09 | troubled minds pt 2.

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O lado ruim da tristeza é que ela vicia

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O lado ruim da tristeza é que ela vicia. E quando você fica feliz, fica triste por estar feliz.

















NATÁLIA VENERA.

Quando eu voltei para aquele quarto depois da conversa intensa e reveladora com Zeus, eu fiquei assustada.

Estava quebrada, estava... Indignada. Minha cabeça estava quente, meu coração gelado como gelo frio.

Aquilo não podia ser verdade.

Pela primeira vez na vida, eu senti medo de Chris. Medo do que ele pode fazer. Medo do que ele me esconde.

Medo do que ele quer fazer comigo.

Duvidar do seu amor por mim é algo que eu jamais faria. Não duvido de seus carinhos, nem de suas promessas para um futuro comigo.

Mas, eu duvido até que ponto ele iria para alcançar o que deseja.

Eu o começo. Eu o enxerguei nesse ano que passamos junto. Escutei suas risadas, ouvi seus desejos e sonhos e ele nunca ousou me dizer nada disso. Ele me conhece o bastante para saber que eu jamais o apoiaria nosso.

O que ele quer fazer é desumano. É horrível e nojento... E só por cima do meu cadáver ele vai fazer isso.

- Christopher, a gente precisa conversar, agora. - Eu bato a porta do quarto e fico para em pé, de frente para ele que lê na cama.

Ele me encara em questionamento, por cima de seus óculos de grau. Ele fica tão lindo neles, tão inteligente. Pena que esse é um momento de briga e não de sexo entre nós dois. Bem que poderia, seria muito melhor do que uma briga.

Ele parece notar o quão nervosa estou. Ele sempre nota. Seu olhar me diz tudo.

- O que eu fiz? - Ele pergunta, parecendo preocupado.

- Que porra você anda fazendo? - Eu vou direto ao ponto, cruzando os braços quando começo a andar pelo quarto, contando até quarenta nas batidas do meu coração.

Quando ele percebe a seriedade em meu rosto e voz, ele larga o livro de lado e me olha com mais curiosidade. Ele parece realmente não entender minha pergunta.

Em nossas brigas, sempre acaba eu agredindo ele com algum móvel e ele sempre calmo. Isso que me irrita. Sua passividade. Eu quero que ele grite comigo, que discuta.

- Como assim? - Ele questiona, cruzando os braços em seu peito nu.

- Você tentou roubar o corpo de sua mãe? - Assim que as palavras escapam de minha boca, seu olhar muda totalmente.

Um olhar de curiosidade e confusão, muda para um olhar vazio e receoso.

Ele se cala totalmente. Eu fico ainda mais nervosa que paro de andar no meio daquele grande quarto e o encaro.

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