Bia
Eu não conseguia parar de sorrir.
Desde ontem quando tudo aconteceu e ele me trouxe pra casa depois da gente comer pizza, parecia que alguma coisa tinha mudado, eu me sentia viva, feliz e tão extasiada com tudo isso que nem mesmo o trabalho cansativo me estressou.
Rayane: Sua pele tá até mais bonita-comentou debruçada no balcão depois de ver uma marca roxa no meu pescoço quando abaixei a gola da blusa sem querer-Usaram camisinha?
Bia: Ai meu Deus-dei uma risada nervosa sentindo meu rosto corar
Rayane: Ué gata-ela rodou o gargalo da cerveja com o dedo enquanto ria-Acho que gravidez é a última coisa que vocês querem agora
E era verdade, não conseguira nem imaginar o que iria acontecer comigo se eu engravidasse, eu nem mesmo sabia o que nós dois tínhamos para começo de conversa.
Bia: Usamos camisinha-confirmei e ela deu um gitinho atraindo a atenção dos outros clientes
Rayane: Eu sabia, me conta tudo-pediu animada e eu peguei uma cerveja colocando na bandeja
Quando abri minha boca pra falar a Karina apareceu na rua do bar acompanhada de mais uma amiga loira, seus olhos foram imediatamente para a mesa onde o Cobra estava e meu estômago revirou quando ela foi em direção a cadeira vaga ao seu lado.
Rayane: Essa mona tá me estressando-falou irritada e se levantou do banquinho-Já volto
Rayane praticamente correu até a mesa onde ele sempre ficava e sentou do lado do Cobra dando um sorriso amarelo para Karina que bufou e cruzou os braços indo se sentar do outro lado da mesa, Rayane deu um piscadinha pra mim e eu dei uma risada me virando de costas indo pegar a cerveja que um outro cliente pediu.
Como hoje a Duda tava de folga, era somente eu o seu Luís que estavámos atendendo, que por sorte foi quem atendeu a Karina.Confesso que a presença dela me incomodou mais do que devia, principalmente por saber que eles já tinham sido casados por anos e que ela não tinha superado o final do relacionamento.
Será que tinha alguma chance deles voltarem a se relacionar?, será que ainda tinha algum sentimento entre eles?, essas perguntas rondaram na minha mente com tanta força que eu precisei pedir um intervalo para o seu Luís e respirar um ar puro.
Luís: Dez minutos Bia-avisou batendo no relógio e eu deixei minha comanda no balcão
Entrei pela cozinha e sai na rua de trás onde tinha uma pracinha abandonada que o mato era alto e não tinha quase nenhuma iluminação, sentei em uma das mesas cinzas que não estavam quebradas e apoiei minha cabeça em uma das mãos enquanto observava a vista daqui de cima.Como o bar ficava em uma parte mais alta, eu conseguia ver algumas casinhas que ficavam mais embaixo e uma ruazinha estreita onde algumas motos passavam, diferente das ruas principais aqui era calmo e sossegado, até mesmo os maconheiros vinham poucas vezes para cá fumar.
As cenas da noite passada rodaram em minha mente, ainda conseguia sentir sua barba por fazer roçando meu pescoço e suas mãos firmes me apertando enquanto seu pau batia fundo dentro de mim.Eu já tinha me tocado algumas vezes por curiosidade, mas nunca tinha sido desse jeito, foi como explodir em milhões de pedacinhos ao mesmo tempo.
Eu sabia que estava trilhando um caminho perigoso me deixando levar, eu me sentia tão viva estando com ele que esquecia tudo ao meu redor, era como um vicío, cada vez que eu tinha uma nova sensação ao seu lado, eu queria mais, mais do seu toque, mais da sua boca e mais dele.
E isso era perigoso.
Cobra não era meu.
Nunca seria.
***
Cheguei em casa por volta das duas da manhã, meus pés estavam doloridos devido ao sapato apertado e por ter que subir e descer do estoque várias vezes, entrei direto para o banheiro tomando um banho quente que relaxou todo meu corpo dolorido.Me enrolei na toalha zonza de sono e fui direto para o quarto, por sorte eu já tinha comido um salgado mais cedo e não estava com fome.Bocejei sentindo meus olhos pesados e quase infartei ali mesmo quando vi o Cobra deitado na minha cama mexendo no celular, arregalei os olhos e olhei para sala tendo a certeza que meus pais não estavam por ali, tranquei a porta e fui até ele.
Bia: Tá fazendo o que aqui?-perguntei preocupada e ele me puxou para cima dele
Cobra: Vim de te ver po
Bia: E se alguém te viu entrar aqui?
Cobra: Fica tranquila que eu mandei os menor fechar a rua-sua mão desceu para minha bunda onde ele deu um aperto firme
Bia: É arriscado-murmurei enquanto seus beijos desciam para o meu pescoço em um ponto sensível
Cobra: É só ficar quietinha
Sua mão desfez o nó da minha toalha fazendo com que ela caísse no chão, Cobra passou o olho devagar pelo meu corpo explorando cada canto dele, principalmente suas marcas que ele fez questão de espalhar.
Bia: Cobra-resmunguei zonza pelo seu toque no meu clitóris
Cobra: Consegue gozar pra mim sem fazer barulho?-perguntou beslicando um dos meus seios eriçados
Bia: N-não sei
Cobra: Eu espero que sim, do contrário vamos acordar a casa toda-ele deu um sorrisinho de lado enquanto me virava na cama virando por cima de mim-Quietinha
E assim como na primeira vez eu me perdi novamente em seus braços, me deixando levar por todas aquelas sensações que reviraram o meu estômago e que a cada dia me pedia por mais.
Cobra era meu vício, e mais tarde, a minha destruição.
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Vícios e Obsessões {PAUSADO}
Genç Kurgu📍Rocinha-RJ|+18 "Eu sou seu anjo, seu demônio Cê é meu pesadelo, é meu sonho Ela me balança tipo o mar Se sumir vou sentir falta, ela é tipo o ar"