▫️Capítulo 17▫️

56 11 13
                                    

NICK DONIVAN

Eu não queria saber de conversinhas.

A brisa, a Lunna e o Sebastian, havia passado totalmente dos limites. "Que porra foi aquela, de que ele só a estava a ajudando? Ele não estava a ajudando porra nenhuma! Eu vi as mãos dele, passando pela sua cintura; por pouco, ele não iria a prensar contra o seu próprio quadril. Eu sei bem, as merdas que passam pela cabeça de um cara. E na do Sebastian, eu tinha certeza que eram as mesmas coisas".

— Merda!!!! — Esbravejo, chutando uma lata de lixo, que graças a Deus, estava vazia.

Porém, nesse momento, alguém também invade a minha sala e quando eu me viro, eu vejo a presença da dita cuja, na qual estava causando toda aquela minha fúria.

— Vá embora!!! — Grito, quando os meus olhos grudam no dela. Não queria que ela me visse assim.

Contudo, a mesma ainda continua ali, parada.

— Você não me ouviu? Vá embora Lunna. Saia da minha sala. Não quero falar com ninguém agora! — Aponto para o lado de fora da porta e a mesma, só me desafia, ao fechá-la e trancá-la bem atrás de si.

"O que é ela estava fazendo?" A minha mente de pervertido, logo, se exalta e começo a pensar mil e uma coisas.

Droga!! Pare com isso Nick.

Mantenho a minha postura de enraivecido e me aproximo dela.

— Qual é o seu problema, hein? Será que não consegue fazer nada do que eu peço? Gosta de me ver enfurecido e com raiva? O que pensa que está fazendo? Não tem medo do perigo? — Esbravejo, sentindo todas as minhas células em alerta. Gritar com ela, não era o planejado; mas foi uma das formas que o meu corpo conseguiu reagir, na intenção de afugentá-la de mim.

Porém, a Lunna só ergue ainda mais o queixo e me encara, como se me analisasse ainda mais em silêncio. Aquilo era perturbador. Ela não deveria agir assim; no mínimo, ela deveria ter fugido ou gritado comigo. Ficamos nos encarando, até ela finalmente falar e a minha respiração se normalizar.

— Aquilo foi infantil, Nick. — Ela meio que semicerras os olhos e a sua postura me impressiona, por ela não estar demostrando nem um pouco medo ou, de estar se sentindo intimidada. Logo, ela volta a falar. — A sua irmã não deveria ter recebido a sua fúria. Se o seu problema for comigo, ótimo! Grite comigo! Fale o que está te incomodando ou sentindo..., mas não desconte naqueles que não tem nada haver. A Brisa está super mal lá fora. Você não deveria ter falado assim com ela.

Tomo um belo de um esporro dela e fico sem ação, pela sua ousadia e coragem. Admito que talvez eu tenha passado um pouco dos limites, mas a Lunna e o Sebastian, estavam pedindo por isso. Onde já se viu, se exibirem daquele jeito na minha aula?

— Infantil? Você já parou para olhar os seus documentos? Quantos anos você tem, Lunna? 16? 17? — Sorrio, em tom de deboche, para não ficar por baixo. Eu não iria levar uma reprimenda dela e ficar com uma cara de idiota.

— Tenho 18, Nick. E infantilidade não tem nada haver com idade. Não pense que só porque você é mais velho e maior do que eu, que vai me intimidar. Eu já passei por muitas coisas nessa vida, para um surtinho seu de raiva, me assustar. Então pode parar com isso. — Ela cruza os braços, me olhando de forma determinada.

"Puta merda! O que...". Fico embasbacado com a sua astúcia e maturidade. A menina que brincava de boneca com a minha irmã e tinha o olhar acanhado, quando me encarava, não é mais a mesma, a quem estar à minha frente.

— Realmente, você está mudada, Lunna. — Ela parece relaxar a postura, quando o meu tom de voz de diminui; mas o seu olhar determinado, ainda continua. O que só me atiça ainda mais. Essa menina só pode estar querendo ver o meu fim. — Então o que você quer, vindo aqui? Já me insultou e me deu um sermão, o que mais deseja? — Pergunto, sentindo o meu corpo todo pulsar, em expectativa com a sua resposta. Não sei como ela conseguia fazer isso comigo.

Ela cresceu Onde histórias criam vida. Descubra agora