Capítulo 24

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Jenna Ortega Point View


Voltei ao teatro após sair do camarim, as palavras de Gwendoline ecoando em minha mente: "Na minha casa, hoje, às oito horas. Nós vamos conversar." Um sorriso alegre iluminou meu rosto enquanto caminhava pelo palco. Mal podia esperar para compartilhar essa notícia com Emma. Descendo as escadas, encontrei Emma que já havia trocado de roupa e estava conversando com Maddie e Melissa, que estavam sentadas na primeira fileira. As garotas, estranharam meu sorriso tão largo.

— Nossa, Jenna, o que aconteceu para você estar tão radiante? — Maddie logo perguntou, curiosa.

Enquanto isso, meus olhos se voltaram para o palco, onde Gwendoline passava pelo outro lado, se despedindo de longe do professor Matthew, que estava mexendo no celular. Emma sabia que meu sorriso tinha algo a ver com Gwendoline, mas não quis revelar esse segredo, pois Maddie e eu tínhamos tido um momento na noite anterior.

— Não é nada demais, meninas. Estou apenas feliz porque a peça está indo muito melhor do que imaginávamos, e nem estou me cobrando tanto. — Brinquei com um sorriso malicioso

Melissa então acrescentou:

— Talento é isso, Jenna. Mergulhar de cabeça no personagem e não se preocupar tanto em decorar o texto, porque isso não é um problema.

Emma, Maddie e eu soltamos um uníssono "Ohh" admirado. Era isso mesmo, a paixão pela arte fluía em nossas veias.

(...)

Emma e eu voltamos para casa no final da tarde, enquanto o pôr do sol em Nova York pintava o céu com cores deslumbrantes. O elevador nos conduziu para cima, e foi Emma quem rompeu o silêncio.

— Então, vai me contar o que aconteceu? — Perguntou de braços cruzados, ansiosa por minha resposta.

Minha mente estava repleta de pensamentos sobre a coragem que eu havia encontrado para questionar Gwendoline sobre o beijo. Finalmente, respondi a Emma.

— Parece que a professora não gostou muito por eu ter ficado com a Maddie. Eu perguntei a ela quando ganharia um beijo, e ela simplesmente disse: 'Na minha casa, hoje, às oito horas. Nós vamos conversar. — Respondi lembrando do momento exato que aquelas palavras saíram da boca da loira.

Emma ficou parada, sua figura se apoiando na parede fria de ferro do elevador, e sua boca formando um "O" perfeito. Ela estava chocada com minha audácia.

— Você está falando sério ou é algum tipo de história inventada? Porque, se for verdade, isso confirma o que a gente suspeitava dela. Era por isso que ela te olhava tanto — ela exclamou, animada, batendo uma mão contra a outra e sorrindo.

— Eu estou falando sério Emma, por que eu inventaria isso? — A encarei com a sobrancelha direita erguida.

— Eu sabia que ela tinha uma quedinha por você — ela acrescentou, rindo e jogando a cabeça para trás antes de me encarar de novo. — Mas então, vai enfrentar o desafio? Ou você só fez isso para provocá-la?

Cruzei os braços e dei um passo à frente quando as portas do elevador se abriram. Respondi com um toque de ousadia:

— Não cutuquei a onça com vara curta à toa — Respondi dando uma piscadela.

Finalmente saímos do elevador, nossos passos ecoando pelo corredor. O fim da tarde em Nova York estava espetacular, e o pôr do sol lançava uma luz dourada e alaranjada sobre a cidade. O clima estava tão incrível quanto a reviravolta na minha vida.

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