Parte 11 - Yule

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Einar está sentado encostado no tronco do enorme pinheiro da qual pouco minutos havia usado de poio para transar com ele, eu estou em seus braços, com a cabeça em seu peito. Forramos o chão nevado com sua capa e as nossas camisas de lã para evitar o contato direto com a neve mesmo que não provasse o fato de estar gelado. Intimamente estamos trocando carinho, sua mão quente está em minha cintura acariciando a mesma de maneira leve por debaixo da minha camisa, sinto o cheiro de sua pele que cheira a essência de Cravo e Tomelos além do cheiro pufoso do linho cru de sua camisa na qual eu estou enroscando o dedo em um fiozinho de costura solto na gola larga da mesma.
Há um silêncio na qual só é possível escutar os animais, os pássaros, os galhos das árvores se remexendo com o vento sutil.

— Não imaginei que fosse assim...

— Foi tão ruim assim? — indaguei com medo da resposta.

— Claro que não, foi incrível, você foi feito pelos deuses e para mim. — respondeu — Já me descansei com outros homens, mas nenhum deles se é tão limpos — riu — e tem a bunda tão bonita quanto a sua.

Senti a pele avermelhar-se.

— Mesmo?

— Uhum, você tem o traseiro redondinho, grande, e... — Ele desceu a mão tocando a minha bunda deu uma apertada sutil — Durinha

Eu ri e dei um tapa em seu peito.
Ele riu também.

— Perfeita para mim, e você nem reclamou como muitos — ele disse exibindo ter uma seria experiência.

— Com quantos homens já se deitou?

— O suficiente até achar você. — disse ele

Eu sorri de modo lisonjeiro, então virei a cabeça a erguendo o olhando e ele me olhou de volta com aquele olhar orgulhoso. Parecia estar olhando um pote ouro. Dei um beijo em seus lábios macios e voltei a repousar a cabeça nele de olhos fechados.

— Passarinho, acredito que eu não tenha tem explorado como devia, você se importaria se... Se fizéssemos de novo? — perguntou ele após uns minutos silenciosos.

— Não, eu não me importaria, mas é que... Estou com um pouco de frio, seria melhor se fizéssemos em um lugar aconchegante, mais tarde talvez, o que acha?

— Gosto de como você é decidido, por mim tudo bem. Está com frio?

— E fome.

— Então vamos retornar a vila o que acha? Deve ter sobrado muita comida de ontem no grande salão, lá estará abrigado do frio.

— Não, eu preciso ir para casa.

Confesso que eu sabia o que aconteceria se eu fosse com Einar para o grande salão, e eu não queria aquilo de novo, quer dizer queria mas precisava de um tempo e não que o sexo tivesse sido ruim mas eu tinha de me recompor, eu me sentia levemente violado, como se estivesse aberto nas entrelinhas mesmo que não estivesse, Einar havia literalmente me arrebentado, me aberto de uma forma boa e me explorado de uma forma ainda melhor e por mais que eu quisesse mais eu queria também um banho queria me recompor da dor sutil que eu sentia na traseira, então talvez mais tarde eu estivesse mais tranquilo para um reprise.
Einar ameaçou se levantar, mas eu prontamente me levantei primeiro, vestimos nossas roupas e em passos lentos retornamos silenciosamente à Rolfsten.

— Acha que ele conseguiu o javali?

— Kalef é obstinado e determinado, certamente conseguiu, ele quer provar a Nina que é bom caçador, pode sustentar uma família, quer que eu prove a você algo?

— Não

— Imaginei que sua resposta seria essa — ele sorriu.

— Você já provou muita coisa para mim — falei baixinho e peguei um galho de árvore qualquer na mão batendo nas moitas de maneira aleatória derrubando os montantes de neve.

Einar - Amar, Sangrar E MatarOnde histórias criam vida. Descubra agora