06 | return to neverland

9.6K 714 415
                                    

- Qual arma quer hoje, linda?

- O machado, por favor. - Ela escolheu a dedo, sorrindo quando fazia.

Eu entreguei em suas mãos, meu olhar demorando em seu sorriso malicioso e aos mesmo tempo inocente.

Pelos Deuses.

Ela colocou o machado pesado sobre seu ombro, gargalhando caminhando até as cobaias que gritavam no fim do corredor. Ela parou na linha vermelha do chão, esperando ordens minha.

- Está pronta?

- O que você acha? - Ela devolveu a pergunta, se virando para mim com seus olhos verdes imprudentes e ousados.

- Acho que você está perfeita.

- Disso eu sei, docinho. - Ela piscou para mim.

Ela é totalmente maluca. Eu sou tão apaixonado por você.

Eu me aproximei dela, a virando de costas e vendando seus olhos com uma fita vermelha, amarrando em cabelo ruivo.

Eu sussurrei em seu ouvido.

- Quero que acerte eles apenas quando sentir o calor deles perto de você, como uma pinhata. Estarei avaliando sua coordenação motora, saiba disso.

- O que é uma pinhata, Chris-Chris? - Ela virou se rosto, interessada naquela palavra engraçada.

- É uma caixa flutuante cheia de doces. A pessoa te venda, te dá um taco e você tem que tentar acertar até os doces caírem.

- Eu adorei isso! Posso ter uma pinhata? - Seus olhos brilharam significativamente. Eu concordei, votando sei rosto para frente.

- Você pode ter tudo que quiser. Agora vá, apenas comece quando a sirene tocar.

Eu concorda, dando passos hesitantes e frágeis para longe de mim e se acostumando em ter seus olhos bonitos vendados.

Eu saí daquela sala, me posicionando em frente aos computadores para a monitorar. Eu faço isso todos os dias, e todos os dias, fico mais orgulhoso dela. Eu sempre soube que minha mulher não era fraca, mas ver ela se tornando algo maior, algo tão poderoso, me enche de orgulho.

Eu concordei quando o segurança perguntou se poderia soltar a sirena. Sendo assim, a sirene começou a soar.

Natália deu alguns passos vacilando, testando o machado em seus mãos. Ela se aproximou do primeiro homem amarrado a cadeira, que tentava fielmente ficar em silêncio para não morrer, mesmo tremendo e chorando em silêncio. Ela parou ao lado dele, escutou sua respiração e o machado voou na cabeça dele como um vento cortante.

Sua cabeça rolou no chão, as lágrimas ficaram congeladas.

Menos um.

Eu anotei isso no meu caderno, escrevi todo seu desempenho e quão maravilhosa ela foi.

Ela andava pelas pessoas presas nas cadeiras, matava algumas quando tropeçava nelas acidentalmente, outras ela escutava pela respiração ou pelo choro, já que sua audição era mais aguçada. Eu observei sua roupa branca ficar banhada e manchada no sangue das cobaias, vi seu rosto limpo e puro se tornar no mais puro terror.

Minha Deusa.

Se passaram quinze minutos, restando apenas uma mulher na cadeira de trás. Pelo visto, ela não aguento a pressão e num momento de surto, começou a gritar por socorro em meio ao pânico.

Não deu tempo dela gritar novamente antes do machado partir seu crânio ao meio.

Meu sorriso fica enorme e aperto o botão do microfone, minha voz soando na sala de treinamento, chegando aos ouvidos de minha mulher.

IRON HEART | 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora