13 | sky fall.

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Eu ia matar a Natália.

Ela se esquecia que há uma semana atrás, ela estava sendo mantida em um cativeiro, longe de mim e sendo torturada. Ela ignora a dor que sente em suas veias, esquecia muito rápido seus machucados e agia como se nunca tivesse ralado seu joelho.

Ela era forte até demais.

Natália gostava de fingir que não sentia dor quando era isso que ela mais sentia dentro dela.

Sua vida foi construída na dor e na loucura.

Eu me perguntava o que se passava na cabeça dela, se ela apenas fingia que não sentia dor ou se realmente não doía.

Ela apenas ignora a dor que carregava em sua mente para seguir em frente, mesmo com sua mente para trás. Ela só queria ser normal, ser como todos os outros. Mas ela não era normal, e nunca seria.

- Onde Natália está? - Eu pergunto mostrando toda a irritação na minha voz.

Aquilo era uma palhaçada.

Robert, que me seguia enquanto ria de mim, disse:

- Ela estava dando fuga da polícia, pode estar em qualquer lugar! - Ele me responde, parando ao meu lado. - Eu acho que deveríamos deixar elas se ferrarem e irmos beber. Vamos aproveitar que estamos na cidade, irmãos! Faz tempo que não temos um momento juntos assim.

Aquilo era realmente era uma palhaçada.

- Robert, está falando sério? - Eu pergunto, as sobrancelhas erguidas em indignação. Seu olhar é óbvio para mim

- Claro! Elas sabiam no que estavam se metendo quando decidiram fugir. Elas têm que lidar com as consequências! - Seus ombros se erguem, sua expressão é de total desdém.

- Eu vou buscar a minha mulher e depois vou matar ela. - Eu deixo minha voz firme, o dedo em riste quando falo para os meninos. Me arrependo imediatamente quando digo aquilo. - Deixa eu corrigir: eu não vou matar ela, mas vou brigar feio com ela!

A risada deles soa, quando eu entro no carro novamente com a ideia preparada em minha mente: buscar as meninas e irmos para casa.

- Como se brigar com ela fosse adiantar de algo... - A voz desdenhosa é de Robert, que me olha com um beiço em seus lábios. - Você não sabe controlar sua mulher, não é mesmo maninho?

Eu deixo um suspiro escapar quando meus olhos se reviram. Todos começam a entrar no carro e a colocar seus cintos.

- Natália não é uma mulher que pode ser controlada por ninguém. - Eu digo, olhando bem nos seus olhos. Ele, maduro como sempre, mostra a língua para mim. - Fique quieto e coloque o cinto.

- Sim, papai! - Eu reviro meus olhos novamente. Minhas mãos apertam o volante, eu ligo o carro pelo botão e passo meu cinto no meu corpo. Segurança em primeiro lugar.

Oliver parece animado, com um sorriso esticando seus lábios e seus olhos brilhando grande parte do tempo. Apolo, mesmo que tranquilo, parece ficar preocupado.

Faz anos que não vamos para cidade. Todos temos os mesmos receios, mas também, a mesma animação em fazermos algo juntos.

- Quem está pronto para tirar as mulheres da cadeia? - Robert grita eufórico, erguendo seus dois braços para cima. - Eu estou! E estou mais que pronto para tirar foto delas com a plaquinha. Será meu plano de fundo na tela de bloqueio.

Sua fala faz Oliver rir, os olhos verdes brilhando quando ele gargalha alto no banco de trás. Apolo se limita em soltar uma risada.

- Robert? - Eu o chamo, impaciente.

IRON HEART | 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora