CAPÍTULO 28

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— Infelizmente minha dupla não pude comparecer, por motivos desconhecidos por mim. — Termino a apresentação e na mesma hora como se fosse programado Levi entra com as suas roupas mais amassada que o normal e com o rosto do mesmo jeito.

A raiva subiu rapidamente em meu corpo e fechei as mãos me impedindo de saltar na cara dele.

— Obrigada, menina Windsor.

Vou me sentar quase furando o chão e ele vem ter comigo rapidamente.

— Você tinha um objetivo, Levi. Um é você não conseguiu.

— Bom, mas parece que você conseguiu o que queria, não é?

— Ah, menos por favor! Você é que é um irresponsável e vem colocar as culpas em mim? — ele não responde novamente.

Ele coça os cabelos castanhos escuros quase pretos e os puxa, ele fica fazendo caretas e murmurando algumas coisas, como se estivesse dando sermão nele mesmo.

Ignoro seus atos voltando a minha atenção no trabalho a minha frente.

— A nota é em grupo ou individual?

— Não sei.

Ele se levanta bruscamente e sai da sala, ele está ferrado e não é preciso pensar muito para saber disso. Todo ato tem a sua consequência, alguém deve estar tendo o seu karma, por todo mal que ele já fez e vem fazendo.

Espero que a nota seja individual mesmo.

É claro que eu fiz de propósito, pedi para apresentar primeiro depois de o professor dizer que mesmo que as duplas não estejam completas para apresentar mesmo assim e, dependendo de cada ocasião ele dará nota. E vendo que Levi quase não aparece e só dorme nessa aula, não creio que terá assim tanta consideração pela parte do professor.

Depois de milhares de apresentações o professor diz que vai dizer as notas na próxima aula.

Saio da sala de aula e no mesmo sou puxada por um furacão, sem entender somente sigo seus passos rápidos, acelerados e desesperados.

Adentramos em um banheiro e no mesmo momento ele trancou a porta, mais calmo agora ele olhou sorrindo para mim. Calmamente segurou meu
quadril e me ergueu do chão me colando em cima da pia.

— Correu tudo bem? — soltei uma gargalhada e ele ficou confuso.

— Você me puxou feito um furacão para me perguntar se correu tudo bem?

— Ah, eu não posso?

— Pode. — ele se aproxima de mim colocando os braços a meu lado. — para mim correu bem, já para minha dupla, digamos que não muito.

— Por quê?

— Ele chegou atrasado e todo bagunçado, se bobear nem banho tomou.  — ele baixa seu olhar, levanto seu rosto. — Você pode se preocupar, ele ainda é seu irmão.

— Eu não quero saber.

— Se você diz. — ele se aconchega no meio das minhas pernas e eu enlanço seu quadril com as mesmas.

James passa a palma da sua mão em meu rosto, a outra ainda permanece ao meu lado, seus olhos queimam os meus sinto meu rosto aquecer e as borboletas se fazendo presente novamente.

— É bem difícil ver você e não poder te tocar.

— É?

— Você não imagina o quanto. — seu toque se torna mais firme e seu rosto aproxima-se, sua respiração bate contra meus lábios entreabertos, aperto mais seu corpo contra o meu e beijo sua boca, seu sabor é doce que nem morango acho que ele estava com algum doce.

Suposto Coração De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora