Casamento por Contrato

Cap 72

Otto narrando
Os raios solares adentram pela fresta da porta de vidro que dá acesso à varanda do nosso quarto, sonolento, abro meus olhos lentamente, olho pro lado e vejo Luisa debruçada sobre os lençóis amarrotados pela noite tórrida de sexo que tivemos, semi nua, os cabelos espalhados pelo colchão... Com um sorriso satisfatório de quem está de volta ao lar,  beijo levemente seu rosto, levanto devagar, visto minha roupa e saio de fininho pra não acordá-la.

Ao entrar no quarto da Isabela, a mesma se encontra sentada no berço, encarando o teto, pensativa  e distante, parece ter acabado de acordar.
Pra não assustá-la, me aproximo devagar.
Otto: Ei... Psiu. Olha quem tá aqui.
Bela: Papai.
Otto narrando
Ela abre um lindo sorriso ao me notar e ouvir a minha voz, levanta num sobressalto de segundos e abre os bracinhos para que eu a pegue no colo.
Otto: Bom dia meu amor! Vem com papai. Ela se ajuda num impulso quando a pego no colo, passa suas mãozinhas delicadas e pequenas no meu rosto, beija e me abraça sorridente.
Otto: Eu tava morrendo de saudades minha princesa linda. Ao notar seus olhos lacrimejados, meu coração se parte em pedacinhos.
Otto: Você perdoa o papai? Não tive a menor intenção de te deixar triste, meu amor. Beijo seu rostinho, e mesmo sabendo que ainda não compreende algumas coisas, sei que me perdoou, apenas pelo seu olhar e esse sorriso lindo. Emocionado, abraço ela mais uma vez.
Bela: Papai! Faz cavalinho. Sorriso.
Otto: Cavalinho é? Risos. Só se for agora. Ponho ela sob meus ombros e seguro suas mãozinhas, saímos do quarto e passamos pelo extenso corredor da mansão que dá acesso a sala.

Luisa narrando.
Ao som do despertador, abro meus olhos e Otto não está ao meu lado, pego o celular no criado mudo e me assunto ao ver que já são 8:30 da manhã.
Rapidamente, faço minha higiene pessoal, visto a roupa e saio do quarto, no corredor, ouço gritos e risadas vindo da sala, ao chegar até eles noto vários balões e papéis picados pelo chão, Bela em cima do sofá e Otto no chão jogando o balão vermelho pra ela. Não consigo deixar de me emocionar com a cena, apesar da bagunça, era tudo que a minha princesinha precisava depois de ter dormido a noite passada no hospital.
Bela: Olha papai, a mamãe tá aí ! Aponta o dedinho.
Otto: A é? Risos. Olho pra traz e a vejo sorrir pra nós, encostada na parede.
Luisa: Que bagunça vocês fizeram. Sorriso.
Bela: Foi o papai.
Otto: Eu? Que espertinha. Sorrio pra ela que corre até mim e pula em meus braços.
Luisa vem a nosso encontro.
Luisa: Bom dia meus Amores! Damos um selinho, depois beijo minha filha no rosto.
Otto: Bom dia meu amor! Vamos tomar café! Você estava tão linda dormindo, não quis te acordar.
Luisa: Hoje é dia de trabalho tá senhor Otto! Digo, enquanto caminhamos em direção a mesa.
Otto: Hoje eu decreto folga pra nós três. Vamos passar o dia juntos.
Luisa: Hummm. Se está dizendo... Sorrimos um pro outro.
Sentamos pra tomar café e a Bela não sai do colo do pai.
Luisa: Ela já comeu alguma coisa meu amor?
Otto: Já sim. Não se preocupe.
Luisa: E o que vamos fazer hoje? Já pensou em alguma coisa?
Otto: Podemos dar uma volta na praia, depois no shopping... O que acha?
Luisa: Gostei da ideia. Vamos sim. Avisou na empresa que não vamos?
Otto: Avisado! Sorriso.
Enquanto tomamos café, meu celular toca!
Otto: É a Poliana!
Luisa: Vamos falar com ela. Encosto a cadeira próxima a do Otto.
Ligação on
Poli: Oi pessoal. Aceno com a mão e fico imensamente feliz ao ver os três juntinhos.
Otto: Oi filha. Bom dia! Como você está?
Luisa: Bom dia Poli. Bela joga vários beijos pra ela.
Poli: Bom dia gente! Por aqui está tudo certo. Vejo que por aí também né pai!
Otto: É sim filha.
Poli: Graças a Deus, passei a noite pensando em você tia, doida que chegasse logo de manhã pra saber se tinha perdoado o meu pai.
Luisa: Perdoei sim, no início foi difícil. Risos. Mas depois tudo ficou esclarecido e agora estamos bem. Olho pro Otto que me dá um selinho.
Poli: Que bom, fico muito feliz por isso. Agora sim meu dia vai começar. Sorriso.
Otto: Já está pensando em trabalho é?
Poli: Ainda não pai, mas precisamos procurar, gosto de me sentir ocupada e independente. Risos.
Luisa: Tá certinha meu amor.
Otto: Tá certo, se cuida viu e qualquer coisa pode me ligar, sempre tá.
Poli: Pode deixar pai. Amo vocês.
Luisa: a gente também te ama muito, tô morrendo de saudades.
Poli: Eu também, tia.
Kessia: Amiga, os meninos já estão esperando lá embaixo.
Poli: Tá bom, Já estou indo. Falo pra Kessia que me espera na porta.
Poli: Preciso ir gente. Mil beijos.
Otto: Vários pra você também. Juízo em.
Poli: Sim senhor. Sorriso. Me despeço de todos e encerro a ligação.

Luisa: E essa carinha, hein? Passo a mão no cabelo dele.
Otto: A Poliana e o Pedro...
Luisa: Meu amor, eles não são mais crianças. Sorrio pra ele que me encara confuso.
Otto: o que quer dizer com isso?
Luisa: Quero dizer que não precisa se preocupar, a Poliana é uma menina inteligente e esperta, Pedro é um bom rapaz, além de ser filho do seu melhor amigo, aquieta esse coração e vamos pro nosso passeio, né meu amor? Olho pra Bela que sorri pra mim.
Otto: Tudo bem, vamos! Filha vai com mamãe que ela vai por uma roupa bem bonita pra gente sair.
Bela: Quero não papai, bota você! Faz biquinho.
Otto: O minha princesa.
Luisa: Vem, eu te ajudo com isso, ela não vai desgrudar de você por nada hoje.
Otto: Será que ela sente medo de...
Luisa: Sim. Falo enquanto vamos pro quarto dela.
Medo de você se afastar novamente. Mais vai passar, fica tranquilo. Sorrio pra ele.
Após trocar a Bela, me arrumo e depois com muito custo ela deixa o pai se vestir.
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Otto narrando
Depois de um dia incrível, finalmente a Bela fechou os olhinhos pra dormir e consegui coloca-la no berço após várias tentativas frustadas.
Otto: Agora acho que ela vai ficar.
Luisa: É assim mesmo amor, normal pra idade dela. Sentiu muito a sua falta.
Otto: Eu sei. Passo a mão no rosto de Luísa que encosta sua testa na minha.
Luisa: Você é um pai maravilhoso.
Otto: Obrigado por pensar isso de mim.
Luisa: Vem, vamos pro nosso quarto, o dia hoje foi divertido, porém cansativo demais pra suas costas em ter ficado tanto tempo com a Bela nos braços. Sorriso.
Otto: Tem razão. Sorrio de volta pra ela que segura minha mão, envolvo sua cintura e saímos do quarto da nossa filha abraçados e felizes.