O sinal toca e todos os alunos, como se estivessem sendo comandados levantam-se ao mesmo tempo uns saem e outros guardam os seus materiais, sendo eu uma delas.
Deixo todo mundo sair e então eu vou em seguida, me sinto sufocada no meio deles e é capaz de eu ser esmagada no meio deles, apesar de ser ligeiramente alta sou magra e quase um fantasma aqui na escola, então eles não se importaria em fazer isso.
Pego meu livro de psicologia e sento no banco livre.
Meu corpo fica inquieto por sentir vários olhares direcionados a mim, não é preciso olhar para saber. É sempre assim, sempre foi assim.
Não me dou bem com ninguém e não faço questão de forçar a barra com alguém, tanto tempo sozinha que já me habituei.
Amo a minha solitude.
Os murmúrios aumentam e isso chama minha atenção, tem um garoto que nunca vi aqui.
Quem raios se muda no meio do ano? Deve ser mais um transferido, volto minha atenção para o livro.
Mais um garoto para o grupo dos fodões e ser idolatrado pelas garotas.
Novamente sinto olhares sobre mim, mas dessa vez era apenas um. Levanto a cabeça e o garoto novo está me encarando com a expressão séria, continuo olhando para ele até o mesmo desistir de olhar.
Ele não desistiu.
Uma garota passa interrompendo nossos olhares, volto minha atenção às folhas brancas e agradeço mentalmente por ter sido interrompida.
Estranho eu diria.
[...]
— Oi querida, como foi a escola? — minha mãe pergunta assim que ouve a porta bater.
— Boa. — avanço até ela e deposito um beijo em sua bochecha.
Ela reclama quando somente chego e vou diretamente para meu quarto, então faço isso todos os dias que já virou um hábito.
— Dean está vindo.
— Eu já disse que não preciso mais da ajuda dele! Eu já sei de tudo.
— É sempre bom melhorar. — lança um sorriso simpático.
Ela deixa sua revista e caminha até mim.
— Lembre-se: você tem de ser perfeita. — toca em meu rosto. — um erro, um simples erro e está tudo acabado... não é isso que queremos, é? — passa meu cabelo atrás da minha orelha.
Minha mãe beija meu rosto e sobe as escadas atrás de mim, eu não tenho outra opção senão obedecer sua orientação.
Prefiro fazer algo que não goste do que ouvir palavras que irão me ferir.
Amo a minha mãe, mas as vezes ela não sabe controlar a língua e acaba falando coisas que me machucam.
Assim que acabo de trocar de roupa, alguém bate em minha porta. Autorizo a entrada e uma das funcionárias coloca somente metade do corpo para dentro e sorri para mim avisando que Dean chegou.
— Obrigada, Gretta, Já irei descer. — Ela sorri simpática e ausenta-se.
[...]
Arrumo meu cabelo em um rabo de cavalo bem feito e desço carregando minha mochila junto à mim.
— Bom dia, papai.
— Oi querida. - ele sorri e seus olhos rasgados tais como os meus se fecham. — dormiu bem?
— Sim, papai. — sento-me no seu lado a esquerda. — onde está mãe?
— Se arrumando, hoje temos negócios importantes a tratar.
— Isso é bom. - murmuro pegando a manteiga de amendoim.
— Demais. — toma seu café e olha para o tablet em suas mãos.
Como , calmamente e minha atenção vai para minha mãe, ela ainda não estava na sala de jantar mas o barulho de seus sapatos contra o chão ecoavam por toda casa agradavelmente silenciosa.
Meu pai olha para ela também e abre um sorriso malicioso, provavelmente mente agradecendo por ela ser dele.
Ela está a realmente linda.
— Está uma gata. — meu pai elogia erguendo sua mão para ela que é segurada e ele faz Mila dar uma volta.
— Eu sei, obrigada. — faço um barulho de vómito chamando atenção deles quando o casal dá um beijo que quase foi aprofundado.
— Eu vou para escola, tchau mamãe e papai. — eles vêm até mim e beijam meus rosto.
Fecho os olhos me sentindo agoniada, eles sabem que eu odeio isso, mas insistem em fazer.
Pego minha mochila e vou até o carro cinzento onde o motorista estava a minha espera. Assim que adentrei, sentei no lado do passageiro ele cumprimentou-me e seguiu o caminho para a escola.
Ajeito a minha saia assim que saio do carro e vou para dentro da escola.
Meu celular toca e olho ao redor vendo se ninguém está olhando, é proibido mexer no celular aqui dentro. Vou para uma área mais afastada e atendo o celular.
— Alô?
— Anisha?
— D-Dean? Porque está me ligando de quem é este número? Sabe que não pode ligar para mim a estas horas. - dou um suspiro.
A chamada fica silenciosa, como se ele estivesse ganhando coragem para me pedir alguma coisa. Não tem motivos para isso.
Estava prestes a chamar por ele, mas no mesmo minuto ele fala também: - Eu preciso que você faça uma coisa por mim.
— Hm. Depende, o que é?
— Preciso que compre e faça algumas coisinhas, é melhor falar pessoalmente.
— Como quiser... é tudo?
— É.
— Então a gente se vê mais tarde em minha casa. - Não o deixo responder, desligo o celular.
Dean é como o irmão mais velho para mim, minha mãe não teve ninguém além de mim. Antes me sentia muito sozinha por não ter ninguém para brincar, dizem que ser filho único é bom porque você tem as coisas só para você.
Mas as vezes a gente não quer as coisas somente para nós, a gente as vezes quer uma companhia. E eu tinha minha prima, até ela se casar.
Agora é indiferente, se tem pessoas ou não.
De preferência não ter alguém.
Mais paz e menos sofrimento.
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Suposto Coração De Gelo
RomansaNo lugar do coração dela, havia gelo. E ele tinha somente um sorriso caloroso, será este suficiente para derreter o coração de Anisha Windsor? Uma estória onde segredos serão revelados e passados desvendados. PLÁGIO É CRIME !! Iniciei : 17 De Maio d...