20 | Madness Persues You.

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CHRISTOPHER KARLOE.

––——— CAPÍTULO VINTE ––———

A loucura te persegue.

Os sábios dizem que quanto maior a dor, menor a coragem. Se você não fugiu enquanto pode, isso não te faz forte, te faz burro.

E os outros sábios contradizem dizendo que, se você enfrentou seus medos e carrega uma cicatriz em suas mãos, como uma marca de vitória, isso te faz forte pelo simples fato de que você sobreviveu.

Acredito que ambos estão certos, mas possuem uma visão distinta do mundo. Cada um aprendeu com suas vivências. Cada ser humano enxerga o mundo com seus próprios olhos, não podemos os culpar por isso. Podemos apenas aprender.

E podemos apenas viver.

Essa palavra é a mais sagrada para mim. E amor também.

Sem amor não há vida, e sem vida, nunca existiu amor.

Alguns se perguntam se eu fui para o inferno ou para o paraíso, mas todos afirmam que eu estou morto e isso talvez seja um alívio para muitos. Talvez não, isso é alívio. Não posso contestar os fatos e eu nunca fui um homem de arranjar briga por pouca coisa.

Minha morte é um alívio, é uma justiça feita pelas próprias mãos. Agora, a população do mundo todo pode descansar e relaxar em paz, pois não vai ter mais um ladrão de corpos vagando por aí, ameaçando a todos.

É engraçado estar morto para todos. É engraçado ser um fantasma que vaga pela Terra e ser considerado um ser sem vida. É como se eu fosse invisível.

Eu morri, não morri?

Não, não morri.

Isso é piada.

A coisa que eu mais tenho trabalho nos últimos anos é como reverter a morte, trabalho dia a noite por isso, crio máquinas, fórmulas e estudo o tempo todo para não perder uma vida.

Eu não poderia morrer tão fácil. Eu não me deixaria ir de uma forma tão patética.

Um tiro no coração pode ser fatal, é verdade, mas ele só te mata se você permitir dizer adeus.

E eu não permiti.

Eu não me permiti morrer tão fácil assim, não lutei esses anos todos atoa para morrer com tiro de espingarda, dado por um fazendeiro agressivo, bem na frente do meu filho.

Não.

Não me lembro de tudo, mas me lembro de correr. Corri o mais rápido que pude. Corri pela minha vida, especialmente, porque sem vida, não poderia ajudar ninguém.

Então, eu me salvei para salvar os outros. Lembro de correr pelos gramados verdes das outras fazendas, ignorando a dor do meu peito. Lembro de o fazendeiro atirar outras vezes, lembro do barulho do carro da polícia, me lembro perfeitamente do som do helicóptero sobrevoar aquela região.

IRON HEART | 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora