Cap 60

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Otto narrando

Ao notar que Luísa pegou no sono, levanto devagar e vou até a cozinha tomar uma água.

Sara: Senhor!

Otto: Que susto Sara!

Sara: Desculpe, vim avisar que Cláudia e Joana estão na sala, querem falar com a Senhora Monteiro.

Otto: Mas a essa hora? Deveriam estar em horário de trabalho... Pode deixar Sara, vou atende-las.

Sara: Sim senhor!

Otto narrando

Ao chegar na sala, percebi a aflição de ambas.

Otto: Olá, meninas. Aconteceu alguma coisa?

Claudia: Sim e grave viu.

Otto: Como assim? Sara disse que queriam falar com a Luísa...

Joana: É que tem haver com ela.

Otto: Então podem me falar, pela cara de vocês não é coisa boa, dependendo do que for, pode alterar o estado em que ela se encontra no momento.

Joana: Claro, tem toda razão, nem tínhamos pensado nisso.

Claudia: É verdade amiga. Sentamos no sofá. 

Claudia: Você conta ou eu conto? Olho pra Joana.

Joana: Pode falar amiga.

Claudia: Tá. Bom, é... A Luísa pediu pra gente investigar algumas coisas a respeito da Marcela...

Otto: Sim, ela me disse.

Claudia: Que bom. Pois é, acontece que hoje eu fui à sala dela, no caso a antiga sala e encontrei isso daqui. Estendo minha mão, entregando o remédio juntamente com o comprovante pra ele.

Otto: O que significa isso? Olho o remédio mas ainda não consigo entender.

Joana: Esse é um remédio que as mulheres tomam pra abortar a criança, segundo a data do comprovante, ele foi comprado no mesmo dia que a Luisa teve o sangramento.

Otto: Perai, estão querendo me dizer que a Marcela quis matar o meu filho (a) ? Pergunto assutado e atordoado ao mesmo tempo.

Joana: Não exatamente. Pela quantidade de comprimido que tem aí, ela deve ter colocado apenas um pra Luisa precisar ficar de repouso absoluto.

Claudia: Desse modo ela poderia fazer tudo que fosse possível já que a lu não ia poder trabalhar.

Otto: E eu achando que .... Isso é muito grave, ela precisa pagar pelo que fez. Falo sério.

Joana: Concordo, porém não teremos sucesso quanto a isso, já que é impossível provar que ela fez com que a lu ingerise o comprimido.

Otto: Não tinha pensado nisso. Preciso entender como aconteceu. Por enquanto não falem nada pra Luisa, isso pode deixta-la alterada. Tenho medo de que passe mal novamente.

Claudia: Tem toda razão, pode deixar que não vamos falar nada.

Joana: Isso.

Otto: Obrigado por isso. Vocês sim são amigas dela de verdade.

Otto: Querem vê-la?

Joana: Acho melhor não, ela pode desconfiar de alguma coisa, pelo horário que viemos.

Cláudia: É verdade, a gente vem outra hora. Sorriso

Otto: Está bem, eu acompanho vocês até a porta.

Otto narrando

Logo que elas saem, poliana chega da escola.

Poli: Oi pai. Abraço.

Otto: Tudo bem, filha?

Poli: Sim, você parece bem preocupado. Aconteceu alguma coisa?

Otto: Sim e queria falar com você sobre um assunto.

Poli: Tá, pode falar.

Otto: Eu e sua tia descobrimos algumas coisas sobre a Marcela... Hoje em especifico soube de algo muito grave.

Poli: Como assim pai? Tô ficando assustada.

Otto: A Cláudia e a Joana descobriram que ela comprou um remédio abortivo no mesmo dia que a sua tia passou mal.

Poli: Que? Não acredito nisso. Como ela pode ter sido capaz de algo tão ruim..

Otto: Mas foi e queria ver se você se lembra de alguma coisa nesse dia, já que a Marcela esteve em casa apenas no horário de almoço.

Poli: Tá, deixa eu pensar.... Lembrei!

Otto: Então me diga.

Poli: O suco! Foi a primeira vez que ela se ofereceu pra pegar o suco, e ainda Trouxe no copo ao invés de trazer na jarra, enquanto a gente almoçava.

Otto: Então foi isso, ela colocou no suco.

Poli: A minha tia podia ter perdido o bebê. Falo triste.

Otto: Podia sim filha. Mas agora o importante é colocar essa mulher pra bem longe das nossas vidas, por enquanto não conte nada pra Luisa, ela pode sofrer com isso e acabar passando mal outra vez.

Poli: Tem razão. Pode deixar, não vou dizer nada.

Otto narrando

Depois que Poliana vai guardar as coisas pra almoçar, Marcela chega.

Marcela: Olá, boa tarde Otto, senti sua falta na empresa hoje...

Otto: Preciso falar com você. Digo seco.

Marcela: Tá, pode falar.

Otto narrando

Nesse momento, Poliana aparece na sala.

Poli: Já chegou? Olho pra ela com raiva.

Marcela: Aconteceu alguma coisa? Vocês estão com uma cara estranha.

Otto: Filha, você pode nos deixar a sós um momento?

Poli: Claro pai. Vou aproveitar pra ligar pra kessia.

Otto: Faça isso.

Marcela: O que de tão sério tem pra me dizer?

Otto: O que você tinha na cabeça quando comprou esse remédio e colocou no suco pra minha esposa tomar? Mostro a cartela de comprimidos pra ela.

Marcela: Eu... Não sei do que está falando. Desvio o olhar.

Otto narrando

Seguro firme o braço dela.

Otto: Se tivesse acontecido o pior, você iria sofrer as consequências. Pra sua sorte não tenho como provar que teve a audácia de fazer um absurdo desses, mas quero você longe da minha mulher e da minha família. Estou te demitindo da empresa e te expulsando da minha casa.

Marcela: Está sendo injusto, eu não fiz nada disso. Desconverso.

Otto: Ainda tem a cara de pau de negar. Solto o braço dela.

E o apartamento que nunca precisou de obra? Tô sendo injusto também? Fora daqui o mais rápido que você puder.

Marcela: Vai se arrepender de me tratar assim.

Otto: Não tenho medo de ameaças, muito menos vindo de gente como você, baixa, invejosa, sem escrúpulos, sem luz própria.

Marcela: Não sou obrigada a ficar ouvindo esse tipo de insulto. Vou arrumar minha coisas e sair daqui

Otto: Ótimo, já vai tarde.

Marcela narrando

No quarto de hóspedes, arrumo as malas e pego meu canivete dentro da bolsa. Posso até sair daqui,  mas viva a Luisa não vai ficar.

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