cap ñ revisado!
Bia
Meu corpo estava tão dolorido que era difícil até mesmo respirar, observei as gotas do soro pingar lentamente do equipo juntamente do remédio para dor que a médica ministrou em mim.Pelo que ela tinha me contado eu não tive traumas na cabeça por sorte, mas não escapei de levar pontos na costela e na barriga onde a fivela tinha batido com tanta força que rasgou minha pele.
E fora as escoriações visíveis no meu corpo que eu nem mesmo conseguia olhar sem sentir meu coração se partir em vários pedaços ao mesmo tempo.
Hoje foi um dia tão intenso que tudo que eu queria era deitar e dormir por horas, e amanhã sim pensar nas consequências que tudo aconteceu hoje.
Escutei o barulho da porta da enfermaria abrir e o Cobra entrar com uma carranca enorme no rosto, seus olhos passaram pelo meu corpo e uma veia da sua testa pulsou, tive vontade de me encolher, eu devia estar horrível com tantos roxos pelo corpo fora os pontos que estavam visíveis pela minha blusa estar rasgada.
Eu estava uma verdadeira bagunça.
Cobra se aproximou devagar e beijou minha testa com cuidado se sentando na ponta da minha maca.
Cobra: A médica está assinando sua alta-avisou fazendo um carinho na minha bochecha
Bia: Obrigado-agradeci olhando nos seus olhos
Cobra: Olha pra mim-seus dedos levantaram meu rosto suavemente-Eu te amo Bia, eu faria o que eu fiz hoje quantas vezes fosse preciso
Meus olhos se encheram de lágrimas devido ao meu estado emocional mais abalado e puxei seu tronco com delicadeza para mim deixando um beijo suave em seus lábios.
Bia: Eu amo você
Cobra ficou horas comigo enquanto o soro acabava, não falamos nada, ele apenas deitou do meu lado na cama e me puxou para o seu peito enquanto fazia carinho nas minhas costas.
Quando a médica finalmente liberou minha alta o Cobra assinou minha alta sem nem pensar duas vezes ele me pegou no colo e me levou até o carro parado estrategicamente do lado de fora da clínica.
Cobra: Tá com fome?-perguntou assim que aceleramos em direção a sua casa
Bia: Não, só preciso descansar
Cobra: Vou te deixar descansando e vou pedir pra prepararem uma sopa pra você
Acenei com a cabeça sentindo o efeito do remédio para relaxar meus músculos começar a fazer efeito e me deixar sonolenta, encostei minha cabeça no vidro do carro segurando a vontade de chorar, eu me sentia no meio de um furacão de emoções, e tão perdida que chegava a estar um pouco desnorteada.
Observei a rua enquanto as pessoas olhavam para o carro e me perguntei se algum dia a humilhação de ter sido exposta ia passar, acho nem mesmo coragem para ir na rua eu teria agora.
Empurrei todos esses sentimentos para longe focando apenas no agora e na minha recuperação, eu apenas precisava respirar e viver um dia após um outro.
Cobra estacionou na garagem e saiu mandando os seguranças irem embora da porta para que passasse comigo, me pegou no colo como se eu não fosse pesada e me levou até o seu banheiro me colocando sentada em cima da bancada da pia.
Cobra: Vou te ajudar a tomar banho-avisou tirando a blusa e abrindo uma das gavetas pegando o que parecia ser uma cobertura para meus curativos com pontos
Ele cobriu cada um deles com cuidado e me desceu ligando o chuveiro na água quente relaxando meu corpo, como meu braço estava engessado tomei o maior cuidado para não molhar e mofar.
Cobra tomou todo o cuidado enquanto espumava meu corpo com a esponja, ele ajoelhou na minha frente e beijou cada roxo que via na frente, perdendo seu tempo em cada um deles.Meus olhos se encheram de lágrimas com o gesto e eu não segurei, deixei elas caírem deixando as água levá-las.
O homem que eu escolhi como meu se levantou e me abraçou acariciando minhas costas nuas, como se quisesse pegar toda a dor em mim e passar para ele, foi um momento de carinho e cuidado que remendou uma das enormes feridas do meu coração.
E se tinha uma coisa que o Cobra fazia muito bem era isso, me curar.
Depois de quase quarenta minutos abraçada nele nós dois saímos, Cobra alcançou uma toalha e me secou com cuidado me vestindo com uma das suas enormes blusas, tirou os curativos a prova d'água para não machucar minha pele e pegou uma das minhas escovas de cabelo que tinham ficado por ali.
Cobra: Senta aqui
Me sentei com cuidado entre as suas pernas e ele começou a pentear minhas mechas.
Bia: Cobra-o chamei olhando por cima do ombro
Cobra: Hum-respondeu concentrada em uma mecha muito embolada
Bia: Eu sempre escolheria você
Cobra segurou meu queixo e me beijou com cuidado, ele não sabia, mas desde o momento que nos encontramos, ele sempre foi minha primeira opção.
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Vícios e Obsessões {PAUSADO}
Teen Fiction📍Rocinha-RJ|+18 "Eu sou seu anjo, seu demônio Cê é meu pesadelo, é meu sonho Ela me balança tipo o mar Se sumir vou sentir falta, ela é tipo o ar"