Cinco anos depois
O céu era cortado por raios, os barulhos altos dos trovões faziam com que luke se escondesse em meus braços. A pequena madelyn soluçava dentro do carrinho.
— pode ir descansar, Maria — falo para mulher parada atrás do carrinho de madelyn. — deixa comigo agora, você já fez muito por mim — sorri, trazendo o carrinho com os pés para mais perto.
— tem certeza? Ela pode acorda-
— pode ir, eu dou conta — insisti.
— tudo bem, qualquer coisa que precisar, a senhora me chama — saiu da minha frente e foi até seu quarto.
Acariciei os pelos de mel e conferi se a menina ainda estava dormindo. Levantei-me do sofá e fui até a cozinha pegar uma pequena mamadeira de água.
Quando voltei para sala, estranhei ver a mulher de cabelos ruivos em pé ao lado do sofá. Olhei para o carrinho de relance e vi que madelyn já não se encontrava mais dentro dele.
— achei que estava resolvendo assuntos sérios — disse, e Sadie nem fez questão de se virar.
Um longo suspiro escapou de meus lábios, há meses parece que tudo desandou.
— por que tirou ela daqui? — pergunto, deixando a mamadeira em cima da mesa do centro.
— vai acorda-la, não posso levá-la se tiver acordada — fala, friamente.
— do que está falando? Levá-la? Endoidou?
— o carro está pronto — o motorista surgiu na porta, com um guarda chuva preto nas mãos.
— adeus, Blossom
Meu corpo travou quando vi ela sair com madelyn no colo. A porta se fechou com força e as tentativas de sair do lugar não funcionava.
Tentei gritar para voltar, mas nada saía de minha boca. Parecia que tudo em volta tinha desmoronado.
Lágrimas quentes dominaram meu rosto. Quando finalmente consegui correr até a porta, a puxei várias vezes, mas ela não abria.
Me debati contra aquela maldita porta até não aguentar mais e minhas pernas vacilarem. Deslizei pela porta até me sentar no chão.
Tudo havia desabado..
— Amber! Acorda! — abri meus olhos, e olhei para os olhos azuis a minha frente ofegante.
Me sentei sobre a cama rapidamente e olhei em volta do quarto, procurando o berço de madelyn.
— ei! Ei! Olha para mim! Passou, foi só um pesadelo — as mãos frias de Sadie pousaram em meu rosto.
— você vai embora? Vai leva-la com você? Você cansou de mim, Sadie? — perguntei tudo de uma vez.
A ruiva me encarou seriamente e logo em seguida soltou uma risada sem graça.
— Amber, eu nunca me cansarei de você, e jamais a levaria embora — acaricia minha bochecha com o polegar.
— eu te amo — pulei em seu colo e me prendi em seu corpo. — eu juro que se um dia você pensar em me deixar, eu te mato!
— eu também te amo, princesa — solta uma risada contra meu pescoço. — seria mais emocionante se você tivesse tido outro sonho erótico — fala, fazendo sua voz sair abafada por conta de estar encostada em minha pele.
— você só pensa nisso — reviro os olhos. Nada consegue tirar da cabeça dela o último sonho que tive.
Me afastei um pouco, fazendo sua cabeça se ergue e ficar de frente para mim, com seu belo sorriso nos lábios.
— esquece aquele sonho — falo e ela nega com a cabeça.
— hum, eu prefiro não esquecer — beija meu ombro. — não é sempre que minha mulher sonha comigo — afasta a alça da blusa de cetim e aplica outro beijo molhado em meu ombro.
— o que pensa que tá fazendo? — pergunto, acariciando seus cabelos ruivos.
— que dia é hoje? — pergunta, erguendo a cabeça novamente.
Parei para pensar um pouco e lembrei que havia dado o dia certo que o resguardo acabaria.
— filha da puta, você lembrou
Ela abriu um sorriso e logo me virou, ficando por cima, entre minhas pernas. Seus lábios macios tocaram os meus com leveza. Abri um pouco meus lábios, permitindo à sua língua ir ao encontro da minha.
Cravei meus dedos em seu cabelo, quando sua mão fria tocou meu peito por baixo da blusa.
Seus lábios se afastaram dos meus e desceram para meu pescoço, onde mordiscou um pouco forte.
Um choro estridente ecoou no quarto, fazendo Sadie afundar o rosto em meu pescoço e suspirar.
— mais uma empata foda na minha vida — Murmurou, antes de sair de cima de mim.
Gargalhei com sua fala e me ajeitei na cama, vendo ela amarrar o cabelo antes de ir até o berço.
— tinha que bater fome logo agora? — perguntou, ajeitando a menina em seus braços.
— como você sabe que é fome? — pergunto, pegando a menina de seus braços.
— o choro dela é diferente quando tá com fome — diz, se sentando na minha frente.
Abri um pequeno sorriso com isso. Nesse mês que se passou, Sadie me surpreendeu com sua atenção a madelyn.
Quem visse de longe, nunca iria imaginar que essa mulher é uma assassina de sangue frio.
— eu amo observar você com ela, é o único lugar que me dar paz — diz, em um tom baixo.
Foram muitos altos e baixos até aqui. Fomos duas erradas que tentaram dar certo até realmente dar. E isso é uma coisa que eu não me arrependo.
Fim.
Só um sustinho de leve para vcs.
Enfim, por trás das sombras chegou ao fim.
Eu amei escrever tudo isso. Amei mais ainda ler os comentários de vocês.
Nem acredito que é a primeira fanfic que eu consigo finalizar, mds.Para não deixar vocês, que amam essa fic. Comecei a escrever outra, uma vibe parecida com a dessa, acho que vocês vão gostar.
Não tenho data exata para postar, então me sigam para saber.
Até a próxima.
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𝑷𝑶𝑹 𝑻𝑹𝑨𝑺 𝑫𝑨𝑺 𝑺𝑶𝑴𝑩𝑹𝑨𝑺 | Sadie Sink
Hayran KurguAmber Blossom, tinha uma vida entediante. Dentro do internato, através dos imensos muros. Amber tinha o dever de focar nos estudos e nos treinos e jamais se apaixonar, já que sua mãe fazia questão de ensinar desde criança que o amor deixava as pesso...