My killer lover - Jeff the Killer

Capítulo 5.

-Jeff... Eu tenho...- quase cometo o erro de falar que tenho uma irmã - uma vida lá fora.

-Lilian - ele estava se viciando no meu nome - Fique aqui, você vai ser mais útil aqui do que naquela sua vida deplorável - como se essa vida que ele leva não fosse deplorável.

Virei o rosto, atordoada por pensamentos.

-Você vai ficar comigo, você vai me ter como o monstro que te assombra, eu vou ser seu pesadelo, Lilian.

-Você é maluco - eu quem devo estar ficando maluca por falar isso para um homem que é realmente um maluco.

-E você está presa aqui com o maluco, quem está numa situação pior?

Ele encarava o fundo dos meus olhos e eu não desviava olhar, percebi o quão negra é a cor dos olhos dele. Nós dois nos desafiando com o olhar, e é óbvio que ele tinha vantagem contra mim. Mas ele desviou primeiro, largou a faca que ele estava segurando no descanso de braço da poltrona e esticou-se preguiçoso.

-Por que você não me confirma umas coisinhas? - ele disse com um sorriso presunçoso, eu o encarei com raiva, em pé na sua frente.

-Esse Josh...- ele zombou - É um babacão né? - ele ouviu tudo naquele dia.

Ele estava esperando minha confirmação mas eu fiquei calada, sua expressão se tornou raivosa.

-Né? - ele estava com raiva.

-Sim.

-Seu namorado?

-Sim.

-Hm, vocês brigaram, não foi? -ele disse com o mesmo tom provocador daquela vez que ele me seguiu, ele estava comigo o caminho inteiro.

-Eu acredito que você não queira saber de uma besteira como essa.

-Se eu estou perguntando..Então eu quero saber. - ele está brincando meu psicológico.

-Não, não brigamos.

-Lilian... Lilian... - ele encostou no meu braço - Nem você acredita nas suas próprias palavras.

Hesitei antes de falar.

-Ele é... Um cara complicado...

-Hm, que vago, esse cara é muito chato, vamos falar de alguém mais interessante - ele se divertia com a raiva que eu estava emanando e fingiu ser difícil pensar em alguém.

-Sua mãe! -ele falou sorrindo daquele jeito..estranho.

-Alcoólatra. Ela não é importante - minha mãe desistiu da vida dela, desistiu de mim, por conta da bebida... Eu jamais iria esquecer isso.

-Estou adorando saber mais sobre você Lilian - ele levantou, chegou perto e acariciou meu rosto.

-Mas essas pessoas são tão chatas e ruins, vamos falar de alguém mais legal. Eu até trouxe uma coisa para você.

Ele saiu da sala, me deixando sozinha, entrou no outro quarto próximo ao meu e voltou segurando uma mochila. A minha mochila.

-Estudante de enfermagem né, que legal - permaneci imóvel porque eu sabia que ele estava me testando, o olhei com raiva enquanto ele sorria debochadamente na minha cara. Ele puxou meu celular lá de dentro -Olha esse "Josh" está ligando para você desde que você chegou, será que devemos retornar?

Não respondi.

Jeff apertou nas mensagens minhas com o Josh... nossa última conversa foi uma outra briga. Jeff começou a digitar no meu celular, estava mandando mensagem para Josh então me apavorei...

Ele mostrou para mim a mensagem com um sorriso quase infantil. "Ela é minha agora". Eu encarava quase perdendo a sanidade... Josh já havia visualizado mas Jeff não deu tempo para ele responder.

Eu já não conseguia mais ler suas expressões quando ele jogou meu celular no chão e tirou uma foto de dentro dela. Minha irmã.

-E essa garotinha? Ela é tão diferente de você -
puxei a foto da mão dele.

-Não mexa nisso.

Ele jogou minha mochila longe e apertou meu rosto com força.

-Não me diga o que fazer.

A faca. A faca estava ali bobeando, eu conseguia pegar disfarçadamente se quisesse... Não, eu PRECISO pegar disfarçadamente.

Jeff desviou sua atenção de mim e se virou para o noticiário na Tv que estava ligada, agora anunciando meu nome como desaparecida. Esse desvio me permitiu pegar a faca sem me movimentar muito e o esfaqueei na barriga, ele cambaleou para trás num urro, me soltando e pondo a mão na barriga que já estava ensanguentada novamente.

Era minha chance, antes que ele me olhasse, abri a porta que estava perto e corri para a floresta, de longe pude ouvir seu riso... Ele estava rindo.

Não olhei para trás, mas percebi que ele não me perseguiu então apenas corri em frente. me adentrando na floresta e torcendo para que eu encontre algumas pessoas, humanas.