Jeff estava bem? Por que tanto carro de polícia? O que estava acontecendo?
...Jeff foi pego?
Desci da moto com rapidez e vi que Liu ficou ao lado dela enquanto eu corria em direção a um policial.
-Opa, opa, opa - ele tentou me barrar - Não pode passar garota, capturamos um serial killer perigosíssimo, iremos lhe acompanhar até sua casa.
-CAPTURARAM? O QUE ACONTECEU?
-Calma moça, sei que está eufórica. Melhor você voltar para sua casa na vila e verificar se está tudo bem com sua família.
-Para onde ele está indo? - encarei o carro que eu sabia que ele estava.
-Será internado e preso, com certeza levará pena de morte por seus crimes - ele sorriu orgulhoso - Ficará tudo bem agora, finalmente a cidade está salva.
O encarei com nojo o policial orgulhoso, e corri de volta para a moto deixando-o falando sozinho. Vi Liu me esperando.
-O que aconteceu?
-Pegaram o Jeff - eu disse subindo na moto e sentindo Liu subir logo em seguida. Acelerei o mais rápido que consegui sem cair.
-Onde ele vai?
-Vou seguir aquele carro - de longe eu via as luzes carro em que Jeff estava.
Estava escuro mas era possível ver a rodovia um pouco adiante e quando o carro da policia entrou nela a situação ficou mais fácil porque eu podia ver claramente agora.
Depois de pouco tempo chegamos em Salem, eu pude ver a situação... corpos cobertos na rua, ambulâncias, paramédicos correndo de um lado para o outro... era o maior caos que já vira. Jeff fez tudo isso, esquartejou essas pessoas.
-Você tem certeza que quer vê-lo depois de ver isso? - disse Liu.
Não respondi a sua pergunta idiota e continuei a acompanhar o carro de longe.
Depois de nos afastarmos da cidade vi um hospital psiquiátrico, o camburão parou na frente e um grupo de mais de 8 policiais ficaram em volta para abrir a porta.
Parei a moto um pouco distante para que não fosse possível me ver. Então acompanhei toda a situação... Jeff foi arrastado do carro até o hospital, ele estava preso com correntes e cordas, sua boca tinha uma mordaça e ele estava completamente ensanguentado... Ver aquilo me encheu de raiva...
-Você não pode ir agora - Liu segurou meu braço e percebi que eu já estava levantando e indo em direção à entrada.
-Tem razão... - suspirei.
-Teremos que esperar até amanhã.
-AMANHÃ? Não da tempo, não sabemos o que vai acontecer com ele, temos que ir agora.
-LILIAN! - ele me segurou pelos ombros - PENSE ANTES DE AGIR!
Sentei no chão segurando a cabeça com as mãos. Precisava pensar. Ouvia Liu tentando falar comigo mas não o escutava... Eu estava pensando... Não podia evitar... O pensamento de que seria melhor deixar Jeff na clínica era ensurdecedor. Jeff é um assassino, matou inúmeras pessoas, esquartejava porque gostava... Eu deveria mesmo salvar alguém como ele?...
Mas... Era Jeff... Ele tinha um lado... Ele só queria atenção eu podia dar o amor que ele queria, ele era uma pessoa. Jeff era um ser humano. Ele precisava de carinho tanto quanto qualquer outra pessoa, eu sentia necessidade de o proteger, mesmo que ele não precisasse. Lembrei das fotos de Jeff pequenininho, ele sofria bullying, ele era uma pessoa ruim... Mas eu gosto dele.
Fiquei sentada atrás de um mato do outro lado da rua, ja haviam passado horas e Liu não me deixava ir, os policiais já tinham saído mas ele dizia que não era seguro, até ele usar o último pingo da minha paciência.
-EU VOU ENTRAR! - ele não me impediu dessa vez. E nem foi comigo... Ele vai mesmo me deixar entrar sozinha? Aparentemente sim.
Atravessei a rua, estava deserta, era um hospital isolado então não tinha nenhum movimento por perto. Entrei facilmente só haviam dois policiais na porta mas não me barraram. A clínica cheirava a medicação, sangue e cloro. Estava quase vazia, por isso tinha um ar meio tenso.
Virei em um corredor, como se conhecesse o lugar, não queria falar com a recepcionista, queria que ela pensasse que eu frequentava aqui ou que algum parente meu estava internado, então entrei com confiança.
-Boa noite, o horário de visita é apenas pela manhã - uma enfermeira que passava me disse.
-Eu só vou pegar umas receitas com a enfermeira do meu pai.
-Ah, tudo bem - ela saiu andando, estava muito cansada não fez nem questão de me perguntar nada.
Os corredores estavam cheios de portas com janelas e eu podia ver leitos onde as pessoas ficavam internadas... Mas nada de Jeff.
Abri uma porta e vi quartos, salas de repouso e não achava Jeff. Até que dei de cara com "Peter"... O que ele estava fazendo aqui?
-Não acredito. Você... - ele começou a falar comigo, merda.
-O que você está fazendo aqui? - perguntei. Ele vestia uma roupa mais formal agora, como se fosse alguém importante, nem parecia que era aquele mesmo barista.
-Eu... Vim investigar o caso de Jeff the killer... Quando eu vi vocês juntos eu pirei. Achei que estivesse morta.
Resolvi fingir. Talvez pudesse me dar uma ajudinha.
-Eu... - comecei a chorar - Não sabia que ele era assim, ele me prometeu tantas coisas - o abracei - Eu não o julgava por sua aparência, achava que ele tinha um bom coração.
Ele acariciou meu cabelo, me confortando.
-Está tudo bem, às vezes as pessoas não são quem pensamos que elas são.
Chorei em seu ombro, consegui chorar muito, acho que estava guardando muita coisa à muito tempo.
-Onde ele está?... - perguntei em meio a soluços.
-Não acho que devo lhe mostrar.
-Apenas para eu ver uma última vez, dizer o quanto eu o odeio - o olhei com os olhos cheio de lágrimas.
-...Rapidinho - ele balançou chaves na minha frente.
Ele me segurou no ombros e caminhamos pelo hospital.
-Dr. Houston...? - um policial passou por nós, ele estranhou que eu estava ali.
-Está tudo bem Sr. Fritz.
E continuamos andando... Prestei atenção em todas as janelas, portas e quartos ao meu redor. Bolava meu plano.
Entramos em um cômodo que parecia uma prisão. Haviam algumas portas com grades em suas janelas... Jeff estava por aqui?
Ele parou em frente à uma das portas, era um quarto de hospital comum.
-É aqui - ele disse.
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My killer lover - Jeff the Killer
Fanfiction‼️Essa fanfic romantiza uma porrada de coisa, inclusive relacionamento abusivo. Eu não recomendo a leitura se você não gostar disso‼️ Lilian era uma garota comum, com a vida complicada, os pais separados e um namorado tóxico... Ela voltava para a ca...