𝗝𝗼𝘃𝗲𝗻𝘀 𝗦𝗼𝗯𝗿𝗲𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮𝗶𝘀: ᴜᴍ ɪɴɪᴍɪɢᴏ ɴᴀs sᴏᴍʙʀᴀs

21. Um Jogo

Samila, Tom e Grace andavam por um dos corredores do andar antigo, mas nada de acharem Graciela, era como se ela tivesse evaporado da face da terra, tentaram ligar várias vezes para a mulher, mas ela havia deixado seu celular na sua sala.

— Onde será que minha mãe está? — retrucou Grace, ela estava bastante preocupada com o sumiço de Graciela. — Vocês dois tem sentindos melhorados, tentem encontrar ela, por favor!

— Está bem! Vou tentar— disse Tom, ele não recusaria em ajuda–lá, o garoto fechou os olhos e se concentrou, ficou assim por quase vinte segundos — Não consegui ouvir nada. — Ele mentiu descaradamente, mas não foi por má vontade, pelo contrário, ele tentou usar suas habilidades mas não conseguiu, há tempos que Tom está tendo um conflito interno com seu lado lobisomem, o jovem nunca tocou no assunto com o grupo.

— Samila, você poderia tentar? — Grace pediu, mesmo que Tom já tenha tentado, mas no fundo ela sentia de alguma forma que sua mãe estava nesse andar.

— Ok! — respondeu Samila.

   Em seguida fechou os olhos e se concentrou, tentando filtrar todos os sons presente no hospital, desde passos, vozes, choros de bebês, a garota tentava ao máximo ouvir apenas os ruídos do andar que eles estavam, até que algo lhe chamou sua atenção, Samila conseguia escutar as batidas do coração de Grace e Tom, além do dela, mas, também havia mais dois batimentos no andar.

— O que foi? — perguntou Grace ao ver Samila rapidamente abrir os olhos e sair andando em direção ao corredor oposto.

— Encontrei sua mãe! — respondeu a garota, mas em sua face havia um olhar diferente, um olhar feroz e com raiva, igualmente um predador ao sentir a presença de um invasor em seu território.

   Samila andavam sem parar no longo corredor, Grace e Tom iam logo depois.
   
— Quem é ele? — perguntou Grace ao avistar um ser encapuzado no fim do corredor, trajado de cores pretas, usando uma máscara de lobo. — Quem é ele?

— Lembra do bilhete com às ameaças? — respondeu Tom. — Então! Foi ele que escreveu, ele é o Lobo Alpha.

— Ele é um maldito de um assassino! — disse Samila com desdém, sua gengiva coçava intensamente para seus caninos se alogarem, mas por enquanto ficaram contraídos.

   Os três estavam um do lado do outro, Lobo Alpha os encarava, os jovens sentiam aquele olhar cruel, por baixo da máscara, direcionado a eles.

— Ora, ora! — disse ele com deboche. — Coincidência encontrar vocês aqui, meus amigos! —  Colocou as mãos nos bolsos de sua calça preta, e os encarou novamente.

— O que você quer? — perguntou Tom.

— Cadê minha mãe?

— Calma gente! — respondeu ele, como se as perguntas lhe ofendessem. — Vocês acham mesmo que eu seria... capaz de fazer algo assim? Ora, assim vocês me insultam.

— Seu maldito! — Gritou Samila.

— O que você fez com ela? — Tom gritou.

— Por favor, não faz mal à minha mãe! — Grace inplorou, seus olhos se encheram de lágrimas, ela não suportaria perder sua mãe, sua base, seu refúgio.

— Olha, Grace— disse Lobo Alpha calmamente, apoiando-se na parede e cruzando os braços. — Você gosta de jogo de xadrez?

— O quê? — indagou ela sem entender tal pergunta.

— Responde, vadia! Responde! — Ele gritou dando um soco na porta à sua direita, ela estremeceu com o impacto, os jovens se assustaram.

— Não, não gosto! — Sua voz saiu quase como num sussurro.