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Bia

Cobra tinha me beijado.

Foi o primeiro pensamento que eu tive assim que abri os meus olhos, passei a ponta do dedo em meu lábio inferior relembrando a noite passada e dei um sorriso bobo prendendo meu cabelo em um coque bagunçado.

Depois de nos beijarmos por muito tempo enquanto eu explorava a nova sensação de ser tocada por ele, esqueci completamente do mundo ao meu redor e só voltei para casa quando amanheceu, por sorte meus pais não tinham acordado ainda e só deu tempo de eu tomar um banho e cochilar por duas horas antes do meu despertador tocar.

E nem mesmo o cansaço extremo que eu sentia tirava o sorriso do meu rosto.

Terminei de me vestir para o trabalho e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto, verifiquei minha bolsa e guardei meu celular junto do carregador, estava com pouca bateria e por isso nem verifiquei as mensagens.

Adélia: Bia, vem cá-escutei minha mãe me gritar da cozinha e senti meu corpo estremecer 

Será que ela soube de algo?, era impossível.Cobra se garantiu disso.

Bia: Já vou-gritei de volta e peguei minhas coisas em cima da cama

Respirei fundo para não ter uma crise de pânico e quando cheguei a sala encontrei meus pais arrumados com uma mochila grande na entrada da casa.

Bia: Aconteceu algo?-perguntei preocupada vendo que minha mãe estava mais tensa do que o normal

Gilmar: Vamos até a casa de um casal de amigos fora do morro e só voltamos amanhã

Estranhei um pouco, meus pais nunca passavam a noite fora a não ser que fosse vigília na igreja ou algo do tipo, eu mesma nunca os vi com algum grupo de amigos.

Adélia: Como você vai trabalhar deixei comida na geladeira e é só esquentar-acenei com a cabeça me sentindo aliviada por eles me deixarem um pouco sozinha-Voltamos amanhã a tarde

Bia: Ok, qualquer coisa me liguem

Gilmar: Espero que você não quebre nosso voto de confiança em ficar sozinha-avisou sério-É de casa para o trabalho e do trabalho direto para casa

Bia: Sim, pai-o termo soou ácido em minha bolsa e eu sorri amarelo

Adélia: Ótimo, agora vamos se não vamos pegar trânsito 

Me despedi dos dois e como estava na hora de ir para casa do Cobra esperei eles descerem a rua para trancar tudo e subir.

Confesso que estava nervosa, não sabia como agir perto dele, talvez eu estivesse criando muita expectativa em torno de um beijo e não fosse nada, talvez ele nem olhasse na minha cara hoje.

O pensamento gelou minha barriga e eu empurrei esses pensamentos para longe antes que eu surtasse.

Cumprimentei os seguranças da frente e entrei direto indo para o quarto de empregada onde eu guardava minhas coisas, me inclinei para colocar meu celular descarregado para carregar e tomei um susto quando braços fortes me envolveram pela cintura.

Cobra: Sou eu-escutei sua voz sonolenta murmurar em meu ouvido enquanto ele dava um beijo no pescoço

Bia: Que susto-bocejei sentindo meus olhos pesados de sono-Achei que tivesse ido trabalhar

Cobra: Fugindo de mim, gatinha?-me virei pra ele e perdi a fala 

Cobra usava somente uma calça de moletom larga que deixava todo seu peitoral definido a mostra juntamente das tatuagens.Observei cada uma delas e meus olhos desceram para a entrada do abdômen bem marcada onde haviam alguns pelos que levavam até seu membro.

Ai meu Deus.

Cobra: Meus olhos estão aqui gatinha-debochou e eu tive vontade de enfiar minha cara em um buraco

Bia: E-e não tava fugindo-gaguejei nervosa

Cobra: Então vem aqui

Com um puxão na minha cintura Cobra colou nossas bocas e começou um beijo intenso, diferente de ontem que foi algo mais calmo, segurei os seus ombros me equilibrando e suas mãos foram direto para a minha cintura onde ele apertava firmemente.Senti sua língua chupar a minha ao mesmo tempo que minhas pernas ficaram fracas, estava me sentindo tão quente que em um impulso enrosquei meus dedos em seu cabelo o puxando pra mim.

Cobra apalpou a minha bunda e com um impulso me segurou no colo me prensando na parede, senti seu membro endurecer embaixo de mim  e dei um gemido baixinho, seus lábios deslizaram para o meu pescoço e fechei os olhos quando senti ele chupar o local e apertar minha bunda com força.

Eu realmente podia me deixar levar, mas esse era um passo que eu ainda não tava pronta para dar, não agora.

Bia: Cobra-falei baixinho em seu ouvido e ele parou no mesmo minuto encarando meus olhos 

Cobra: Eu sei, linda-ele me ajudou a descer e deu um selinho suave em meus lábios-Não quero te forçar a nada

Bia: Você não está-garanti ajeitando minha blusa-Eu só preciso de tempo

Cobra: Todo tempo que você quiser-falou olhando para a minha boca

Fiquei na ponta do pé e dei um selinho em sua boca que acabou virando um beijo, nossa química era insuportável de boa e em poucos segundos já estava sendo prensada na parede novamente.

Piloto: Côe Patrão, tô entrando-escutei a voz do meu irmão e dei um pulo me afastando rapidamente 

Bia: Ai meu Deus

Cobra: Relaxa-ele acariciou minha bochecha-Vou tomar banho e ir pra boca com ele, espera aqui

Acenei me ajeitando e ele roubou mais um beijo antes de gritar alguma coisa para o meu irmão.

Bia: Vai logo-dei risada e ele saiu fechando a porta.

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Não postei ontem pq precisava descansar a mente, mas hoje trouxe capítulo novinho pra vocês!





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