Quando desperto, não me encontrava mais em um mundo do passado e sim de volta ao meu mundo, dentro do meu quarto. Não na minha casa, mas na casa de meus pais, as vezes nas férias eu costumava ficar com eles então eu tinha meu próprio quarto na casa que eu mesma dera a eles de presente. Foi a minha maior conquista depois de me formar em estudos de Aerodinâmica Espacial.
Tudo permanecia igual, a cor branca e gelada da parede.
Me levanto quase que num esforço danado, por quanto tempo será que fiquei deitado? Talvez em coma? Escutava ao longe a voz de minha mãe. Parecia ser um pouco alterada... tudo não passou de um sonho?Fora do quarto uma passadeira cor de rosa seguia pelo corredor até a escada, lembro-me dela, sempre impecável e limpa, minha mãe odiava quando entrava nos em casa com sapatos sujos e sujávamos a passadeira.
A escada larga e de madeira no fim do corredor, e abaixo a sala. Quanta saudade eu senti de casa, dos quadros na parede, da claridade que o sol proporcionava aquele local todas as manhãs.Minha mãe está brigando com meu pai, parada em pé enquanto ele lê um jornal, mas ela está diferente, - grávida, talvez fosse a surpresa que eu iria receber ao voltar, um irmão, sua barriga está maior que a de Nina, mas sua expressão não é boa, parece amargurada mente triste.
Na televisão um noticiário, ou documentário relativo o desaparecimento de uma sonda que retornava a terra, um foguete voyeur 1467 e toda sua tripulação há 6 meses.
— Mãe? — chamei
Mas ela não me escutava, e também não me via, era como se eu fosse um fantasma.
— Não, não, não, não.... — falei notando minha mão se deteriorar.
Virando fragmentos, poeira cor púrpura no ar.
— Não, mãe! Pai! — gritei
Dei um sobressalto, um solavanco, e quase fui do colo de Einar ao chão, ele rapidamente se prontificou em me colocar de pé, estávamos no meio da mata, num caminho terroso, notei logo atrás um pouco ao longe a cabana da velha, estava atônito, mas rapidamente retomei a consciência.
— Temos que voltar lá — falei indo em direção.
Einar me içou pelo braço.
— Não, não podemos, vamos acabar zangando os deuses pelas suas dádivas, além do mais Frigg disse que irá cuidar de sua mãe agora, ela está cansada de mais para esse tipo de trabalho, suas visões estão mais difíceis.
— Eu não me importo, temos de voltar eu ainda não acabei... — Einar continuava segurando meu braço.
— O que vai fazer, obrigá-la? — ele falou firmemente.
Engoli seco.
Murchei os ombros e a coragem se foi.— Não funciona assim Zach, os deuses ficariam bravos por exaurir a vidente, além do mais ela não está mais apta hoje.
Meus olhos inundaram-se, tentei conter as lágrimas fechando os mesmos, mas fechar os olhos foi como rever minha mãe em minha mente, fui tomado por um sentimento afogueado no peito de desespero, não consegui conter mesmo não querendo chorar na frente de Einar, me apoiei em uma árvore após me afastar um pouco dele, parecia-se sem força.
— Afkárr, o que houve? — perguntou — O Pó púrpura lhe revelou algo? A Völva lhe revelou algo? O que lhe aflige?
Neguei com a cabeça o olhando e ele se aproximou cautelosamente de mim.
— Seu reino no futuro está em perigo? — insistiu
Neguei com a cabeça.
— Podemos subir aos montes, ir até o salão de Odim e fazer algum sacrifício para amenizar a sua dor. A distração é sempre uma boa solução.
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Einar - Amar, Sangrar E Matar
Ficción histórica🔞🔞 historia com conteudo +18 Um grupo de jovens do seculo 21 após uma missão historica regressam misteriosamente para o seculo 11, e se deparam em um ambiente cheio de selvageria e agora devem se adaptar a aquele mundo. ...