CAPÍTULO 29

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Saio do carro e os seguranças me cumprimentam, retribuo cada cumprimento que recebo ao longo do caminho. Procuro Dean por todo canto e não o acho.

— Onde está Dean? — Pergunto para um dos seguranças.

— Me desculpe, mas não consigo dar resposta a essa questão.

— "Eu não sei" me faria perder menos tempo.

— Me desculpe. — continuo a procura do homem, fui até a área restrita onde estava da última vez, só que não me permitiram entrar.

— Algum problema? — pergunto confusa.

— Senhor Dean ordenou para que ninguém entrasse, inclusive a senhora.

— Não ligo, quero passar.

— Não podemos.

Os dois homens grandes e armados protegiam a passagem, na sede a voz de Dean continua sendo menor que a minha, mas por ele ser mais constante aqui do que eu os funcionários crêem mais em sua palavra.

Não gosto de usar o nome da minha mãe para conseguir o que eu quero, então não farei.

— Então chamem ele.

— Ninguém é permitido entrar, senhora,  nem mesmo a gente. Desculpe.

— Ok, passe o rádio. — Não obedece.  — Agora! E coloque no canal do rádio de Dean.

Rapidamente ele manuseia o objeto e entrega para mim.

— Patrão na escuta.

— Dean venha aqui fora agora.

— Não.

— Não é um pedido! — posso apostar que ele revirou os olhos. — Você sabe que me deve repostas, não me faça matar os seus queridinhos apenas para que eu passe.

— Está muito estressadinha hoje.

— Não estou para brincadeiras! — ele bufa.

— Deixem-na entrar.

Os guardas afastam-se da entrada e antes de passar mostro a língua neles.

— Dean! — grito seu nome no meio do corredor.

Uma porta se abre e somente a cabeça de Dean aparece, ele está sentado em uma cadeiras de escritório que contém rodas. Ele volta a entrar deixando a porta aberta, então caminho até à sala fechando-a.

— A fotografia. — ele abre a gaveta e retira a fotografia e coloca em cima da mesa.

É a mesma que antes a mulher ainda está de costas somente metade do rosto, o cabelo tapa a maioria.

— Não tem outra?

— Não.

— Ela já morreu? — ele me olha pensativo.

— Não, está perambulando por aí no mundo. — volta a guardar a foto. — Você consegue ver a cara dela no seu sonho?

— Só um pouco, é difícil. Mas o cabelo, o cabelo é o mesmo. É tudo o que eu lembro.

— Gostaria de poder te ajudar mais. — ele nem está se esforçando.

— E você pode! Me diga onde ela está. — ele ri, Dean passa a mão na cabeça e bagunça os cabelos.

— Ela é que nem fantasma, estão próximos mas você não vê.

— O que quer dizer com isso?

— Que eu não faço ideia de onde ela esteja, ela está seguindo o caminho que decidiu sem o seu querido, insignificante e inútil filho.

Suposto Coração De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora