouco tempo, eu havia me lançando completamente em relação a Lunna.

Embora tudo isso, me dissesse para desistir e enxergar o estrago que eu poderia fazer na vida dela. Algo me dizia que eu jamais teria a chance de ter alguém tão puro na minha vida, quanto a ter ela. Viver escondido, era uma tortura, mas de uma certa forma, era um combustível que nós dois gostávamos de alimentá-lo. Perigoso, mas excitante. Não sabia que o meu anjo também gostava disso. A cada dia que eu passava com a Lunna, eu descobria mais coisas sobre ela, que me deixavam ainda mais estingado e admirado, pela coragem e a força que ela tinha. Coisas essas, que a menina inocente que sempre demostrou ser, pude perceber que tinha ainda mais coisas por detrás dela, do que eu imaginava ter.

A Lunna havia mudado bastante, mas eu gostava de desvendar essa sua nova versão. Embora eu já tivesse me envolvido com uma boa cota de mulheres desde da adolescência, eu jamais havia encontrado tanta beleza e inteligência juntas. Ela é uma mistura de tudo aquilo que sempre admirei. Eu imprudente e ela, centrada; eu era cara fechada e ela, sorridente; eu com uma bagagem escura e ela, com uma alma pura de um anjo; do que isso tudo resultaria? Eu não saberia dizer; mas agora, eu já estava disposto a riscar. Eu seria egoísta ao ponto, de achar que eu realmente merecia alguém como ela. E, se ela só me oferecesse um dia ou um mês, eu estaria disposto a aceitar.

Assim, quando eu já estava perto de lhe encontrar, o meu celular tocou. Rapidamente eu o peguei do bolso e o atendi, acreditando ser a Lunna, querendo saber se eu já estava por perto. Porém, o que eu não esperava, era ver o número do meu mestre me ligando.

Como assim? Aquilo só podia ser uma pegadinha.

"Jean Greg - Mestre. Chamando..."

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Ui ui! As coisas não poderiam ficar mais embaraçosas agr 😬🙊👀
Será que é o mestre mesmo? Ou é uma trolagem?

Quem gostou da ideia do Nick, de ajudar a Lunna e a mãe dela, a respeito da casa? 🥹👐🏼💗 tão fofinho e preocupado. 

Vou deixar mais um capítulo pra vocês!😜

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