v i n t e

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Era bom ver que meu pai estava fora de qualquer perigo. Depois que fizeram mais alguns exames com ele lhe deram alta, o que foi um alívio para todos nós, o Dr. Hood disse para ele repousar bastante, e por esses dias não fazer esforços, depois de um tempo temos que voltar para ele ver como o braço dele esta.

Eu insistir para saber quem foi o causador de tudo isso para minha mãe, sua paciência já estava se esgotando então ela me disse o número do quarto do indivíduo, avisei a ela que iria apenas conversar com ele, ela fez questão de me alertar de que se ouvisse algum grito ou assassinato naquele hospital ela iria fazer questão de me dar umas boas palmadas. Até parece que eu não consigo me controlar. Ele só provocou um acidente. Fez com que meu pai tivesse vários arranhões, e um braço quebrado. E me deixou muito, mas muito preocupada. Pensando bem... talvez eu fizesse algo sim.

Os corredores com as paredes brancas me causavam náuseas, era um lugar tão sem vida, apesar de salvar tantas pessoas, muitas morriam, eu odiava, ao mesmo tempo que gostava dos hospitais, só me recordo com mais facilidade de pessoas doentes, choros, preocupações, era como se a cada lado que eu virasse sentisse um peso nas costas, o ar era pesado. Continuei meus passos até chegar no quarto 122. Fecho os olhos, e conto até três,  rodo a maçaneta da porta pondo apenas minha cabeça para dentro.

— Eu já entendi que não é para eu tentar fugir de novo, mas que saco — o garoto falava sem nem ao menos olhar para a porta, estava focado na novela que passava na pequena TV que havia ali no quarto.

— Para sua infelicidade eu não sou nenhuma enfermeira — quando minha voz ecoa pelo quarto e ele logo estranha, e se vira para mim, franze o cenho confuso, talvez se perguntando quem eu sou. Ah mas vai ser um prazer fazer com que ele me conheça.

— Quem é você? — entro no quarto por inteira e fecho a porta atrás de mim. Pela sua aparência ele parecia ter uns 18 anos, havia alguns tubos ligados à seu braço, usava a bendita roupa de hospital, e estava um pouco pálido. Apesar de está o vendo pela primeira vez, sua face me é familiar, só tenho essa impressão.

— A filha do senhor que você causou um acidente e que agora está com machucados e com um braço quebrado — digo enquanto dou passos pelo quarto olhando cada canto como se fosse as coisas mais importantes do mundo, vejo seu celular encima de uma mesinha ao seu lado, junto de sua roupa de corpo.

Observo ele engolir o seco e coçar a nuca, parecia nervoso, e não lhe culpo, no seu lugar eu também ficaria.

— Olha...

— Não fale nada... — vou em frente à maca que ele estava deitado e vejo na prancheta seu nome — Hy... Hyunjin? Só de ouvir sua voz me sobe uma raiva que você não imagina o que eu queria está fazendo com você agora.

— Se você pensou em nós dois em uma cama juntos fazendo...

— Garoto! Você tá me ouvindo? Eu estou praticamente te ameaçando. — reviro os olhos irada e abro a boca.

— Isso não me impede de pensar algumas coisas — ele diz piscando o olho pra mim, o que me deixa perplexa, assim como parada no mesmo lugar. Ele não estava nervoso agora pouco? Estou confusa. Como alguém muda tão rápido assim?

Me aproximo dele e bato em sua cabeça, ele gemi de dor, era exatamente isso que eu queria, que ele sentisse dor  Esse babaca idiota.

— Tudo bem que eu queria gemer agora, mas não era de dor — Hyunjin fala enquanto passa a mão na cabeça.

Riu sarcástica e nego com a cabeça. Onde eu fui me meter?

— Você vai se arrepender por ter causado danos no meu pai — cruzo os braços e lhe encaro, seus olhos escuros me olhavam com ironia e parecia não ter medo de nada. Eu queria tanto socar esse rostinho agora, ele parecia tão bem, enquanto meu pai quebrou o braço.

friends of love × min yoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora