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— o que você está fazendo aqui? — pergunto, fechando a porta atrás de mim

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— o que você está fazendo aqui? — pergunto, fechando a porta atrás de mim.

Sadie dobra o papel em sua mão e ergue o rosto, me dando a visão perfeita de seus olhos azuis.

— quem te mandou isso? — perguntou sem tirar os olhos de mim.

— eu não sei, não tem nome — respondo e ela deixa o papel em cima do criado mudo.

— quem te chama de bonequinha, Amber? — sua voz sai firme enquanto se levanta da cama.

Forço minha memória e meus olhos se arregalam quando lembro de Cole.

— Cole.. — sussurro como se tivesse falando pra mim mesmo. — ele, ele me chamou assim no dia da disputa — falei e ela massageou a nuca.

— viu quem deixou o bilhete? — se vira completamente para mim.

— não, não havia ninguém perto — me distanciei da porta e caminhei até a sacada.  — era você? — olhei para o campus vazio.

— eu? — senti sua o calor de seu corpo quando se aproximou.

— era você que estava parada em frente as portas? — perguntei novamente. Me virei para ela e ela franziu o cenho.

— não. Não sai de seu quarto — respondeu. — o que foi fazer no lago? — perguntou olhando seriamente para mim.

— eu.. o Matteo me chamou — olhei novamente para o campus e o silêncio tomou conta do lugar.

— como pode confiar tanto nele? As pessoas nem sempre são como demonstram, Amber — suas palavras saíram ríspidas.

— eu sei muito bem disso, olha para você — falei em ar de riso. — passou a vida toda implicando comigo, e agora conseguimos ter uma conversa sem brigar.

Sua risada baixa chama minha atenção, olho para ela e ela continua mexendo em seu relógio.

— isso tudo era para chamar sua atenção — confessa, me fazendo ficar surpresa. — odiava quando pediam para a gente brincar juntas e você me ignorava, isso tudo porque eu derrubei seu urso favorito no chão — solto uma risada lembrando perfeitamente desse dia.

Talvez eu fosse chata? Talvez, mas ela era implicante, jogou de propósito.

— depois desse dia eu fiz de tudo para lhe irritar, era a única forma para você falar comigo — desviou o olhar de seu relógio para mim. — você lembra? — perguntou me fazendo franzi o cenho confusa.

— do que? — perguntei em tom baixo.

— do beijo.

Por um momento minha mente viajou até aquele bendito dia.

"— por que você tem que ser assim?! Irritante, chata e tudo mais?! — gritei para a ruiva à minha frente. — olha o que você fez, Sadie! Porra! Você sabe que eu odeio que bagunce minhas coisas! — gritei de novo, cantando as coisas caídas no chão.

𝑷𝑶𝑹 𝑻𝑹𝑨𝑺 𝑫𝑨𝑺 𝑺𝑶𝑴𝑩𝑹𝑨𝑺 | Sadie SinkOnde histórias criam vida. Descubra agora