Estive pensando a respeito do meu aprendizado, embora eu já falasse como eles, e até mesmo conseguisse conversar em nórdico antigo muitas das coisas as vezes eu não entendia e por isso me perdia nas palavras tendo que fazer uma rápida interpretação, principalmente naqueles que falavam com extrema sagacidade e rapidez. Isso me fez lembrar a primeira vez na qual viajei para o Brasil, embora meu pai não gostasse devo admitir que fomos diversas vezes, e eu treinava meu português com minha mãe antes de ir, se eu ainda não soubesse a complexidade do nórdico de longe essa língua era menos difícil que o português que até hoje pouco entendo. Outra tarefa mais difícil do que aprender outros idiomas era fazer o uso do Arco-e-Flecha, isso me fez pensar que talvez Einar tivesse razão a respeito, eu podia ser medianamente bom com os machados, com a espadas ou lança, mas não era bom com Arco e flecha, mesmo que não fossem tão utilizados assim, mas presumo desde já que nem todos devam ser bons com todas as armas e esse pensamento foi o único que me fizera me conformar.
A neve havia caído durante a noite toda e Rolfsten estava coberta de uma camada fina de branco, logo pela manhã, ao nascer do sol, os barcos haviam zarpados do porto rumo a inserção.
Nina me vigiava ao longe, sentada em uma pedra costurando, enquanto a pequena Sigrid filha de Einar estava adormecida em um cesto de fibras recheada de cobertas e peles quentinha, enquanto eu após tentativas fracassadas em caçar um esquilo corria atrás do mesmo pelo campo brevemente pastoril, logo com o inverno rigoroso sumiram quase todos os bichos, até finalmente desisti voltando até Nina carregando um semblante frustrado em meu rosto. Joguei o arco e as flechas no chão me sentando ao seu lado no chão gelado.— Realmente Einar tinha razão, eu não estou preparado, mal consigo fazer uma tarefa simples como caçar, atirar em alvos em movimento é mais difícil. — Falei me afogando na minha angústia. — Não vou conseguir peles para Ana e ela ficará angustiada.
— Eu acho que ela não ficara angustiada, e também acho que ela não precisa de pele alguma.
— Como não? — disse eu espiando a pequena criança adormecida que suava entre os fios dos cabelos ruivos avermelhados, puxei uma das cobertas a fim de fazê-la tomar uma brisa refrescante.
Pelo menos ela está bem aquecida, pensei.
— Ela é a mesma Ana de sempre não gosta de ver ninguém se sentindo inútil, talvez ela só não quisesse que se sentisse inútil.
— Ah — lancei um punhado de neve para o ar — Ajudou muito Ana — Reclamei. — acha que ela encontrará Will?
— Espero que sim, afinal acho uma loucura ela ajudar em inserções sem ter tido uma pista de Will, esquecemos de perguntar isso a ela. E acho bem-feito que Einar tenha lhe vetado, estão colocando suas vidas em risco a troco de quê?
— Somos como eles. — Dei os ombros
— Não, não somos.
— Como vai dizer isso ao seu filho? — respondi e ela me lançou um olhar pensativo — Para eles é um orgulho, são rústicos, bárbaros e é isso, matar ou morrer lutando. Como vai criar seu filho aqui?
Por um momento foi como se ela tivesse se esquecido de sua gravidez e se lembrado após eu indagar.
— Penso nisso, você realmente não acha que matar ou morrer lutando é exagerado de mais?
— Nãããão, eu acho que gosto desse novo mundo. — Respondi — Digo, é como viver no inicio de tudo, eu acho que realmente tenho gostado dos cultos aos deuses, e posso sentir em meu coração os mesmos como Freyja todas as sextas, ou Thor nos relâmpagos e trovejos.
Ela riu, eu estava caçoando.
— Você está perdendo a sanidade. — Respondeu empurrando minha cabeça.
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Einar - Amar, Sangrar E Matar
Ficção Histórica🔞🔞 historia com conteudo +18 Um grupo de jovens do seculo 21 após uma missão historica regressam misteriosamente para o seculo 11, e se deparam em um ambiente cheio de selvageria e agora devem se adaptar a aquele mundo. ...