▫️Capítulo 10▫️

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NICK DONIVAN

Ansioso, era uma coisa que eu não estava acostumado a ficar; mas desde que a Lunna disse que iria aparecer aqui no clube, que eu havia ficado nervoso, agitado e consultando de minuto a minutos o relógio. A minha cabeça estava rodando nas mesmas perguntas.

"Será que ela vem?"

"Será que aconteceu alguma coisa no caminho e por isso, ela está atrasada?"

"Será que ela pegou alguma chuva e não melhorou do seu resfriado?"

"Será que ela mora muito longe daqui e fica ruim dela vir?"

"Eu não deveria ir buscá-la, para que ela chegasse aqui em segurança? Porque embora ela tenha me dito que mudou toda a sua rotar, por onde o cara a tinha abordado... outros, também poderiam à emboscar novamente?"

Merda!!!! A minha cabeça estava muito fodida hoje. Mecho no meu cabelo impacientemente e tento controlar os meus ânimos. Foco, Nick! Os seus alunos precisam da sua liderança e disciplina. Sem eles, a sua aula será uma bosta.

Me exercito no ringue com o Paulo e mesmo, me diz que estou distraído demais. Ele era um velho amigo meu, do tempo do colégio. Ele também havia entrado para luta, há muito tempo; mas, ele pelo menos havia sido do jeito certo, sem ser nessas lutas clandestinas, como eu. O que logo mudou, quando o senhor Jean me resgatou, por assim dizer. Desde então, vez ou outra, ele ainda aparecia por aqui, para treinarmos juntos.

— Se concentra, cara! Você está aéreo. — Ele fala batendo as duas luvas uma na outra e me chamando atenção.

O Paulo tinha tudo para ser um mestre também, mas havia decidido seguir pelo caminho da faculdade. Estava cursando direito; dizer querer botar bandido na prisão. E eu, estava com ele, super lhe apoiava na carreira; em troca disso, ele tinha que vir pelo menos uma vez na semana, lutar comigo. Na época ele assentiu e desde então, mantínhamos a nossa velha amizade. Tínhamos um relacionamento saudável, eu poderia dizer.

— Você que é um cuzão, que está parecendo um vovôzão chato, reclamão... — zoou com ele na esportiva e o chamo para o abate. — Vem, cai pra cima! Você está falando demais.

Nós dois, logo, começamos a trocar socos e a ficar ofegantes

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Nós dois, logo, começamos a trocar socos e a ficar ofegantes. Eu lhe atacava com alguns jabs, diretos e cruzados, enquanto ele, esquivava e avançava ainda mais para cima de mim. Esperto! Ele estava indo bem, mas, eu conhecia ainda mais aqueles seus truques. Assim, quando ele estava prestes a disparar um gancho em mim, eu já ia lhe acertar com um uppercut. Porém, um barulho fino de porta, se arrastando no galpão, alcança os meus ouvidos e eu, rapidamente me distraio, caindo literalmente no chão, após receber o golpe do Paulo. Merda!!!

Essa doeu.

Caio com as costas no chão e a minha cabeça, meio que quica na plataforma; contudo, como eu estava com o protetor lateral, nada de mais grave se fez. Apoio os cotovelos no chão e me ergo de um lado, tirando o capacete e olhando para onde o barulho havia sido feito. Quando dou por mim, noto a pequena presença da Lunna, bem ali do meu lado. Ela parece ter visto tudo. No entanto, a minha atenção estava totalmente em outro lugar.

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