CAPÍTULO 36

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Dean Windsor

6 anos atrás

Cruzo os braços ao ouvir mais um dos intermináveis sermões da mamãe. Agora tudo que eu faço a irrita profundamente.

Antes não entendia o seu profundo ódio, agora, talvez eu compreenda um pouco...

— Devia ter te deixado com o seu pai! São dois inúteis! — ela gritou para mim.

... Eu lembro a ela o meu pai.

Não sei porque motivos eles se separaram, mas minha mãe o odeia com tudo. Meu pai saiu de casa e sumiu do mapa, me deixando aqui com a sua explosiva ex-mulher.

Porque não me levou?

Acho que preferia dormir embaixo de pontes a ouvir reclamações todo dia por coisas bobas.

— Tá bom, posso ir?

Se eu for sem pedir começará uma nova palestra de como eu sou desrespeitoso e  irreverente.

Ela não responde, só dá as costas para mim subindo as escadas, entendo isso como uma permissão para a minha ida.
Passo a maos no cabelo e olho para Gretta que me olha triste e volta para a cozinha.

Caminho a até a porta.

— Dean. — a voz doce me faz parar e olhar para trás. — Venha.

— Não posso agora, Gretta.

— Ah, deixa disso garoto. — a mulher olha para a escada e vem até mim, segura no meu braço e me puxa para a cozinha. — coma, acabou de sair do forno.

Aponta para as bolachinhas com pepitas de chocolate em cima do balcão, a tristeza e a melancolia supiram por segundos.

— Quer suco ou leite? — pergunta sorrindo.

— Tanto faz.

Ela serve um copo com leito frio, ela sabe que prefiro assim. Como cintos bolachinhas enquanto a senhora de cabelos pretos e alguns fios brancos anda pela cozinha tagarelando sobre as suas netas.

Gretta diz que quando eu fizer 18 vai me apresentar as suas netas.

— Obrigado, Gretta. Elas estão deliciosas.

— Obrigada, querido. — ela vem até o tabuleiro e põe o que sobrou no pote de vidro. Termino o leite e deixo o copo na pia.

— Estou indo, nos vemos mais tarde velhota.

— Não me teste, hein! Minha chinelas não falha. — corro sorrindo para fora da cozinha partindo para fora da casa.

Pego meu celular com intuito de ligar para Kay, meu amigo, porém sou travado pela voz que estava fugindo.

— Viajarei hoje, chegarei amanhã ou depois de amanhã, não faça besteira sabe que estou de olho em você. — deixo minha mãe passar por mim, batendo os saltos contra o chão enquanto puxa uma mala preta.

Na mesma hora o carro para a frente dela, o motorista abre a porta para Mila e põe a mala no porta-malas e volta para o seu lugar arrancando o carro.

Uma alegria me consome na hora.

Suposto Coração De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora