CAPÍTULO 17

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— não revisado

A gente estava vendo desenho animado, esses dias ele tem tido pouco tempo para ficar comigo.

— Vai para cozinha e se esconda no armário. — ele diz baixo no meu ouvido.

— Por quê, papai?

— Não me desobedeça! Vai agora. — corro para a cozinha e faço o que ele disse.

A porta é aberta bruscamente, meu pai aperta meu corpo dirigindo seu olhar a porta.

— Aonde está ela? — ouço a voz de um homem.

— Do que estão falando?

— Aonde está a garota?! — meu pai não responde e ouço o som de um soco, aperto os olhos.  — Vai sofrer mais se não dizer.

Abro um pouco o armário e vejo uma moça de cabelos ruivos de costas, ela está com uma bengala na mão.

— Acaba com ele, achamos ela. — a moça se vira para mim e eu fecho a porta me encolhendo dentro do armário.  — para quem é muito inteligente você foi burra. — a moça diz assim que abre a porta.

— Burra é a sua mãe. — ela me da um tapa na cara.

Ela me tira do armário e eu começo a espernear chamando por minha mãe e pelo meu pai.

— Socorro!  — por causa dos meus gritos não consigo ouvir o nome que ela chama ao moço, mas ele vem e me dá um soco me fazendo apagar.

Puxo o ar com força e olho ao redor, pelo relógio ao meu lado vejo que são quatro da manhã ainda.

A moça ruiva, é daí que eu a conheço. Ela tem aparecido nos meus sonhos desde os meus onze anos.

Adentro na escola já a procura de um ser com duas mochilas e não o acho, pensei em ligar para ele mas estou sem meu celular e eu não tenho seu número.

O vejo vindo na minha direção com duas mochilas pretas, uma delas era minha. A que continha um porta chaves prateado.

— Estava a minha procura?

— Porque estaria?

— Talvez porque estou com a sua bolsa?

— Ah, é. — tento pegar mas ele recua. — o que é?

— Podemos falar sobre ont...

— Não. — Não quero lembrar, apesar de ser quase impossível esquecer, vejo seu semblante mudar.

— Então porque você fez?

— Não era o que você queria?

— Sim, mas não. — Fico confusa.

— Então eu só dei o que você queria, agora você pode ir se gabar pro seus amigos dizendo que conseguiu, e então me deixar em paz.

Eu vejo ele rir, porque está rindo? Eu estou falando a sério.

— Por quê que você ri?

— Porque você pensa que todo mundo quer se aproveitar de você?

— Porque todo mundo quer!

— Minha mãe sempre disse que eu não sou todo mundo. — respiro fundo e o olho para ele entendiada.

— Por favor, só devolva minha mochila. — ele finalmente me entrega e antes que volte a andar ele ne para.

— Eu espero que você esteja bem, de verdade, Anisha. — engulo seco e assinto.

— Vou ficar.

Vou andando até o banheiro mais próximo e retiro meu celular, só há mensagens dos meus pais. Fotos deles juntos.

Suposto Coração De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora