Cap 42

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Otto narrando

Ligação on

Vitor: Fala amigo. Como está?

Otto: Melhor. Vitor preciso que fique com a Poliana por alguns dias.

Vitor: Claro, o que tá pensando em fazer?

Otto: Voltar pro Maranhão

Vitor: Como assim? Teve algum retorno dos policiais?

Otto: Tive. Minto.

Vitor: Alguma pista?

Otto: Na verdade é mais pra esclarecer alguma coisas....

Vitor: Entendi. Quando você vai?

Otto: Amanhã bem cedo. Vou deixar um dos seguranças de prontidão na sua casa até a minha volta.

Vitor: Não é necessário Otto.

Otto: É sim.

Vitor: Tudo bem. Me mantenha informado quando estiver lá.

Otto: Pode deixar, Poliana acha que vou pro rio de janeiro.

Vitor: Certo, vou confirmar o fato se ela perguntar o fato.

Otto: Ótimo. Obrigado.

Vitor: Se cuida e toma cuidado.

Otto: Pode deixar.

Otto narrando

Ao encerrar a ligação, digito a placa do carro que estava na escola da Poliana a fim de obter algumas informações.

Otto: Alguma informação Sara?

Sara: Essa placa consta no nome de Estevão Santorio

Otto: Endereço

Sara: Avenida Rio Marinho, Bairro José costa. Número 502

Otto: Ótimo, vou até lá. Prepara aquele dispositivo de segurança, vamos levar na viagem.

Sara: Sim senhor.

Otto narrando

Pego minha arma no cofre, as chaves do carro e sigo pro endereço.

Casa do Vitor!

Vitor: Meu amor, a filha do Otto vai ficar uns dias aqui em casa com a gente.

Esposa: Assim, claro. Ele vai viajar de novo?

Vitor: Sim, pro rio.

Esposa: Entendi. Tudo bem meu amor !

Otto narrando

Chego no endereço e toco a campainha.

Estevão: Olá, boa tarde!

Otto: Podemos conversar?

Estevão: Desculpe, quem é o senhor?

Otto: Não importa. Pelo bairro nobre que mora, imaginei apenas fosse o dono do carro.

Estevão: De que carro está falando?

Otto: O que está seguindo a minha filha seu cretino. Falo irritado.

Estevão: Não tenho nenhum tipo de contato com quem compra meus carros, apenas vendo.

Otto: Então prefere que eu comunique a polícia?

Estevão: Entre por favor!

Otto narrando

Na sala da grande mansão dele. A gente conversa.

Otto: Quem São esses caras?

Estevão: Trabalham pro Valdisnei.

Otto: Eu sabia! O que sabe sobre o plano dele de raptar a minha esposa?

Estevão: Nada! Não tenho contado com ele, apenas com os caras que compram os carros, eles vieram a pedido dele.

Otto: E quando compraram?

Estevão: A dois dias!

Otto: Era tudo que eu precisava saber. Se acontecer qualquer coisa com a minha filha, você vai sofrer as consequências.

Estevão: Como descobriu sobre mim?

Otto: Isso não importa, tenho meios meios. Está avisado e nunca estive aqui, portanto não mencione pra ninguém.

Estevão: Ok.

Otto narrando

Ao voltar pra casa, compro a passagem pro Maranhão, redobro a segurança de Poliana e preparo tudo no laboratório pra viagem no dia seguinte.

Luisa narrando

Após algumas horas na estrada, começa a anoitecer.

Bruno: Deita pra dormir um pouco.

Luisa: Não precisa.

Bruno: Eu insisto. Mostro o celular com a foto da Poliana

Luisa narrando

Vendo que não tenho opção, deito no colo dele, mas o medo me impede de fechar os olhos.

São Paulo

Otto narrando

Passo a noite em claro, vendo e revendo o vídeo de Luisa várias vezes, porém de uma forma mais detalhista e menos sentimental a fim de descobrir qualquer coisa que me ajude a encontrar o Valdisnei.

Até que um detalhe me chama a atenção. Atrás dela tem um móvel no qual discretamente ela faz um pequeno sinal com a mão, quase que invisível, mas dá pra perceber.

Impaciente pra que chegue logo de manhã, volto pro laboratório e coloco o vídeo pra rodar na tela, revejo novamente e começo a juntar os fatos: O carro seguindo poliana a dois dias, os brincos de Luísa no esconderijo depois de tudo ter acontecido, o local "falso" que Valdisnei me passou a localização... Ela só pode tá viva. Penso, e uma esperança enorme invade meu coração, além de uma alegria em saber que posso estar certo em minhas convicções.

Se eu estiver certo, Bruno também está vivo, e eu vou encontrá-lo, fazê-lo pagar por tudo que fez e está fazendo, nem que seja a última coisa que eu faça. Apago a tela do sistema e volto pro meu quarto.

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