Impulsiva?

569 57 9
                                    




P.O.V.: (Seu Nome).

Tínhamos finalizado nosso jogo e estávamos nos organizando para tirar nossa foto oficial para as redes sociais do clube. Ajeitei meu cabelo enquanto via Ratzke se aproximar e se colocar de joelhos na minha frente. Não pensei duas vezes e me joguei por cima dela, mantendo a pose para a foto.

Depois de alguns clicks nos espalhamos. A maioria foi dar autógrafos e tirar fotos com os brasileiros que estavam por ali em sua torcida, e a outra parte, como eu, foi organizar as coisas no banco para estar pronta para voltar ao hotel.

Eu via um grupo de adolescentes tentando chamar a minha atenção e apenas acenei de volta vendo sua euforia se intensificar. Elas usavam a camisa de um dos times italianos que estava no campeonato, que jogou antes do nosso jogo, e eu não pensei duas vezes em ir até elas dar a atenção que queria.

Era nítido que estavam ali há horas e não seria justo eu me contentar só aos acenos quando nem sei de onde vieram para acompanhar aquele dia. Tiramos várias fotos e fui inúmeras vezes questionada de quando eu iria para a liga italiana. Eu apenas ria e fugia das perguntas da forma que eu conseguia.

Assim que passei minha bolsa sobre meus ombros, na intenção de sair dali, ouvi um grito super agudo me chamando. Era Rosamaria. Virei em sua direção assustada com sua agitação e ouvi risadas das adolescentes ao meu redor.

Mas logo entendi a animação da minha colega de elenco e me apressei para ir até o seu encontro. Ouvi um gritinho em cima do outro conforme eu me aproximava das irmãs Montibeller e de repente senti meu corpo ser apertado por um abraço da mais velha.

Ana Paula é consideravelmente mais baixa que Rosamaria, e até mesmo mais baixa que eu. Seus olhos são castanhos escuro assim como a cor dos seus cabelos, que estão em um perfeito corte chanel. O formato do rosto, o sorriso, o nariz e as sobrancelhas são tudo iguais da irmã mais nova. Embora ela pareça ter ganho toda a simpatia da família, já que não desfaz o sorriso desde seus olhos me encontraram, é inegável que ela seja uma Montibeller.

– Meu Deus, é tão bom finalmente te conhecer! – ela disse e só então eu me permitir respirar e devolver seu sorriso.

Apesar de eu amar toques físicos, era um grupo seletivo. Mesmo que a convivência com Gabi e Rosa estava me deixando mais aberta aos abraços do que eu esperava. Digo até por causa de Roberta também, que me abraçava todas as vezes que nos encontrávamos.

– Oi! É um grande prazer. Achei que Rosa iria esconder vocês de mim para sempre. – falei em suspiro e ela soltou uma risada gentil.

– Uau. Mamãe tem razão, seu sotaque português é bem arrastado.

Ela disse e eu ergui minhas sobrancelhas com o comentário. Rosa segurou o sorriso mordendo a própria boca e eu pisquei algumas vezes imaginando o que já devem ter me julgado no grupo de família que as três mulheres tinham. Automaticamente consegui decifrar o porquê de toda a audácia da minha roommate.

– Vocês já sabem quem é quem, então não preciso fazer as formalidades.

– Essa é uma maneira educada de dizer que é preguiçosa? – a morena revirou os olhos e empurrou a irmã de lado para que eu desse atenção só para ela. Eu ri sem querer da cara de revolta que Rosa fez. – Ana Paula. Eu que criei esse cabeção todo aqui, mas não me gabo tanto por isso.

– Eu deveria dizer que fez um bom trabalho, mas infelizmente não vou poder.

Falei na expectativa dela ter o mesmo humor da irmã, esquecendo que eu havia a conhecido há uns 2 minutos. Travei minha boca quando vi que as duas me olharam surpresas.

Looking At YouOnde histórias criam vida. Descubra agora