▫️Capitulo 13▫️

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LUNNA CORBETT

Eu já estava coberta de suor.

Uma semana e meia já havia se passado e eu claramente, estava conseguindo avançar com os meus treinos de Boxe e Jiu-jítsu. O que não avançava ou se definia na minha cabeça, era a minha real relação com o Nick. Ele era um completo enigmar para mim. Vez ou outra ele demostrava interesse em mim, flertando, e outras, ele me desprezava e até me tratava grosseiramente na frente dos outros. O que eu achava ridículo da parte dele, se ele dizia para todo mundo, que eu era uma pessoa importante para ele e a sua grande protegida. Até a Miller, já percebeu a relação conturbada que nós temos.

- Qual é a do Mestre com você, hein? Ele não para de te olhar com a cara emburrada, só porque você fez dupla com o Sebastian. - A Miller se pronuncia, ao encostarmos em um canto da arquibancada, para nos hidratarmos. Estávamos ofegantes e suadas.

Logo, eu olho para onde o Nick estava e reviro os olhos, ao notar os seus braços cruzados e o olhar predador sobre mim.

- Olha Miller, eu cansei dessa palhaçada. O Nick não me deixar lutar com ninguém nessa academia, se não for com você. Eu já avancei bastante na luta e quero poder liberar mais os meus golpes. Eu sei que posso. - Dou um longo gole na minha garrafa de água, com a cabeça para cima e paro para raciocinar. - E outra, ele não é meu pai, para me dizer o que eu devo fazer ou não; e nem o meu pai, hoje em dia, tem mais esse poder sobre mim. Ele deveria me tratar de igual para igual, assim como ele trata as outras. - Bufo de raiva e impaciência. Contudo, a cara da Miller a minha frente, me entrega tudo. Ele estava atrás de mim.

- Você não quer tratamento especial, não é Lunna? Quer ser tratada de igual para igual? - Ele me questiona, ainda com os braços cruzados, querendo se mostrar altivo na minha frente.

- Ok, eu vou indo, está bem? - A Miller se afasta, deixando a sua garrafinha na arquibancada e voltando para a corrida no tatame.

Eu e o Nick nos encaramos e ficamos naquele embate, que parecia ser interminável, no meu ponto de vida. Eu não sei quem mais era o cabeça dura naquele momento; porém, de alguma forma, o que ele havia acabado de me indagar, parecia ter totalmente um duplo sentido na pergunta. Do que ele estava falando, eu não sei; mas, eu também não iria ficar por baixo.

- Sim. É isso que eu quero. Eu sou uma garota, mas eu também sei que eu tenho um bom potencial. - Esbravejo, me aproximando ainda mais dele. Aparentemente, eu não tinha mais tanto medo assim dele. (dizem, que a galera que começa a lutar, sempre ficam mais bravinhos, quando os outros começam os irritarem. Estou começando a acreditar nisso). - Poxa! Eu estou me esforçando. Estou dando um duro danado e você nem se quer me deixa avançar. Fica me tratando como uma boneca de pano, como se eu fosse uma criança e não pudesse me suja. Eu não sou tão mole assim, quanto você pensa... Eu aguento porrada, Nick! - Digo isso, quase que gritando na sua cara. E como ele estava de costas para a turma, o seu corpo, meio que bloqueava a visão dele para conosco. Menos mal, porque eu também não queria o enfrentar, não na frente de toda a sua turma.

O Nick me olha, como se estivesse preste a perde a cabeça e a balança, como se isso lhe ajudasse a colocá-la no lugar. Um sorrisinho traiçoeiro, aparece no canto da sua boca e eu logo, lhe questiono sobre ele.

- Você acha isso engraçado? - O indago, não crendo no que estou vendo.

- Ainda estamos falando da mesma coisa, estamos? - Ele se aproxima mais, mostrando toda a sua estatura na minha frente e eu, ergo o meu rosto, não me deixando me intimidar pela sua altura.

- É claro... - Tento parecer segura com a minha resposta. Porém, o seu olhar estava me desconcertando.

- Lunna, Lunna... Você não pode sair por aí, falando que aguenta porrada para todo mundo. Tem pessoas com as mentes muito fodida, para não pensarem besteiras sobre isso. - Ele olha para os meus lábios e logo se entrega, me deixando perdida na intensidade do seu olhar. - Você é tudo, menos uma boneca de pano para mim. E se eu não te deixo lutar com os outros homens e não te trato como as outras meninas, é porque você é diferente de todas elas e não quero ver nenhum outro homem, tocando no corpo, no qual a minha cabeça, insistir em dizer que é meu.

Ela cresceu Onde histórias criam vida. Descubra agora