Capítulo vinte e dois

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- Então - Lauren ouviu Lazar dizer para Jord -, como é ter uma ômega aristocrata chupando seu pau?

Era a noite após a queda de rochas em Nesson, e eles estavam a um dia de cavalgada mais ao sul. Tinham partido cedo, depois de avaliar os danos e consertar as carroças. Agora Lauren estava sentada com vários dos alfas, largada perto de uma das fogueiras, desfrutando de um momento de descanso. América, cuja chegada tinha provocado a pergunta de Lazar, foi se sentar ao lado de Jord. Ele deu a Lazar um olhar calmo.

- Fantástico - disse ele.

Bom para você, pensou Lauren. A boca de Jord se curvou levemente para cima, mas ele ergueu o copo e bebeu sem dizer nada.

- Como é ter uma princesa chupando seu pau? - perguntou América, e Lauren viu que a atenção de todos estava sobre ela.

- Eu não estou fodendo com ela - disse Lauren com crueza deliberada. Era, talvez, a centésima vez que dizia isso desde se juntar à tropa de Camila. As palavras eram firmes, com a intenção de encerrar a conversa. Mas claro que não conseguiram isso.

- Aquela - disse Lazar - é uma boca em que eu adoraria meter. Ela passaria o dia dando ordens a você, e você a calaria ao final dele.

Jord bufou de escárnio.

- Se ela olhasse uma vez na sua direção, você ia se mijar.

A alfa Rochert concordou.

- É. Eu não ia conseguir subir. Quando você vê uma pantera abrindo a boca, não põe seu pau para fora.

Esse era o consenso, com uma disputa que dividia os alfas:

- Se ela é frígida e não fode, não seria nem um pouco divertido. Uma virgem de sangue fria é uma trepada horrível.

- Então você nunca experimentou uma. Os que são frios por fora são os mais quentes depois que você entra.

- Você serve com ela há mais tempo - disse América para Jord. - Ela nunca teve um amante mesmo? Deve ter tido pretendentes. Com certeza um deles abriu a boca.

- Você quer fofocas da corte? - perguntou Jord, parecendo divertido.

- Eu só vim para o norte no início deste ano. Vivi em Fortaine, antes disso, minha vida inteira. Não ficamos sabendo de nada por lá, exceto ataques, reparos de muros e quantos filhos meus irmãos estão tendo. - Esse era seu jeito de dizer sim.

- Ela teve pretendentes - disse Jord. - Só que nenhum deles a levou para cama. Não por falta de tentar. Vocês acham que ela é bonita agora? Deviam tê-la visto aos 15 anos. Duas vezes mais bonita que Nicai, e dez vezes mais inteligente. Tentar seduzi-la era um jogo que todos jogavam. Se alguém tivesse conseguido, teria se gabado disso, não ficado em silêncio.

Lazar fez um som de descrença bem-humorado.

- Sério - disse ele para Lauren -, quem fica por cima, você ou ela?

- Elas não estão fodendo - disse a alfa Rochert. - Não quando a princesa arrancou as costas dela só por tocá-la nos banhos. Não estou certa?

- Está certa - confirmou Lauren. Então se levantou e os deixou com a fogueira.

A companhia estava em sua melhor condição depois de Nesson. As carroças foram consertadas, Paschal tinha remendado os cortes, e Camila não tinha sido esmagada por uma rocha. Mais que isso: o clima da noite anterior prosseguira durante o dia; a adversidade unira aqueles alfas. Até a ômega América e Lazar estavam se dando bem. De certa forma.

Ninguém mencionou Orlant, nem mesmo Jord e Rochert, que tinham sido seus amigos.

O jogo estava armado. Eles chegariam à fronteira intactos. Ali ocorreria um ataque, uma luta, assim como ocorrera em Nesson, mas provavelmente maior e mais feia. Camila iria sobreviver ou não, e depois disso, Lauren teria se livrado de sua obrigação e voltaria para a Akielos.

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