Cap 39

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Otto narrando

No Maranhão eu e Vitor aguardamos a ligação do valdisnei.

Bruno narrando

No galpão, arrumo tudo e coloco no carro.

Depois desamaro Luisa e deixo a comida pra ela se alimentar.

Bruno: Coma e não tente gracinhas. Vou fazer uma ligação.

Luisa narrando

Assim que ele sai e tranca a porta, começo a procurar alguma coisa que me dê uma luz, avisto um pedaço pequeno de vergalhão, pego e parece ter uma ponta, puxo um móvel velho devagar e tento escrever na parede de concreto.

MEXICO LUÍSA. deu certo, penso. Coloco o móvel no lugar e vou comer a comida.

Valdisnei narrando

Já no outro galpão, ligo pro Otto.

Ligação on

Otto: Alô.

Valdisnei: Chegou?

Otto: Sim.

Valdisnei: Vou te passar a localização, venha sozinho ou sua mulher morre.

Otto: Ok . Cadê ela?

Valdisnei: Fica frio, vou te mandar um vídeo já já. Desligo o celular e envio o vídeo do Bruno com a arma apontada pra cabeça dela. Apenas alguns segundos, mas vai dar pra deixar ele louco.

Otto narrando

Otto: Olha isso, Vitor

Vitor: Que covardes. Não quer mesmo que eu vá com você?

Otto: Não é seguro.

Vitor: Vou seguir seu carro pelo menos.

Otto: Tudo bem.

Vitor: Vai dar tudo certo irmão. Apertamos as mãos antes dele entrar no carro e eu entrar no outro.

No caminho ligo pra polícia e explico todo o sequestro. Eles pedem pra que eu continue seguindo o carro do Otto enquanto eles vão me acompanhar pela localização que vou enviar.

No galpão

Bruno: Tá feito! Seu protetor já está a caminho do local.

Luisa: Não façam nada com ele, por favor!

Bruno: Não faremos, é só colaborar direitinho. Nisso o capanga do valdisnei chega. Abro a porta pra ele.

Bruno: Finalmente, vamos, pode colocar a gasolina por tudo.

Capanga: Sim senhor.

Bruno: E você vem aqui. Vou te explicar exatamente como faremos o vídeo. Puxo ela pelo braço.

Galpão falso 2

Valdisnei narrando

Enquanto me preparo pra tudo correr bem, vejo o carro se aproximando. Chamo o capanga pro meu lado.

Otto: Aqui Estou. Falo depois de estacionar o carro.

Valdisnei: rápido, gosto assim. Peço ao capanga pra conferir se ele não está armado.

Otto: Cadê a Luísa?

Valdisnei: Está lá dentro amarrada.

Otto: Quero vê-la.

Valdisnei: Nem pensar, primeiro nosso acordo, depois você entra.

Otto: E o Bruno?

Valdisnei: Não precisamos dele por aqui. Agora vamos ao que interessa, cadê a grana e os bonecos?

Otto narrando

Abro o porta malas, enquanto o capanga dele me segura, valdisnei retira tudo do carro e coloca no dele.

Valdisnei: Agora sim, estamos conversados.

Galpão um

Luisa narrando

Ao ver Bruno colocar fogo no galpão, fico desesperada, ele me segura por trás passando seu braço pelo meu percoço, com a outra mão segura o celular pra que eu faça o vídeo.

Vídeo pro Otto

Luisa: Otto, meu amor, te amo muito, você e a poli são minha vida, cuida dela pra sempre, não deixe que volte pro orfanato. Também não quero que se culpe por isso, não é sua culpa, as coisas acontecem porque tem que acontecer. Você é o amor da minha vida. Te amo além da eternidade.

Bruno: Vamos morrer juntos meu amor! Sorrindo, tento beijar seu rosto, mas ela se desvenlicia e eu desligo o Cel.

Bruno: Isso ficou perfeito, agora vamos sair daqui.



Galpão 2

Valdisnei: Toma a chave, só entra depois que eu sair.

Otto narrando

Quando ele entra no carro e dá partida, vou até a porta e abro, mas fico louco ao ver que não tem ninguém.

Otto: Não pode ser! Em seguida recebo um vídeo no celular.

Vitor Narrando

Sigo o carro do valdisnei, mas ele percebe e toma outro caminho, logo a polícia chega até mim.

Na estrada

Ligação on.

Bruno: o que foi?

Valdisnei: Já saíram daí?

Bruno: Sim

Valdisnei: Não vamos pro aeroporto por enquanto.

Bruno: Porque ?

Valdisnei: Alguém estava me seguindo, provavelmente gente do Otto, não podemos arriscar. Me passa sua localização que encontro com vocês.

Bruno: Merda! Ok vou te mandar.

Bruno: E você pare de chorar, já está me irritando. Falo pra Luisa.

Otto narrando

Ao ver o vídeo de Luisa no galpão em chamas, rastreio a localização e vou pro local o mais rápido que posso.

Vitor narrando

Com os policiais voltamos ao galpão mas já não tem ninguém lá.

Ligação on

Vitor: Otto, onde você está?

Otto: Agora não posso falar Vitor, te mando a localização.

Otto narrando

Ao chegar no local, tudo está destruído. Corro até lá, ainda posso sentir a quintura que sobe, a fumaça e algumas pequenas coisas em chamas. Entro e vou andando em meio ao cacos, de repente vejo o colar de Luísa no chão, todo queimado mas consigo reconhece-lo bem. Me ajoelho com ele nas mãos e começo a chorar, grito pelo nome dela. LUISA, LUISA ....

Abro o vídeo no meu celular e só então o vejo por completo.

Meu coração se quebra em mil pedaços.

Isso não pode ser verdade, dou um último grito antes do Vitor chegar com a polícia.

Vitor narrando

Corro até o Otto que está ajoelhado no chão, ele me abraça.

Otto: Ela morreu Vitor e a culpa é minha. Não vou me perdoar nunca por isso.

Vitor: Pego o celular dele e abro o vídeo pra ver.

Vitor: Nem sei o que dizer meu amigo, sinto muito por tudo isso, agora por favor para de se culpar. Ajudo ele a levantar e vamos até os policiais que começam a investigar o local.

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