19 | I think this is the end.

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A morte não é dormir para sempre. A morte não é ter seu coração parado.

A morte, na verdade, é ser esquecido.

















































































–– CAPÍTULO DEZENOVE ––

NATÁLIA VENERA.

Os sábios dizem que o amor é intuitivo.

O amor muda mentes, muda corações vazios, muda pensamentos. Tudo deixa de ser puro e se torna complicado quando colocamos o amor em cima dos nossos sentimentos. O amor, em partes, é complicado demais. E é intuitivo.

Não desligamos a mente e nem o coração quando pensamos em alguém. Quando você ama alguém, você sempre sabe quando existe algo errado. É intuitivo.

É perceptível.

Tem algo errado. Eu sei que tem.

Faz duas horas que Christopher saiu pela porta do trailer levando nosso filho e não voltou mais. Ele levou um pedaço meu comigo, em sua mão e em seu coração, e eu não consigo desligar minha mente até ele entrar por essa porta.

Eu já deveria estar atrás deles, mas meu coração não deixava. Eu estava com medo. Meus joelhos estavam bambos, e minhas mãos tremiam como bambus no meio da floresta.

Os minutos se passam nos ponteiros de relógio, parece cada vez mais devagar, como se o tempo não quisesse continuar. O tempo estava se prolongando e eles não chegavam nunca.

Tinha algo errado.

E naquele segundo, eu sabia que tinha que fazer alguma coisa, mesmo não querendo pensar no pior.

Mesmo com as pernas tremendo, eu me levantei do sofá com rapidez, certa de que iria sair por aquela porta e voltaria com os dois para casa.

Até que o telefone do Chris tocou.

Em cima do balcão, o barulho do celular fez um calafrio se passar pela minha espinha e me congelar no lugar. Eu não queria atender.

Eu não devia ter que atender.

Engolindo o seco, eu estendi minha mão e segurei o celular, o levando até o ouvido.

– Alô? É você?

Natália?

Não foi a voz de Chris que eu escutei. Isso fez com que minha respiração acelerasse dias vezes mais. Tem algo errado. Eu sei que tem.

Me inclinei no balcão e respirei fundo, tentando não morrer.

– É ela...

Onde você está? Você assistiu aos jornais? Onde você está? – A voz estava aflita, nervosa.

Eu não entendia a preocupação de um estranho.

– Quem está falando?

– É o Alex, Nat. Sou eu. Você está bem? Viu os canais de televisão? Onde você está?

Foi assim que soube que tinha algo errado.

Alex jamais me ligaria se tivesse uma boa notícia a contar. Ele sabia que eu estava viva e não me ligou em nenhuma momento.

IRON HEART | 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora