Benção?

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O ilustre sorriso no rosto de (Seu Nome) ao ouvir aquela confissão deu cor a visão de Rosamaria que travou em encantamento com a imagem da mulher em cima dela só com um sutiã que lhe parecia tão simples de tirar.

Seu coração se descontrolou de uma forma que ela nunca sentiu antes e uma sensação estranha lhe invadiu. Ela sabia que estava apaixonada pela líbero. Ela sabia que a amava. Ainda assim, sempre um novo sentimento parecia florescer quando ela menos esperava. A cada olhar se tornava mais intenso, mais real.

Um estalo de consciência lhe atingiu, passando diante de seus olhos tudo o que aconteceu até ali e a história se repetia. Era como uma nova temporada de suas vidas. Havia um outro cenário e pessoas diferentes, mas elas estavam se encaminhando para a mesma direção e por mais que ela quisesse muito prosseguir com aquilo ela não deixaria isso acontecer.

Quando seus lábios estavam quase se tocando Rosamaria virou o rosto, amaldiçoando a si e a todos os seus antecessores por estar fazendo aquilo, mas ela sabia que era o certo. Em sua cabeça era o certo.

(Seu Nome) deixou um beijo sobre a bochecha da loira e se ergueu novamente estranhando a ação. Para a sua surpresa, no segundo seguinte ela foi jogada no sofá e a mais alta se levantou se distanciando dela. Fugindo, sem nem saber disfarçar.

– O que é isso?

Franceschinelli perguntou eufórica, com seu peito subindo e descendo pelo misto do susto, da raiva e da frustração de ter sido brutalmente interrompida quando ela já estava moralmente excitada com a probabilidade de se entregar pelo resto da noite.

– Eu não posso fazer isso! – Rosamaria respondeu, andando de um lado para o outro e passando as mãos em seu cabelo. – Desculpa. Eu não posso.

– O que aconteceu? – a mais nova estava frustrada, mas ao ver um nervosismo que ela nunca tinha visto na loira a sua raiva passou e ela lhe deu toda a atenção necessária. – Rosa? – a mais alta negou e ela percebeu que não estava nada bem ali. Vestiu sua camisa de volta e tentou se aproximar, mas foi impedida com uma mão erguida em sua direção. – Fala comigo. O que está havendo? Eu fiz alguma coisa errada?

– Não, você não fez. Eu fiz!

– Do que você está falando, Montibeller?

A oposta pegou uma das almofadas do sofá e pressionou contra o próprio rosto abafando um grito que extravasava a briga dos seus eu interior. Logo respirou fundo e olhou para a mais nova que a encarava de forma confusa, assustada e preocupada.

– Minha little Angel, eu quero muito beijar você. Não imagina o quanto eu sinto falta da sua boca e sei que provavelmente se começarmos a nos beijar agora as coisas vão de melhor à incrível pelo resto da noite, mas muita coisa mudou e eu não posso ficar com você. Eu quero. Quero muito. Muito mesmo. Só que não vou nos fazer voltar à estaca zero novamente.

O olhar confuso ainda permaneceu por alguns segundos, enquanto digeria as palavras ditas, mas logo (Seu Nome) entendeu. Entrando na mesma linha de raciocino que a mulher a sua frente e relaxando seu coração com o surto iminente que aconteceu ali.

– Está se referindo a Gabriela?

– Estou. – a mais alta respondeu e a outra balançou a cabeça em afirmação. – Eu te amo e quero muito matar essa saudade que está me matando por dentro, mas não vou brincar com os sentimentos da minha melhor amiga de novo. Você também não deveria.

– Não acredito que foi a Gabriela que ligou sua humanidade, Montibeller.

A mais nova brincou, arrancando um sorriso da loira e a fazendo relaxar os próprios ombros. O clima, que ficou tenso por alguns minutos, voltou a ficar tranquilo e ambas suspiraram, deixando de lado o rápido susto. Franceschinelli ergueu a camisa de Rosa e a mesma a pegou, vestindo e se aproximando novamente.

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